24% dos motoristas foram multados na cidade de São Paulo no último ano

DE SÃO PAULO

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Pesquisa Datafolha com moradores da capital mostra que 47% dos entrevistados dirigem carros. Já 45% não dirigem carros e 7% não dirigem especificamente na cidade de São Paulo por algum motivo. A taxa de motoristas que dirigem em São Paulo cresceu na comparação com o levantamento anterior, de julho de 2014 (era 40%).

Realizada nos dias 12 e 13 de julho, a pesquisa entrevistou 1.075 moradores da cidade de São Paulo, com mais de 18 anos, de todas as regiões da cidade. A margem de erro para o total da amostra é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Observam-se diferenças significativas no hábito de dirigir na cidade entre as variáveis socioeconômicas de renda familiar mensal (82% entre os mais ricos ante 26% entre os mais pobres), de escolaridade (70% entre os mais instruídos ante 27% entre os menos instruídos) e de sexo (69% entre os homens ante 29% entre as mulheres).

Um quarto (24%) dos entrevistados declarou que foi multado nos últimos 12 meses, sendo que 8% foi multado 4 vezes ou mais. Entre os motoristas que residem na região oeste, o índice dos que foram multados é o mais alto, alcançando 38%. Em média, os motoristas da capital receberam 4 multas nos últimos 12 meses. Na pesquisa de dois anos atrás, tanto o índice de motoristas que haviam recebido multas nos últimos 12 meses (14%), quanto o número médio de multas (era 3) eram menores.

Para identificar os radares distribuídos na cidade, a maioria dos motoristas que dirigem na cidade (71%) declarou não utilizar GPS ou algum aplicativo. Dos que fazem uso destes instrumentos (29%), destacam-se os mais jovens (48%). Na comparação com a pesquisa de julho de 2014, os índices são próximos: 26% faziam uso de algum dispositivo para identificar radares e 74% não faziam.

Ao se aproximarem de algum radar, a maioria dos motoristas que dirigem na capital paulista (82%) declararam reduzir a velocidade do veículo e 18% que não. Há dois anos, os índices eram próximos, respectivamente, 80% e 20%.

Quando perguntados sobre quem é o principal responsável pelo alto número de multas de trânsito na cidade de São Paulo, a maior parcela dos entrevistados declarou ser o próprio motorista (47%). Para 23%, são os radares, para 22% a rigidez do Código de Trânsito Brasileiro e para 8%, os agentes de trânsito. Há dois anos os resultados eram diferentes, respectivamente, 62% responsabilizavam os motoristas, 16% o Código de Trânsito, 12% os agentes de trânsito e 10% os radares.

De maneira geral, as três alternativas apresentadas aos entrevistados para a redução do alto número de multa na cidade foram avaliadas como pouco eficientes. Para 40%, reduzir o número de pontos necessários para a suspensão da CNH reduziria o número de multas, para 54%, a medida não reduziria e 6% não opinaram. Já, para 36%, subir o valor das multas levaria a redução das infrações, para 61%, não reduziria e 3% não responderam. E finalmente, para 28%, instalar mais radares reduziria o número de multas, para 68%, não reduziria e 4% não têm opinião formada.

Na comparação com o levantamento de 2014, observa-se que o aumento no valor das multas foi a única alternativa a ser melhor avaliada. No período a eficácia da medida cresceu de 29% para 36%, enquanto as demais oscilaram: redução do número de pontos para a suspensão da CNH, de 44% para 40%, e instalação de mais radares, de 33% para 28%.