Descrição de chapéu Eleições Datafolha

Em cenário estável, Lula tem 45%, ante 33% de Bolsonaro

90% dos eleitores convictos dizem ter decidido voto para presidente há mais de um mês

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A disputa pela Presidência da República ficou estável entre a primeira e a segunda semana de setembro, com manutenção de 45% das intenções de voto em Lula (PT), que segue à frente, e oscilação de 34% para 33% na preferência por Jair Bolsonaro (PL). O candidato do PDT, Ciro Gomes, oscilou de 7% para 8%, Simone Tebet (MDB) manteve 5% e Soraya Thronicke (União) oscilou de 1% para 2%.

Os candidatos Felipe d’Ávila (Novo), Vera (PSTU), Sofia Manzano (PCB), Eymael (DC), Léo Péricles (UP) e Padre Kelmon (PTB) foram citados mas não atingiram 1% das intenções de voto. Uma parcela de 4% declara intenção de votar em branco ou nulo (estável), e 2% não opinaram (eram 3%).

Para essa pesquisa foram realizadas 5926 entrevistas presenciais em 300 municípios, junto a eleitores de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o código BR-04099/2022. O questionário da pesquisa incluiu os nomes de todos os candidatos listados na Justiça Eleitoral, incluindo tanto as candidaturas já deferidas quanto aquelas indeferidas, que esperam recurso em instâncias superiores.

Considerando os votos válidos, quando são excluídos votos em branco, nulos e o percentual de indecisos, Lula tem 48%, ante 49% na pesquisa anterior, e Bolsonaro aparece com 35% (tinha 36%). Na sequência aparecem Ciro Gomes (8%), Simone Tebet (5%) e Soraya Thronicke (2%). Com a margem de erro, o candidato do PT pode ter entre 46% e 50% dos votos. Para vencer a eleição, um candidato precisa de 50% mais um dos votos válidos, sem brancos e nulos, já subtraída a abstenção. A apuração e divulgação do resultado oficial das eleições realizada pela Justiça Eleitoral considera somente os votos válidos.

A diferença de Lula sobre Bolsonaro, que é de 12 pontos na média do eleitorado, segue mais ampla entre mulheres (18 pontos, 46% a 29%), entre os mais jovens, de 16 a 24 anos (22 pontos, 50% a 28%), no eleitorado com escolaridade fundamental (27 pontos, 54% a 27%), entre os mais pobres, com renda familiar de até 2 salários (25 pontos, 52% a 27%), na região Nordeste (36 pontos, 59% a 22%), na fatia do eleitorado que se declara de cor preta (34 pontos, 57% a 23%), no segmento de católicos (22 pontos, 51% a 28%), entre beneficiários do Auxílio Brasil (31 pontos, 57% a 26%) e no conjunto de homossexuais e bissexuais (57 pontos, 68% a 11%).

O presidente fica à frente de Lula no Sul (42% a 34%) e entre evangélicos (49% a 32%). Entre os homens, a vantagem do petista cai para sete pontos (44% a 37%), e há empate na faixa de 25 a 34 anos (42% para Lula, 38% para Bolsonaro), na parcela com curso superior (36% a 38%), na faixa de renda de 2 a 5 salários (40% a 39%) e na seguinte, com renda de 5 a 10 salários (35% a 40%), no Centro-Oeste (38% a 40%), na região Norte (41% a 40%) e entre eleitores brancos (38% a 39%).

LULA AMPLIA VANTAGEM EM SP E RIO, E DISTÂNCIA EM MINAS CAI

Nos três maiores colégios eleitorais do país, Lula está à frente de Bolsonaro no 1º turno. Na comparação com pesquisa realizada há duas semanas, a distância entre eles aumentou em São Paulo e Rio de Janeiro, e caiu em Minas Gerais.

Há duas semanas, o candidato do PT tinha 40% das intenções de voto no Estado de São Paulo, ante 35% de Bolsonaro, 9% de Ciro Gomes, 7% de Simone Tebet, 4% de brancos e nulos e 2% indecisos. No levantamento atual, Lula tem 43% entre os paulistas, e o atual presidente oscilou para 33%, seguidos por Ciro (9%) e Tebet (7%). Votos em branco ou nulo são 4% e 2%, respectivamente.

No Rio de Janeiro, Lula oscilou de 42% para 44%, e Bolsonaro se manteve com 36%. Entre os fluminenses, Ciro tem 6% (tinha 8%), e na sequência aparecem Tebet (4%, estável) e Soraya Thronicke (2%), entre outros menos citados. Há ainda 4% que pretendem votar em branco ou nulo para presidente, e 2% estão indecisos.

Em Minas Gerais, Lula recuou de 47% para 43% desde o início do mês, e Bolsonaro passou de 30% para 33%. Com isso, a vantagem do petista, que era de 17 pontos, caiu para 10 pontos. A disputa em Minas tem Ciro com 8% (estável), Tebet com 4% (estável) e Soraya Thronicke com 2%, entre outros com índices mais baixos. Uma parcela de 4% pretende votar em branco ou anular o voto, e outros 4% preferiram não responder.

