No RS, Tarso tem 32%, ante 28% de Ana Amélia e 23% de Sartori

DE SÃO PAULO

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O crescimento da candidatura de José Ivo Sartori (PMDB) na reta final da campanha acirrou a disputa pelas duas vagas no 2º turno da disputa pelo governo do Rio Grande do Sul, que além do peemedebista tem outros dois fortes concorrentes. Com 32% das intenções de voto, o atual governador, Tarso Genro (PT), está empatado tecnicamente com Ana Amélia Lemos (PP), que tem 28%. Como a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, o índice registrado pela senadora do PP a coloca em situação de empate também com Sartori, que aparece com 23%.

A trajetória dos três candidatos ao longo da campanha mostra que a situação está indefinida. No início de setembro, Lemos liderava com folga (tinha 39% das intenções de voto) e caminhava para um confronto direto com Tarso, que tinha 31%. Sartori, a essa altura, tinha 10%. Levantamento realizado entre 17 e 18 de setembro mostrava oscilação negativa da senadora do PP e do petista (tinham 37% e 27%, respectivamente), e oscilação positiva do peemedebista, que aparecia com 13%. Na semana passada, houve mudanças mais acentuadas, com queda na preferência por Lemos (para 31%), e crescimento de Tarso (para 31%) e Sartori (para 17%), que foram consolidadas pelos números atuais.

Além dos três candidatos mais bem posicionados, na corrida pelo Palácio Piratini também estão Vieira da Cunha (PDT), que tem 2%, Roberto Robaina (PSOL), que tem 1%, e Estivalete (PRTB) e Humberto Carvalho (PCB), que não foram citados mas não atingiram 1%. Votos em branco ou nulo somam 3%, e 11% não opinaram.

Levando em conta somente os votos válidos, Tarso Genro tem 38% (mesmo resultado da pesquisa anterior), Ana Amélia, 32% (tinha 38%), Sartori, 26% (tinha 21%), Vieira da Cunha, 2%, e Robaina, 1%. Os demais não atingiram 1% dos válidos. Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.

Nesse levantamento, realizado entre os dias 01 e 02 de outubro de 2014, o Datafolha entrevistou 1358 eleitores em 54 municípios do Rio Grande do Sul. A margem de erro máxima é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, para o total da amostra.

A poucos dias da votação, 47% dos eleitores do Rio Grande do Sul conhecem os números de seu candidato a governador, e 49% desconhecem essa informação. Há ainda 3% que mencionam um número incorreto, e 2% que pretendem anular o voto mas não sabem como realizar esse procedimento na urna eletrônica. Na fatia dos que votam em Tarso, 56% conhecem seu número, índice que fica em 38% entre os eleitores de Lemos e 47% entre aqueles que preferem Sartori.

Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Ana Amélia Lemos tem 20%. também em situação de empate com Tarso Genro. Em seguida aparecem Sartori, que avançou de 13% na pesquisa anterior para 19% atualmente, e Vieira da Cunha, com 1%. A fatia dos que não sabem apontar um nome espontaneamente caiu de 39% para 31% neste intervalo, e há 3% que declaram votar em branco ou nulo.

O atual governador segue como o candidato mais rejeitado pelos gaúchos (27% não votariam nele de jeito nenhum, ante 24% no levantamento anterior). A rejeição à candidatura de Ana Amélia Lemos (PP) teve alta de 17% para 21%, enquanto a rejeição a Sartori continua a mais baixa entre todos os candidatos, em 8% (era de 9%). Há ainda 21% que rejeitam Estivalete, 16% que rejeitam Robaina, 13% que rejeitam Vieira da Cunha, e 13% que rejeitam Humberto Carvalho. Uma parcela de 14% não rejeita nenhum deles, 2% rejeitam todos, e 14% não opinaram sobre o tema.

Em um eventual 2º turno entre Ana Amélia e Tarso, há um empate técnico, com a senadora do PP registrando 44%, ante 41% do petista. Neste caso, 7% votariam em branco ou nulo, e 9% não opinaram. Nos votos válidos, a pepista teria 52%, ante 48% do adversário.

Se a disputa fosse entre Tarso e Sartori, 45% votariam no candidato do PMDB, e 40% escolheriam o petista, em um cenário de empate técnico. Uma fatia de 7% votaria em branco ou anularia, e 8% não opinaram.

No cenário de 2º turno entre Ana Amélia e Sartori, o peemedebista teria 41%, ante 38% da candidata do PP, índices que também configuram empate técnico. Uma fatia de 10% votaria em branco ou nulo, e 10% não opinaram.

Olívio e Lasier empatam na disputa pelo Senado

A disputa pelo Senado no Rio Grande do Sul continua acirrada a menos de três dias da eleição, com Lasier (PDT) e Olívio Dutra (PT) empatados na preferência do eleitorado gaúcho. Com 31% das intenções de voto, o pedetista oscilou positivamente na comparação com pesquisa realizada na semana passada (tinha 29%), enquanto o petista oscilou negativamente no mesmo período (de 31% para 30%).

O terceiro colocado na disputa é Pedro Simon (PMDB), que tem 13%. Em seguida aparecem Simone Leite (PP), com 5%, e Ciro Machado (PMN). Os candidatos Júlio Flores (PSTU) e Gold (PRP) não atingiram 1% cada. Os votos em branco ou nulo somam 5%, e 15% ainda estão indecisos.

Considerando os votos válidos, Lasier tem 39%, Dutra tem 37%, e em um patamar menor aparecem Simon (16%), Simone Leite (6%), Júlio Flores (1%) e Ciro Machado (1%). O candidato Gold não atingiu 1%. O cálculo dos votos válidos exclui as indicações de voto em branco, nulo e a fatia de eleitores indecisos, seguindo o procedimento adotado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial das eleições.
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A maioria (58%) dos eleitores do Rio Grande do Sul ainda não sabe o número de urna de seu candidato ao Senado, e 31% conhecem o número correto. Os demais citam um número incorreto (8%) ou declaram votar nulo mas não sabem como anular na urna (3%). Entre os que votam em Lasier, 31% conhecem seu número. Na fatia dos eleitores de Dutra, o índice é de 35%, e cai para 24% entre quem pretende votar em Simon.