Para brasileiros, Neymar é o melhor da seleção brasileira, e Fred, o pior

DE SÃO PAULO

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Neymar é considerado por 56% dos entrevistados o melhor jogador da seleção brasileira. Em seguida vem Julio Cesar, com 10%, David Luiz, com 8%, e Hulk, com 5%, entre outros menos citados. Uma parcela de 2% não especificou o nome de algum jogador, 1% respondeu nenhum e 11%, não souberam responder. Neymar obteve taxas acima da média entre os moradores da região Nordeste (60%) e entre os que têm muito interesse pela Copa (62%).

Já o atacante Fred foi considerado o pior jogador da seleção brasileira, com 21% das menções espontâneas. A seguir vieram Hulk (9%), Daniel Alves (6%), Paulinho (4%) e Marcelo (3%) entre outros. Um em cada três brasileiros (33%) não soube responder sobre o assunto, e 15% responderam nenhum. Entre os homens (26%), entre os mais jovens (28%) entre os mais instruídos (28%) e entre os que têm renda familiar mensal de cinco a dez salários (31%), Fred obtém as taxas mais altas de reprovação.

Quando perguntados quem foi o principal responsável pela classificação do Brasil para as quartas de final, 71% dos entrevistados consideraram que foram os jogadores, 9% a comissão técnica, 3% os dirigentes da CBF, 2% o goleiro Júlio César e 13% não souberam responder. Dos que responderam os jogadores, Neymar e Júlio César dividem a liderança, com respectivamente, 54% e 51% de menções. Em seguida aparecem David Luiz (22%) e Hulk (15%), entre outros menos citados. Não souberam responder 9% e 8%, responderam todos os jogadores.

Neymar se destaca entre os segmentos: moradores da região Centro-Oeste e Nordeste (respectivamente, 60% e 58%) e mais jovens (64%) - observa-se que conforme diminui a faixa etária do entrevistado aumenta a taxa dos que citam o ex-santista. Enquanto Júlio César, entre os que têm 35 a 44 anos (56%), entre os homens (59%), entre os mais escolarizados (59%), entre os moradores da região Sul (61%) e entre os mais ricos (62%).

A ampla maioria (80%) considera que a vitória do Brasil sobre o Chile, pelas oitavas de final, foi justa, sobretudo os que têm muito interesse pela Copa (86%). Têm a opinião que a vitória foi injusta 12% - entre os que não têm interesse pelo Mundial a taxa alcança 17% - e 8% não opinaram..

Com relação às torcidas estrangeiras presentes no país, a torcida argentina é a que os eleitores mais gostam, com 13% de menções espontâneas. A seguir vem às torcidas da Alemanha (9%), da Holanda (7%), do México (6%) e do Chile (5%), entre outras torcidas menos citadas. Um quinto (21%) não soube responder e 14% não têm favorita.

Porém, a torcida argentina é também a que os entrevistados menos gostam, com 28% de menções espontâneas. Em seguida vêm as torcidas do Chile (5%), da Alemanha (3%), entre outras. Declararam gostar de todas as torcidas 23%, mesmo índice dos que não souberam responder.

Dos que gostam da torcida argentina se destacam os que avaliam negativamente o trabalho de Felipão (22%). Já, dos que não gostam da torcida argentina se destacam os segmentos: moradores da região Sudeste e de municípios com mais de 500 mil habitantes (respectivamente, 32% e 33%), homens (36%), os que têm 25 a 34 anos (32%), mais instruídos (40%) e mais ricos (42%).

A maioria segue satisfeita com o trabalho do técnico Luiz Felipe Scolari frente à seleção brasileira. A taxa dos que avaliam positivamente o trabalho de Scolari oscilou de 68%, em junho, para 66%, enquanto a taxa dos que avaliam negativamente foi de 2% para 4%. No período, cresceu a taxa dos que avaliam como regular o trabalho do técnico gaucho, foi de 14% para 24%, e diminuiu a taxa dos indecisos, de 16% para 6%.

A avaliação positiva do trabalho do técnico da seleção brasileira fica acima da média entre os que são favoráveis a realização do evento esportivo (74%) e entre os que têm muito interesse pelo Mundial (77%). A atual taxa de aprovação de Scolari é próxima à de Dunga na Copa da África do Sul. Na véspera das quartas de final do Mundial de 2010, Dunga tinha 69% de ótimo ou bom, 22% de regular, 3% de ruim ou péssimo e 6% não souberam responder.

A Copa aumentou o interesse dos eleitores pelo evento. Entre junho e julho, o interesse pelo Mundial de seleções nacionais cresceu dez pontos, indo de 62% para 72% - desses, 35% têm interesse grande (era 25%), 27% tem interesse médio (era 26%) e 9% tem interesse pequeno (era 11%). A parcela dos que não tem interesse pelo Mundial, diminuiu, foi de 36% para 28%.

Dos que têm muito interesse, destacam-se os segmentos: homens (40% - ante 31% entre as mulheres), residentes de municípios com até 50 mil habitantes (40%), moradores da região Nordeste e Norte (respectivamente, 41% e 42%), simpatizantes e satisfeitos com o governo federal (45%, cada um), os que possuem renda familiar mensal de mais de dez salários mínimos (48%) e favoráveis à realização da Copa do Mundo (51%).

Entre os desinteressados pela Copa do Mundo, destacam-se os segmentos de brasileiros menos instruídos (33%), os insatisfeitos com o governo Dilma (35%) e aqueles contrários à realização da Copa (53%).

Nos Mundiais de 2002 e 2006, o Datafolha também realizou pesquisas sobre o grau de interesse dos eleitores após o início da Copa. Na comparação, a taxa de interesse atual (72%) é próxima a da Copa de 2002 (75%, desses, 42% tinham interesse grande, 26% médio e 7% pequeno) e menor do que a de 2006 (88%, desses, 51% tinha interesse grande, 28% médio e 9% pequeno).

Para a maioria dos entrevistados, a seleção nacional segue favorita a ganhar a Copa. A taxa dos que declararam que o Brasil será campeão oscilou, antes da estreia, 68% tinham essa opinião, agora são 71%. Outras seleções citadas como possíveis campeãs foram Alemanha (6%), Holanda (5%), Argentina (3%), França e Colômbia (1%, cada uma). Uma parcela de 13% não soube responder.

Comparativamente, o favoritismo do Brasil nesta Copa é maior do que em 2002 (64%) e menor do que em 2006 (83%). O favoritismo da seleção brasileira é maior entre os moradores das regiões Nordeste e Norte (respectivamente, 78% e 81%), entre os eleitores de Dilma (80%), entre os que avaliam positivamente o governo federal (81%), entre os que defendem a realização do Mundial (82%) e entre os que têm muito interesse pela Copa (87%).