68% SABEM NÚMERO DE URNA PARA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL

A maioria (68%) dos eleitores menciona corretamente o número do seu candidato a presidente ou para voto nulo. Entre os homens, 73% sabem em que número irão votar, ante 63% das mulheres. Na parcela de eleitores de Lula, 83% conhecem seu número de urna, e entre quem declara voto em
Bolsonaro esse índice fica em 73%. No eleitorado de Ciro, 21% citam corretamente seu número de urna, no mesmo patamar de Tebet (21%).

Entre eleitores que escolheram em quem votar na eleição presidencial, seja em alguns dos candidatos, seja em branco ou nulo, 78% estão totalmente decididos sobre essa opção, índice similar ao do levantamento anterior (77%). Entre os homens, 18% ainda podem mudar de ideia sobre seu voto para presidente, e entre as mulheres esse índice é de 24%. O índice dos que ainda podem mudar de ideia até a eleição também é mais elevado entre eleitores de 16 a 24 anos (34%). Em São Paulo, 25% dos eleitores não estão totalmente decididos sobre o voto para presidente, ante 23% em Minas Gerais e 20% no Rio de Janeiro.

Na parcela que declara voto em Lula, 86% estão totalmente decididos, igual ao registrado entre eleitores de Bolsonaro (86%). Entre quem tem intenção de votar em Ciro Gomes, cerca de metade (48%) está convicta dessa escolha, índice similar ao registrado no eleitorado de Tebet (47%). Na fatia de eleitores que pretendem votar em branco ou nulo, 63% estão totalmente decididos.

Ampla maioria (90%) dos que já tem o voto para presidente totalmente definido diz ter tomado essa decisão há mais de um mês, e os demais decidiram na última semana (3%), nos últimos 15 dias (3%) ou no último mês (4%). Entre eleitores de Lula, 92% decidiram o voto há mais de um mês, e 4% ao longo da última semana ou nos últimos 15 dias. No eleitorado de Bolsonaro, 94% decidiram o voto há mais de um mês, e há 4% que tomaram essa decisão na última semana ou nos últimos 15 dias. Entre eleitores de Ciro, 77% definiram o voto no pedetista há mais de um mês, e 13% decidiram na última semana ou nos últimos 15 dias. Entre quem declara voto em Tebet, 39% decidiram pela candidata do MDB há mais de um mês, e 32% a escolheram na última semana ou nos últimos 15 dias.

Entre os eleitores que ainda podem mudar de ideia sobre o voto para presidente, Ciro Gomes (23%), Lula (20%), Bolsonaro (15%) e Simone Tebet (14%) são as opções de voto mais citadas.

No contingente de eleitores que declara voto em Lula mas não está totalmente decidido, 36% votariam em Ciro caso decidissem migrar de candidatura, e na sequência aparecem as opções por Bolsonaro (18%) e Tebet (19%). Na parcela de eleitores de Bolsonaro, Ciro (31%) e Lula (23%) são as alternativas de voto mais indicadas, e 19% votariam na candidata do MDB. No eleitorado não convicto de Ciro, Lula (37%), Bolsonaro (24%) e Tebet (13%) seriam os mais beneficiados por uma mudança de voto. Entre eleitores de Tebet, Lula (29%), Ciro (16%) e Bolsonaro (16%) são as opções de migração de voto mais citadas.

Na pesquisa de intenção de voto espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Lula lidera com 41% (tinha 39% há uma semana), e Bolsonaro aparece em segundo com 30% (tinha 31%). A candidatura de Ciro é citada espontaneamente por 4% (estável), a a de Tebet, por 3% (eram 2%), e Soraya Thronicke aparece com 1%. Os demais não atingiram 1%, há 5% que declaram intenção de votar em branco ou anular o voto, e 15% não responderam (eram 14% no levantamento anterior).

53% NÃO VOTARIAM DE JEITO NENHUM EM BOLSONARO, E 38%, EM LULA

Disputando a reeleição, Jair Bolsonaro lidera a rejeição entre os candidatos à Presidência da República: 53% não votariam de jeito nenhum no atual presidente, índice similar ao registrado há uma semana (51%). Com o segundo índice mais alto de rejeição aparece o ex-presidente Lula, com 38%, também no mesmo patamar do levantamento anterior (39%). Ele é seguido por Ciro Gomes (24%, mesmo resultado anterior), Simone Tebet (14%, também igual ao anterior), Felipe d’Ávila (14%), Vera (14%), Léo Péricles (13%), Soraya Thronicke (13%), Padre Kelmon (13%), Sofia Manzano (12%) e Constituinte Eymael (11%). Há 1% que rejeita todos os nomes apresentados, outro 1% que votaria em qualquer um deles, e 3% que não opinaram.

NO 2º TURNO, LULA TEM 16 PONTOS DE VANTAGEM SOBRE BOLSONARO

Na simulação de 2º turno entre Lula e Jair Bolsonaro, o petista tem 54% das intenções de voto (eram 53% na semana passada), ante 38% do atual presidente (eram 39%). Neste cenário, 7% votariam em branco ou anulariam o voto, e 2% não opinaram.

Na parcela do eleitorado que declara voto em Ciro no 1º turno, 51% votariam em Lula na disputa contra Bolsonaro, que teria 24% desses votos. Uma parcela de 24% dos eleitores de Ciro votaria em branco ou nulo, e 1% não opinou. Entre eleitores de Tebet, 40% votariam em Lula, e 24%, em Bolsonaro, com 33% optando pelo voto em branco ou nulo e 4% sem opinião.

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