42% dos deputados federais apoiam cassar Dilma, e 31% são contra

DE SÃO PAULO

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Os defensores declarados da abertura do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, atualmente, representam 42% dos 513 deputados federais. Em defesa do mandato de Dilma, ou seja, contra o processo de impedimento da petista, estão 31% dos parlamentares. A obtenção de maioria qualificada, por 2/3 dos deputados, que levaria o processo adiante, para análise pelo Senado, depende de 27% de deputados que ainda não têm posição definida ou preferiram não declará-la.

Entre os partidos que oficialmente fazem parte do bloco governista na Câmara, 40% dos deputados declararam votar contra o processo de impeachment de Dilma, 26%, a favor, e 34% não se posicionaram. Entre os correligionários de Dilma, do PT, 100% votarão contra o processo - o partido tem, atualmente, 59 deputados, ou 12% do total de votos na Câmara. No maior partido governista, o PMDB, um em cada três deputados (33%) votará a favor do processo contra a presidente, e 20%, contra. Aproximadamente metade (48%) da bancada não decidiu ou preferiu não revelar sua posição - o PMDB tem, atualmente, 69 deputados, ou seja, 14% do total de deputados federais. Nos demais partidos, incluindo PP, PTB, PDT, PSD, PCdoB, e PR e PRB, entre outros, há uma divisão similar entre os votos contra (30%) e a favor (32%) do processo de impeachment, e 37% não declararam como votarão.

No bloco de oposição ou independente, formado por PSDB, PSB, DEM, PSOL, PMN, PPS, PSL, SD e Rede, 78% votarão a favor do processo de impeachment de Dilma, e os demais se dividem entre os que votarão contra (9%) ou não declararam seu posicionamento (12%). No PSDB, a posição favorável ao impeachment atinge 94%. Os demais votarão contra (3%) ou não tomaram posição (3%). Com 53 deputados, o PSDB é o maior partido de oposição da Câmara, o que representa 10% da bancada de deputados federais.

Os parlamentares também foram consultados sobre a situação do Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e apenas 18% deles afirmaram que o peemedebista deveria permanecer em seu cargo. A maioria (62%) avalia que Cunha deveria renunciar, e há 20% que não definiram sua posição sobre ele. Em pesquisa realizada entre 19 a 28 de outubro deste ano junto aos parlamentares, 25% defendiam que Cunha permanecesse em seu cargo, e 45%, que renunciasse. Não se posicionavam sobre a questão, à época, 30%.

Entre os deputados da base governista, 21% avaliam que Cunha deve permanecer na Presidência da Câmara, e os demais indicam que ele deveria renunciar (55%) ou não revelaram sua posição sobre o tema (24%). Entre os deputados do PMDB, 30% acreditam que Cunha deveria permanecer em seu cargo, e 38%, que deveria renunciar. Um em cada três (33%) deputados do partido, contudo, preferiu não emitir opinião sobre a questão. No PT, 86% avaliam que Cunha deveria renunciar, 12% não opinaram, e 2% acreditam que ele deveria permanecer onde está.

Entre os membros de partidos de oposição ao governo na Câmara, 79% avaliam que Eduardo Cunha deveria renunciar à presidência da Casa, e 9% acreditam que deveria permanecer no cargo. Há ainda 12% que não adotaram posição sobre o assunto. No PSDB, 84% acham que o peemedebista deveria renunciar ao seu cargo, 6%, que deveria permanecer, e 9% não se posicionaram.

Se a Câmara dos Deputados abrir um processo para cassar o mandato do deputado Eduardo Cunha, a maioria (60%) dos deputados federais declara que votaria a favor da cassação definitiva, e 8%, contra. Um em cada três deputados (32%) preferiu não se posicionar. Os resultados atuais mostram perda de apoio de Eduardo Cunha entre seus colegas de Parlamento. Em outubro, 35% declaravam votar a favor da cassação definitiva de Cunha, 52% não assumiam posição sobre o assunto, e 13% indicavam votar contra.

Entre os partidos governistas, 53% dos deputados votariam pela cassação de Cunha, 10%, contra, e 37% preferiram não se posicionar. No PMDB, a maioria (58%) preferiu não adotar posição, e 30% votariam pela cassação do correligionário. Entre os deputados do PT, o apoio à cassação de Cunha é de 86%, 12% não se posicionaram, e 2% são contra a medida. Na bancada de oposição, 75% são a favor da cassação do peemedebista, e 16% não se posicionaram. Entre os tucanos, 81% votarão por cassar o mandato de Cunha, 3% irão votar contra, e 16% não adotaram posição.