Prisão após condenação em segunda instância judicial é apoiada por 57%

DE SÃO PAULO

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Informados de que a Constituição brasileira diz que uma pessoa só pode ser presa até se esgotarem suas chances de provar sua inocência nas instâncias de Justiça disponíveis, e de que em 2016 o STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu que pessoas possam já poderiam ser presas após duas condenações, em primeira e segunda instância, os brasileiros foram consultados sobre o tema. As alternativas eram 1) a de defensores de que um acusado de crime tem o direito de ficar em liberdade até que seu processo passe por todas as instâncias judiciais disponíveis, ou 2) a de defensores de que a prisão possa ser realizada logo após um acusado ser condenado em duas instâncias diferentes da Justiça.

A maioria (57%) considerou mais justo que uma pessoa vá presa após ser condenada seguidamente em duas instâncias judiciais, e 36% apontaram que seria mais justo uma pessoa ser presa somente após seu processo passar por todas as instâncias judiciais disponíveis. Uma fatia de 6% preferiu não responder.

Entre aqueles que estudaram até o ensino fundamental, 49% concordam com a prisão em 2º instância, e 41%, após o processo percorrer todas as instâncias. Entre quem estudou até o ensino superior, 67% preferem a primeira opção, e 27%, a segunda. Na parcela de brasileiros que veem a prisão de Lula como injusta, 56% avaliam que a prisão só deveria ocorrer após todas as instâncias possíveis, índice que cai para 22% entre aqueles que avaliam a prisão do petista como justa.