Na véspera da eleição, Tarso tem 55% dos votos válidos e venceria no primeiro turno
Petista alcança sua maior vantagem sobre adversários na reta final da campanha
O ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT) ampliou a vantagem sobre seus principais adversários na disputa pelo governo do Rio Grande do Sul e venceria no primeiro turno, com 55% dos votos válidos, se a eleição fosse hoje. Pesquisa Datafolha realizada entre ontem e hoje mostra que o petista cresceu três pontos na comparação com levantamento realizado no início da semana, quando tinha 52% dos válidos. Seu adversário mais próximo, o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça (PMDB), oscilou de 29% para 27%. A governadora Yeda Crusius (PSDB) teve a mesma variação e foi de 18% para 16%.
Entre os demais candidatos, apenas Montserrat Martins (PV) alcançou 1%. Pedro Ruas (PSOL), Julio Flores (PSTU), Schneider (PMN), Humberto Carvalho (PCB) e Aroldo Medina (PRP) foram citados mas não atingiram 1% dos válidos.
Para a pesquisa foram ouvidas 2015 pessoas em 57 cidades do Rio Grande do Sul entre os dias 1 e 2 de outubro. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
Quando incluídos os votos em brancos, anulados e o eleitorado indeciso, o petista tem 48% das intenções de voto, alta de três pontos sobre o início da semana. No total de votos, Fogaça oscilou um ponto para baixo e foi a 24%, enquanto Yeda oscilou negativamente um ponto e foi a 14%. Votos em branco ou nulos somam 4%, e 8% do eleitorado gaúcho está indeciso sobre o voto para governador.
Na véspera do primeiro turno, 43% dos gaúchos que votam ainda não sabem dizer corretamente o número do candidato escolhido para governar o Estado. Na comparação com levantamento feito no início da semana, essa taxa de desconhecimento caiu novez pontos. Entre os eleitores de Tarso, 37% ainda não sabem seu número (queda de cinco pontos sobre a pesquisa passada), índice próximo ao de Yeda (41%, ante 53% no início da semana). O eleitorado de Fogaça é o que mais desconhece seu número: 62%, cinco pontos a menos do que na última pesquisa.
Em um eventual segundo turno entre Genro e Fogaça, o petista seria escolhido por 55% dos gaúchos, enquanto 33% votariam no peemedebista. Se o embate se desse entre o petista e Yeda, ele teria 63%, ante 25% da governadora.
*Paim (PT) e Ana Amélia (PP) lideram disputa pelo Senado
Candidata do PP tem número mais conhecido, seguida por petista*
O senador Paulo Paim (PT) lidera a disputa pelas duas vagas ao Senado pelo Rio Grande do Sul, aparecendo pela primeira vez numericamente à frente de Ana Amélia Lemos (PP) nesta reta final de campanha. Pesquisa Datafolha realizada entre ontem e hoje mostra que, se a eleição fosse hoje, o candidato do PT teria 34% dos votos válidos - alta de três pontos sobre o levantamento realizado no início da semana. Lemos caiu três pontos e agora tem 30%. Considerando a margem de erro da pesquisa, de dois pontos para mais ou para menos, os dois estão empatados tecnicamente.
Também oscilou para baixo, um ponto, o ex-governador Germano Rigotto (PMDB), que tem 24% dos votos válidos. A seguir aparecem Abgail Pereira (PC do B), com 9%, e José Schneider (PMN), Vera Guasso (PSTU) e Professor Marcos Monteiro (PV), com 1%¨cada um deles. A soma desses percentuais é igual a 100%, mesma metodologia adotada pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultada da eleição.
O Datafolha também disponibiliza os índices para uma base de 200%, levando em consideração que a disputa deste ano envolve dois votos para o Senado. Nessa contagem, Paim atinge 53% das indicações de voto, quatro pontos a mais do que na última pesquisa. A candidata do PP caiu cinco pontos e agora tem 48%. O ex-governador Rigotto teve oscilação para baixo de dois pontos e obtém 37% das menções para o Senado. Abgail Pereira oscilou dois pontos para cima e tem 14%. Ainda estão indecisos sobre a escolha para uma das vagas 21% dos gaúchos que votam, enquanto 10% ainda não sabem em quem votar para as duas vagas.
A pesquisa ouviu 2015 eleitores em 57 cidades do Rio Grande do Sul. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
Ana Amélia leva vantagem sobre Paim no conhecimento sobre seu número. Entre os que optam pela candidata do PP, 39% sabem dizer corretamente seu número. Entre o eleitorado do petista, o índice de conhecimento é de 34%. A taxa de conhecimento do número de Rigotto é ainda menor: 26% dos que manifestam voto no peemedebista sabem o número a ser digitado na urna. No Rio Grande do Sul, a taxa de conhecimento do número dos candidatos é de 33%.
São Paulo 2 de outubro de 2010