60% dos moradores da cidade de São Paulo temem Polícia Militar

DE SÃO PAULO

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Seis em cada dez moradores da capital paulista (60%) declararam ter mais medo do que confiança na Polícia Militar. Para 36%, a Polícia Militar desperta mais confiança do que medo e 4% não responderam.

Nesse levantamento, realizado nos dias 28 e 29 de outubro, foram realizadas 1.092 entrevistas em todas as regiões da cidade de São Paulo. A margem de erro para o total da amostra é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na comparação com a pesquisa anterior (de 13 de junho de 2013) a taxa dos que têm mais medo do que confiança cresceu dez pontos percentuais (era 50%). O atual índice interrompeu a trajetória de queda: era 56%, em 2006, 53%, em 2012, e 50%, em 2013. Na série histórica sobre o tema, o ápice de medo da população em relação à Polícia Militar aconteceu em abril de 1997, quando, após o episódio da Favela Naval, 74% declaravam ter mais medo do que confiança na corporação.

Quanto à Polícia Civil, 55% declararam ter mais medo do que confiança e 40% mais confiança do que medo. Uma parcela de 5% não respondeu. A taxa dos que têm mais medo do que confiança é recorde, superando o índice de 1997 (era 51%). Na comparação com a pesquisa de 2013, o índice dos que têm mais medo do que confiança cresceu sete pontos (era 48%), enquanto o índice dos que têm mais confiança recuou cinco pontos (era 45%).

Observa-se entre os moradores da capital mais velhos índices mais altos de confiança na Polícia Militar e Civil, respectivamente, 47% e 48%.

Questionados sobre de quem têm mais medo, da polícia ou dos bandidos, 49% dos entrevistados declararam dos bandidos, 21% da polícia e 27% de ambos na mesma proporção. Apenas 2% declararam não ter medo de nenhum dos dois. O temor em relação aos bandidos é maior entre os mais ricos (63%), entre os mais velhos (61%) e entre os mais escolarizados (58%).
Comparativamente com a pesquisa anterior, os índices permaneceram estáveis: em junho de 2013, 53% tinham mais medo dos bandidos, 24% de ambos, 17% da polícia e 5% de nenhum. Há 20 anos, o temor aos bandidos era maior (68% - o ápice da série histórica), enquanto o temor à polícia era menor (12% - a menor taxa da série).

Quanto à eficiência do trabalho das polícias Civil e Militar, a maioria dos paulistanos avalia como um pouco eficiente.

Para 29%, a Polícia Militar é avaliada como nada eficiente na prevenção ao crime antes que eles aconteçam, para 58% ela é um pouco eficiente e para 10%, ela é muito eficiente - entre os mais velhos a taxa sobe para 20%. Uma parcela de 2% não respondeu.

As taxas são próximas às observadas a pesquisa de 21 de junho de 2013, eram, respectivamente: 30%, 58% e 10%. Já, na comparação com a pesquisa de 1995, a avaliação negativa da eficiência da Polícia Militar na prevenção ao crime cresceu: há 20 anos, 22% avaliavam como nada eficiente.

Quando perguntados a respeito da eficiência da Polícia Militar no combate aos crimes depois que eles acontecem, 32% responderam que a corporação não é nada eficiente, 54% que é um pouco e 11%, que ela é muito eficiente. Uma parcela de 3% não respondeu. Na comparação com a pesquisa de 21 de junho de 2013, os índices se mantiveram estáveis, quando eram, respectivamente, 34%, 52% e 11%. Já, na comparação com os índices de 1995, cresceu a taxa de paulistanos que declararam ser nada eficiente o trabalho da Polícia Militar no combate ao crime após ele ocorrer (era 23%).

Já, no caso da Polícia Civil, a avaliação foi um pouco melhor. Para 24%, a Polícia Civil não é nada eficiente no combate ao crime depois que eles acontecem, para 57% ela é um pouco e para 14% ela é muito eficiente. Ao longo de toda a série histórica, iniciada há 20 anos, os índices pouco se alteraram - em 1995, 24% declararam que a Polícia Civil era nada eficiente no combate aos crimes depois que eles acontecem, 52% era um pouco eficiente e 18% era muito eficiente.