Aécio Neves (MG) é primeiro colocado em ranking de governadores

DE SÃO PAULO

Yeda Crusius (RS) ocupa a última colocação

Aécio Neves, governador de Minas Gerais pelo PSDB mantém a liderança como governador melhor avaliado entre a população de 16 anos ou mais, entre governadores de nove estados, mais o Distrito Federal, em pesquisa realizada pelo Datafolha entre os dias 14 e 18 de dezembro de 2009. O ranking segue como critério, em primeiro lugar, a nota média atribuída aos governadores, em uma escala de zero a dez, pelos moradores de cada estado estudado. O último ranking de governadores foi realizado em março de 2009.

Caso ocorra empate, o Datafolha utiliza um índice construído de popularidade para desempatar. O índice varia de 0 (reprovação total) a 200 (aprovação absoluta), e é calculado subtraindo-se as taxas da avaliação negativa (ruim e péssimo) das avaliações positivas (ótimo e bom). Ao resultado soma-se 100 (evitando a ocorrência de números negativos), e chega-se ao índice de popularidade. Esse cálculo descarta as taxas relativas a entrevistados indecisos.

A nota média atribuída a Aécio Neves pelos moradores de Minas Gerais é 7,5, equivalente à verificada na última pesquisa realizada, em março desse ano (7,6) e à nota obtida pelo governador em 2007 (7,7), quando já aparecia como o governador melhor avaliado.

Consideram ótimo ou bom o governo de Aécio 73% (75% em março de 2009), ante 19% que o avaliam como regular (percentual que permanece estável desde 2006), enquanto 6%, parcela equivalente à de nove meses atrás, acham-no ruim ou péssimo. O índice de popularidade de Aécio é de 168, o maior entre os dez governadores avaliados, ante 171 conseguido em março desse ano.

Assim como Aécio, o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), mantém sua posição no ranking - segundo colocado -, com nota média de 7,5, ante 7,0 de março desse ano e 6,4 de novembro de 2007. O governo de Eduardo Campos é tido como ótimo ou bom por 64% dos moradores de Pernambuco, contra 27% que o consideram regular, e 6%, ruim ou péssimo, além de 3% que não sabem avaliar seu governo. Com esse resultado, o governador consolida sua crescente popularidade, já que em novembro de 2007 40% aprovavam seu governo, passando a 54% em março desse ano e ficando, agora, dez pontos percentuais acima. Seu índice de popularidade é o segundo maio, 160.

Com 6,7 de nota média, o governador do Ceará Cid Gomes permanece como terceiro melhor avaliado, mantendo a posição conquistada há sete meses. Naquela ocasião, a nota obtida pelo governador era de 6,9.

Apesar de oscilação de três pontos percentuais para baixo, a taxa de aprovação de Cid Gomes (51%) permanece no patamar observado em março (quanto 54% avaliavam seu governo como ótimo ou bom). Outros 29% consideram regular sua administração do estado, e 14%, ruim ou péssima. Não sabem dizer, 6%. Cid Gomes apresenta índice de popularidade de 139 pontos.

Antes na quinta colocação no ranking de governadores, José Serra (PSDB) alcança 6,6 de nota média entre os moradores do Estado de São Paulo (nota idêntica à obtida no último mês de março) e ocupa agora a quarta colocação. Consideram seu governo ótimo ou bom 55%, oscilação positiva de dois pontos percentuais em relação ao resultado de março, e seis pontos percentuais acima de novembro de 2007 (49%). Já, avaliam-no como regular 32%, enquanto 11% desaprovam sua atuação e 2% não sabem avaliá-la. O índice de popularidade de Serra é de 145, maior que a de Cid Gomes, mas que não o posiciona melhor no ranking por ter nota média menor do que a do governador pernambucano.

O quinto lugar no ranking é do governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), com nota média de 6,5, antes na oitava posição (em março, quando teve 6,3). Acham ótimo ou bom o governo de Luiz Henrique 48%, ante 44% em março. Consideram-no regular 38%, para outros 12% sua administração é ruim ou péssima e 2% não sabem dizer. É de 137 seu índice de popularidade.

Como sexto governador melhor avaliado aparece Jaques Wagner (PT), da Bahia, uma posição acima da observada na pesquisa de março de 2009. A nota média atribuída ao governador baiano é de 6,5, ante 6,4 da conseguida em março de 2009, e 6,0 de novembro de 2007.

A taxa dos que o consideram ótimo ou bom também fica estável (45%, ante 43% naquela ocasião); outros 39% avaliam-no como regular, 13% ruim ou péssimo, e 3% não sabem avaliar. O índice de popularidade chega a 133.

O peemedebista Roberto Requião, governador do Paraná, antes quarto colocado, agora aparece na sétima posição, com nota média de 6,4, ante 6,6 do observado na pesquisa de março desse ano. Ele é considerado ótimo ou bom por 51% dos moradores do seu Estado, apresentando uma oscilação negativa de cinco pontos percentuais em relação a março, quando 56% aprovavam seu governo. Varia de 28% naquela ocasião para 33% agora a parcela dos que o avaliam como regular, enquanto praticamente não há mudança entre os que o desaprovam (13%), e no grupo dos indecisos (3%). Requião tem índice de popularidade de 138.

Sérgio Cabral (PDMB), governador do Rio de Janeiro, que ocupava a nona colocação, agora é o oitavo colocado, com nota 6,1 (era de 6,0 em março e 5,9 em novembro de 2007). Aprovam seu governo 42% dos moradores do Estado, parcela que oscila positivamente quatro pontos percentuais em relação à de março de 2009 (38%) e seis pontos percentuais em relação à de final de 2007 (36%). Ao mesmo tempo, caiu seis pontos percentuais, em relação à pesquisa de março desse ano, o percentual dos que avaliam seu governo como regular (de 42% para 36% agora). Por outro lado, acham sua gestão ruim ou péssima 19%, e 2% não sabem dizer. Sérgio Cabral alcança 124 de índice de popularidade.

Em penúltimo lugar (nona posição) fica o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, expulso do DEM após denúncias de corrupção. Sua nota média é de 4,8, bem abaixo da obtida em março (6,4), antes das denúncias virem a público. Avaliado como ótimo ou bom por 58% naquela ocasião, essa parcela hoje é de 40%, enquanto que o percentual dos que consideram seu governo regular variou de 26% para 22%, e os o avaliam como ruim ou péssimo mais do que dobrou: de 15% para 37%. Apenas 1% não souberam avaliar. Seu índice de popularidade é o segundo mais baixo: 103.

O décimo e último lugar no ranking é da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PDMB), mesma posição de março. A governadora obtém 3,9 de nota média, contra 4,3 da alcançada naquele mês, e a parcela dos que aprovam seu governo é de 12%, oscilando negativamente cinco pontos percentuais do aferido há nove meses (17%). É a menor aprovação entre os dez governadores avaliados. Consideram seu governo regular 37%, enquanto metade dos gaúchos a avalia como ruim ou péssima na administração do Estado, taxa equivalente à de março (49%). O índice de popularidade de Yeda Crusius é de 62.