45% dos deputados federais querem renúncia de Eduardo Cunha

DE SÃO PAULO

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Nem governo nem oposição tem o apoio da maioria do Congresso para votar a abertura de um processo para afastar Dilma Rousseff da Presidência e, após essa etapa, removê-la permanentemente do cargo. Na Câmara dos Deputados, 39% dos parlamentares afirmam que, se o Plenário da Câmara for chamado a decidir a abertura de um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, votarão a favor da abertura desse processo. Esse seria o primeiro passo para o impedimento da Presidente. A fatia dos que votarão contra a abertura do processo contra Dilma é de 32%, e uma fatia similar, de 29%, preferiu não se posicionar sobre o assunto.

Se a Câmara abrir um processo de impeachment e a presidente Dilma Rousseff for processada pelo Senado, 43% dos senadores afirmam que votariam contra o afastamento definitivo da petista de seu cargo, e 37%, a favor. Não sabem ou não se posicionaram 20% dos senadores.

Um em cada quatro deputados federais (25%) acredita que Eduardo Cunha (PMDB) deveria continuar exercendo seu cargo de Presidente da Câmara, e 45% acreditam que ele deveria renunciar. Uma parcela significativa, de 30%, preferiu não se posicionar sobre a manutenção do peemedebista na presidência da Casa.

Se a Câmara dos Deputados abrir um processo para cassar o deputado Eduardo Cunha, 35% dos deputados declaram que votariam a favor da cassação definitiva, e 13%, contra. A metade (52%) dos deputados, neste caso, preferiu não se posicionar sobre a eventual cassação do atual presidente da Câmara.

Para chegar a estes resultados, o Instituto Datafolha consultou 324 deputados federais e 51 senadores entre 19 e 28 de outubro.