Aprovação ao trabalho de Bolsonaro na pandemia é inferior à de governadores e prefeitos

DE SÃO PAULO

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A aprovação ao desempenho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no combate à pandemia causada pelo coronavírus no país se manteve em 30% entre agosto e dezembro, e também ficou estável a reprovação ao seu trabalho neste tema, com oscilação de 43% para 42% no mesmo período. Há ainda 27% que consideram que o presidente vem fazendo um trabalho regular na pandemia, e 1% não respondeu.

Entre as mulheres, 47% reprovam o desempenho de Bolsonaro na pandemia, e entre os homens esse índice recua para 35%. Os mais escolarizados também são mais críticos à maneira como o presidente vem conduzindo o combate ao coronavírus, com 57% de taxa de reprovação, ante 38% entre brasileiros com escolaridade média e 37% entre quem estudou até o ensino fundamental. Nas regiões metropolitanas do país, 49% consideram o trabalho de Bolsonaro ruim ou péssimo, e no interior esse índice fica em 36%.

Na parcela que está vivendo normalmente durante a pandemia, 24% têm opinião negativa sobre o desempenho do presidente, e a rejeição cresce conforme aumentam os cuidados em relação ao vírus. Entre quem está tomando cuidado, mas saindo de casa para suas atividades, 40% consideram o trabalho de Bolsonaro ruim ou péssimo; no grupo que está saindo somente quando inevitável, o índice vai a 45%; entre quem está totalmente isolado, alcança 59%. Entre aqueles que acreditam que a situação da pandemia está melhorando no país, 53% aprovam as ações do presidente em relação ao tema. No grupo que vê a crise gerada pelo coronavírus piorando, a aprovação ao trabalho de Bolsonaro cai para 23%, e a reprovação sobe para 48%.

No estrato que aprova o governo Bolsonaro de forma geral, 68% também aprovam seu desempenho na gestão da pandemia, e 23% consideram regular, com 8% de reprovação nesse tema específico.

A aprovação ao trabalho do Ministério da Saúde na crise do coronavírus oscilou de 37% para 35% entre agosto e dezembro, e a reprovação recuou de 31% para 27% no mesmo período. Com isso, subiu de 30% para 36% o índice dos que consideram o desempenho do ministério regular no combate à pandemia, e 1% não tem opinião a respeito.

A avaliação dos governadores no combate à pandemia é mais positiva, com 41% de aprovação (eram 44% em junho), 30% de reprovação (eram 29%) e 28% de avaliação regular (ante 26% na última pesquisa), com 1% sem opinião. Na região Sul, 52% aprovam o trabalho de seus governadores na crise do coronavírus, ante 47% no Nordeste, 39% no conjunto das regiões Norte e Centro-Oeste e 35% no Sudeste.

Os prefeitos do país têm avaliação similar à dos governadores quando o assunto é o desempenho durante a pandemia: 42% avaliam que estão fazendo um trabalho ótimo ou bom e 30% consideram ruim ou péssimo, com 26% de avaliação regular e 2% sem opinião. Em junho, 44% aprovavam a maneira como os prefeitos vinham lidando com a pandemia, e 34% reprovavam. Os prefeitos da região Sul têm o índice mais alto de aprovação (55%), seguidos pelos mandatários do Nordeste (43%), Sudeste (41%) e Norte/Centro-Oeste (35%). Nas regiões metropolitanas do país, 39% aprovam o desempenho dos prefeitos no combate ao coronavírus, e no interior esse índice fica em 44%.