Pesquisa Datafolha sobre a imagem dos três maiores partidos políticos no Congresso Nacional, PMDB, PSDB e PT, mostra que os brasileiros adultos têm avaliações diferentes sobre os mesmos. PMDB e PSDB alcançam índices próximos, porém se destacam em segmentos distintos, já, o PT foi avaliado mais negativamente.
O PMDB, o partido político com o maior número de parlamentares, é visto por 68% dos entrevistados como um partido com prestígio na sociedade brasileira, desses, 49% avaliaram com muito prestígio e 19% com um pouco. Enquanto para 20%, o partido não tem nenhum prestígio e 13% não opinaram. Taxas de muito prestígio acima da média são observadas entre os que têm 45 a 59 anos (24%) e entre os moradores das regiões Norte e Nordeste (22%, cada).
Os resultados da pesquisa são próximos aos observados na última pesquisa (de novembro passado), quando eram, respectivamente: 18% de muito prestígio, 51% de um pouco, 19% de nenhum e 12% que não opinaram.
O PSDB alcança taxas de prestígio próximas ao do PMDB, 67% o avaliam como um partido de prestígio na sociedade brasileira, desses, 19% avaliaram com muito prestígio e 48% com um pouco. Para 18%, o partido não tem nenhum prestígio e 14% não opinaram. O principal partido de oposição se destaca, com muito prestígio, entre os mais instruídos (26% - ante 23% do PT e 15% do PMDB), entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (29% - ante 21% do PMDB e 22% do PT) e entre os mais ricos (29% - ante 16% do PT e 14% do PMDB).
Na comparação com a pesquisa anterior os resultados ficaram estáveis: 19% de muito prestígio, 51% de pouco, 17% de nenhum e 13% não responderam.
Dos três partidos pesquisados, o PT foi o pior avaliado. A taxa de prestigio do partido alcançou 54%, desses, 23% avaliaram com muito prestígio e 31% com um pouco. Uma parcela de 37% declarou que o partido não tem nenhum prestígio e 8% não responderam. O partido da presidente Dilma Rousseff alcança a taxa mais alta de prestígio entre os moradores da região Nordeste (27% - ante 22% do PMDB e 18% do PSDB).
Na comparação com a pesquisa anterior, os índices ficaram estáveis: 22% de muito prestígio, 36% de pouco, 35% de nenhum e 7% não responderam.
Na análise por variáveis, observa-se que o PT, na comparação com o PMDB e o PSDB, alcança taxas mais altas de nenhum prestígio em todos os segmentos. Já, quando observa-se a taxa de muito prestígio, o PT divide a liderança com o PSDB nos segmentos dos mais instruídos (respectivamente, 23% e 26%) e moradores da região Sudeste (22%, cada um), e lidera entre os mais jovens (24%, ante 16% do PSDB e 13% do PMDB).
Quanto à capacidade de influenciar o país, PMDB e PSDB são vistos como os partidos mais poderosos. Para 76%, o partido do presidente da Câmara tem muito ou pouco poder, desses, 26% declararam que o partido tem muito poder e 50% um pouco. Para 14%, não tem nenhum poder e 11% não responderam.
Os índices são próximos aos observados na última pesquisa, quando eram, respectivamente, 26% de muito poder, 50% de pouco poder, 13% de nenhum e 10% que não opinaram.
Já, para 73%, o PSDB tem muito ou pouco poder, desses, 23% avaliaram que o partido tem muito poder e 50% que tem um pouco. Para 15%, não tem nenhum e 12% não responderam.
Na comparação com a pesquisa anterior, os índices permaneceram estáveis: 23% de muito poder, 52% de pouco, 14% de nenhum e 11% não responderam.
Para 66%, o PT tem muito ou um pouco poder, sendo que desses, 36% declararam que o partido tem muito poder - a taxa mais alta -, 30% um pouco e 26% nenhum. Uma parcela de 8% não respondeu.
Os resultados são próximos aos observados na pesquisa anterior, respectivamente: 37%, 32%, 23% e 8%.