Canais tradicionais são mais confiáveis que redes digitais para notícias sobre eleição

DE SÃO PAULO

Canais tradicionais de informação, como jornais, TV e rádio são os mais confiáveis na hora de receber notícias sobre eleições entre os eleitores da cidade de São Paulo.

Notícias publicadas em jornais impressos são confiáveis para 41%, e 20% confiam parcialmente nessa fonte. Há 35% que não confiam, e 4% não costumam ler jornais impressos. Uma parcela de 41% também confia em programas jornalísticos de TV, e 24% confiam em parte, com 33% de nível de desconfiança. O resultado é similar para programas jornalísticos no rádio: 41% confiam, 22% confiam em parte e 32% não confiam, com 5% que não têm esse hábito.

Sites de notícias têm a confiança de 29%, e a desconfiança de 41%, com 25% de confiança parcial e 4% sem opinião.

Em um patamar mais baixo aparecem o WhatsApp e o Facebook, que também geram mais desconfiança do que confiança. A maioria (74%) dos eleitores paulistanos não confia em notícias sobre eleições que chegam pelo Facebook, e os demais confiam (7%), confiam em parte (13%) ou não utiliza (6%). Os resultados são similares para notícias no WhatsApp, que geram desconfiança em 78%, e confiança em 6%, com 11% confiando parcialmente e 5% não utilizam.

Entre os mais jovens, na faixa de 16 a 24 anos, a maioria (57%) confia em jornais impressos, e a confiança em programas jornalísticos no rádio (47%) e na TV (46%) ficam em patamar similar, superando a credibilidade em sites de notícias (37%), WhatsApp (6%) e Facebook (4%).

O avanço da idade dos eleitores traz mais desconfiança nos meios tradicionais de informação: entre quem tem 60 anos ou mais, 47% não confiam em jornais impressos, 41% não confiam em noticiários na TV e 44% não confiam em programas jornalísticos no rádio. Há também grande desconfiança em sites de notícias (55%), WhatsApp (72%) e Facebook (69%) - nos dois últimos casos, com índices mais baixos do que nas demais faixas de idade.

De forma geral, 78% dos eleitores paulistanos tem conta em redes sociais, incluindo o WhatsApp, com índices mais elevados entre os mais jovens (97%) e mais escolarizados (93%). Na parcela dos mais velhos, o índice fica em 48%, em patamar similar ao registrado entre quem estudou até o ensino fundamental (50%). Entre os mais pobres, com renda mensal familiar de até 2 salários, 68% utilizam esse tipo de aplicativo social.

Dos que tem conta no WhatsApp, 37% utilizam o aplicativo para ler notícias sobre política e eleições, e 17% compartilham esse tipo de conteúdo pelo aplicativo. Na parcela de usuários do Facebook, 47% usam a rede para ler notícias sobre política e eleições, e 18% para compartilhar notícias sobre esses temas. No grupo com conta no Instagram, 29% o utilizam para ler notícias políticas e eleitorais, e 8% compartilham esse tipo de material. Na fatia do eleitorado cadastrada no Twitter, 15% usam essa rede para a leitura de notícias de política e eleições, e 6%, para compartilhá-las.

Uma parcela de 23% já recebeu alguma propaganda pelo WhatsApp de candidatos a prefeito ou vereador este ano. Na parcela que declara voto em Russomanno, 18% receberam esse tipo de propaganda, contra 23% entre potenciais eleitores de Covas, 27% na parcela que pretende votar em França e 31% no gruo que declara voto em Boulos. Os potenciais eleitores do candidato do PSOL com conta no WhatsApp também são os que mais compartilhar notícias sobre política e eleições pelo aplicativo (30%), acima do registrado entre os que declaram voto nos candidatos do Republicanos (14%) e no atual prefeito (10%).

Veja tambémaqui o relatório completo dessas questões para a cidade de São Paulo, e também os resutados para o Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife