40% reprovam o desempenho do Governo Lula (PT) na área ambiental
Para 60%, as mudanças climáticas são um risco imediato à população
Quatro em cada dez (40%) avaliam como ruim ou péssimo o desempenho do governo Lula (PT) na área ambiental, 29% avaliam como regular (entre os que têm 16 a 24 anos o índice sobe para 39%) e 29% avaliam como ótimo ou bom. Uma fração de 3% não opinou.
A taxa de aprovação ao desempenho da área ambiental do governo Lula é mais alta entre os que têm 60 anos ou mais (39%, ante 20% entre os que têm 16 a 24 anos), entre os menos instruídos (43%, ante 21% entre os mais instruídos), entre os que possuem renda familiar de até 2 salários mínimos (35%, ante 22% entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos), entre os moradores da região Nordeste (40%) e entre os católicos do que entre os evangélicos (33%, ante 24%).
Por outro lado, a taxa de reprovação ao desempenho da área ambiental é mais alta entre os homens (46%, ante 33% entre as mulheres), entre os mais instruídos (53%, ante 28% entre os menos instruídos), entre os que possuem renda familiar de mais de 10 salários mínimos (61%, ante 30% entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos), entre os moradores das regiões Norte/ Centro-Oeste (50%) e entre os evangélicos do que entre os católicos (46% ante 34%).
O atual levantamento foi realizado nos dias 07 e 08 de outubro de 2024, com 2.029 entrevistas presenciais em 113 municípios, com população de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.
O governo federal é avaliado como ente mais ativo no enfrentamento dos impactos das queimadas e da fumaça provocada pelas queimadas. Os governos estaduais e municipais apresentaram índices um pouco mais baixos e próximos, seguidos pela sociedade brasileira e o Congresso Nacional.
Para 57%, o governo brasileiro está fazendo algo para lidar com os impactos das queimadas (desses, 8% avaliam que o governo está fazendo mais do que deveria, 20% está fazendo o que deveria e 29% está fazendo menos do que deveria), e para 39%, não está fazendo nada. Uma fração de 4% não opinou.
No caso do governo estadual, 51% avaliam que está fazendo algo para lidar com os impactos das queimadas (7% avaliam que o governo está fazendo mais do que deveria, 20% está fazendo o que deveria e 24% está fazendo menos do que deveria), para 42%, não está fazendo nada, e 7% não opinaram. E, no caso do governo municipal, 49% avaliam que está fazendo algo (10% avaliam que o governo está fazendo mais do que deveria, 21% está fazendo o que deveria e 18% está fazendo menos do que deveria), para 45%, não está fazendo nada, e 5% não opinaram.
Já, para a sociedade brasileira, as opiniões ficaram ainda mais divididas: 48% avaliam que ela está fazendo algo para lidar com os impactos das queimadas (para 5%, está fazendo mais do que deveria, para 13%, está fazendo o que deveria, e para 29%, está fazendo menos do que deveria), 48% avaliam que não está fazendo nada, e 4% não opinaram.
E, por fim, no caso do Congresso Nacional, 43% avaliam que a instituição está fazendo algo para lidar com os impactos das queimadas (para 5% está fazendo mais do que deveria, para 12%, está fazendo o que deveria, para 26%, está fazendo menos do que deveria), para 49%, não está fazendo nada, e 7% não opinaram.
A parcela de brasileiros que avalia que as mudanças climáticas são um risco imediato para a população cresceu de junho a outubro. No período, 60% avaliam que as mudanças são um risco imediato (eram 52%), 32% avaliam que as mudanças serão um risco para as pessoas que viverão daqui a muitos anos (eram 43%), 7% avaliam que não são um risco (eram 5%) e 2% não opinaram.
A parcela que avalia as mudanças climáticas como um risco imediato para a humanidade é mais alta entre as mulheres do que entre os homens (63%, ante 56%) e entre os mais instruídos (70%, ante 54% entre os menos instruídos).
Numa escala de 0 a 10, onde 0 significa que não afetou nada e 10 que afetou muito, a nota média do impacto das queimadas e incêndios florestais na vida das pessoas de maneira geral foi de 7,2. Uma parcela de 42% deu as notas 9 e 10, 25% deram as notas 7 e 8, 18% as notas 4 a 6 e 14% as notas 0 a 3.
São observadas diferenças nas notas médias por gênero e idade, sendo mais altas: entre as mulheres (7,5, ante 6,8 entre os homens), entre os que têm 45 a 59 anos (7,5, ante 6,5 entre os que têm 16 a 24 anos).
Na mesma escala, agora pensando no impacto das queimadas e dos incêndios florestais na saúde pessoal, a nota média ficou em 6,4. Um terço (34%) deu as notas 9 e 10, 24% deram as notas 7 e 8, 22% as notas 4 a 6 e 19% as notas 0 a 3.
A nota média do impacto das queimadas e dos incêndios florestais na saúde pessoal é mais alta entre as mulheres (6,9, ante 6,0 entre os homens) e entre os que têm 25 a 34 anos (6,8, ante 5,8 entre os que têm 16 a 24 anos).
Apoio ao horário de verão recua e é o menor da série
Os brasileiros estão divididos sobre o horário de verão, 47% declararam ser favoráveis e 47% contrários. Uma fração de 6% é indiferente. Em comparação aos levantamentos anteriores, de setembro de 2017 e de 2021, observa-se que o apoio à implementação do horário de verão vem recuando, enquanto a rejeição vem crescendo. Em 2017, 58% eram favoráveis ao horário de verão e 35% eram contrários, em 2021, 55% eram favoráveis e 38%, contrários.
As taxas de apoio ao horário de verão são mais altas entre os homens do que entre as mulheres (50%, ante 44%), entre os que têm 16 a 24 anos (62%, ante 38% entre os que têm 60 anos ou mais), entre os que têm 25 a 34 anos (56%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos (65%, ante 44% entre os que têm renda familiar mensal de até 2 salários mínimos) e entre os eleitores de Lula no 2º turno da eleição de 2022 (52% são favoráveis e 43% são contrários).
Em contrapartida, observam-se taxas de rejeição ao horário de verão entre os que têm 44 a 59 anos (56%, ante 30% entre os que têm 16 a 24 anos), entre os que têm 60 anos ou mais (55%), entre os menos instruídos (53%, ante 44% entre os mais instruídos) e entre os eleitores de Jair Bolsonaro no 2º turno da eleição de 2022 (55% são contrários e favoráveis e 38% são favoráveis).
Na análise por região, observa-se que a parcela de favoráveis ao horário de verão supera a parcela de contrários apenas entre os moradores da região Nordeste (51% ante 43%). Já, entre os moradores da região Sudeste a parcela de contrários supera a parcela de favoráveis (51% ante 44%).