Reprovação a Kassab volta a cair

DE SÃO PAULO

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O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), inicia o ano em que pode vir a concorrer à reeleição sendo aprovado por 35% dos moradores da cidade que administra. Para 38% ele vem fazendo um trabalho regular e na opinião de 23% seu desempenho tem sido ruim ou péssimo, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha na última quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008.

Foram ouvidos 1092 moradores da cidade de São Paulo, a partir dos 16 anos de idade. A margem de erro máxima, para o total da amostra, é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Em relação à pesquisa anterior, realizada em novembro do ano passado, a taxa de reprovação a Kassab caiu oito pontos percentuais (era de 31%), voltando ao mesmo patamar de agosto, e repetindo a menor taxa de avaliação negativa obtida pelo prefeito ao longo de seu mandato. Essa queda reflete aumento no percentual dos que consideram o desempenho do prefeito regular, que subiu cinco pontos (de 33% para 38%) e oscilação de dois pontos para cima na taxa dos que pensam que ele vem fazendo uma administração ótima ou boa (de 33% para 35%).
A nota média atribuída ao prefeito, em uma escala de zero a dez, é hoje 5,5, a mais alta obtida por ele até o momento.

O segmento no qual se verificou a maior queda na reprovação a Gilberto Kassab foi o dos que têm de 16 a 24 anos. Nesse estrato, a taxa dos que consideram o desempenho do prefeito ruim ou péssimo foi de 39% em novembro para 22% hoje (queda de 17 pontos percentuais). Em contrapartida, a taxa dos que consideram o trabalho do prefeito ótimo ou bom entre os mais jovens subiu de 24% para 32% (aumento de oito pontos percentuais) e a dos que acham que ele vem sendo regular passou de 35% para 45% (aumento de dez pontos).

O prefeito continua obtendo suas maiores taxas de avaliação positiva entre os que têm renda mensal superior a dez salários mínimos e entre os que têm escolaridade superior. Entre os de maior renda a aprovação a Kassab chega a 46% (seis pontos maior do que a registrada em novembro, quando era de 40%) e a reprovação é de 18% (eram 25% na pesquisa anterior). Entre os que têm escolaridade superior, o prefeito é aprovado por 40% (eram 37% em novembro) e reprovado por 20% (27% no levantamento anterior).

Aumentam menções à saúde como principal problema da cidade e como área de pior desempenho da prefeitura

Mais uma vez, segurança pública e saúde ocupam o topo da lista de preocupações dos moradores da cidade de São Paulo. O percentual dos que citam espontaneamente a saúde como principal problema da cidade subiu quatro pontos percentuais, de 12% em novembro do ano passado para 16% hoje. A taxa dos que citam a segurança oscilou de 16% para 17%. As menções ao transporte coletivo também apresentaram oscilação positiva, tendo passado de 10% para 12%. As referências às enchentes, que tinham passado de 2% em agosto para 9% em novembro, se mantiveram estáveis, em 8%.

Destacam-se ainda, entre outros problemas citados, o desemprego, a educação (9%, cada), trânsito (5%), limpeza, coleta de lixo e calçamento (4%, cada).

O percentual dos que acham que a saúde é o setor em que a administração de Gilberto Kassab (DEM) está se saindo pior subiu cinco pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, tendo passado de 14% para 19%. A taxa dos que citam o transporte coletivo oscilou de 6% para 9%. Educação e segurança são citadas por 8%, cada, a exemplo do que ocorria em novembro passado.

Vêm a seguir, entre outras áreas citadas, combate ao desemprego, combate às enchentes (4%, cada), o Projeto Cidade Limpa, coleta de lixo e calçamento (3%, cada).

Não sabem dizer em que área a prefeitura está se saindo pior 24% (eram 25% em novembro).

O Projeto Cidade Limpa, que, em novembro do ano passado, ocupava o posto de área de melhor desempenho do prefeito Gilberto Kassab, com 14% de menções, é citado hoje por 9%, dividindo o topo do ranking com educação, que passou de 9% para 12%, limpeza e coleta de lixo, que foi de 7% para 10%, e saúde, que variou de 7% para 9%. Calçamento e transporte coletivo são citados como área de melhor desempenho da prefeitura por 4%, cada.

O percentual de moradores da cidade que acham que o prefeito não está se saindo melhor em nenhuma área oscilou de 18% em novembro para 15% hoje. A taxa dos que não sabem opinar passou de 26% para 29%.