Descrição de chapéu Eleições Datafolha

Lula oscila de 45% para 47%, e Bolsonaro mantém 33%

Nos válidos, petista tem 50% dos votos, e atual presidente fica com 35%

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O ex-presidente Lula (PT) oscilou de 45% para 47% das intenções de voto na disputa pela Presidência da República e ampliou a liderança sobre o segundo colocado, Jair Bolsonaro (PL), que se manteve com a preferência por 33% dos eleitores brasileiros. O candidato do PDT, Ciro Gomes, tem 7%, ante 8% na pesquisa anterior, e empata com Simone Tebet (MDB), que tem 5%, repetindo desempenho da semana passada.

Na sequência aparece Simone Thronicke (União), que oscilou de 2% para 1%, e os candidatos Felipe d’Ávila (Novo), Vera (PSTU), Sofia Manzano (PCB), Eymael (DC), Léo Péricles (UP) e Padre Kelmon (PTB) foram citados mas não atingiram 1% das intenções de voto. Uma parcela de 4% declara intenção de votar em branco ou nulo (estável), e 2% não opinaram (estável).

Para essa pesquisa foram realizadas 6754 entrevistas presenciais em 343 municípios, junto a eleitores de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o código BR-04180/2022. O questionário da pesquisa incluiu os nomes de todos os candidatos listados na Justiça Eleitoral, incluindo tanto as candidaturas já deferidas quanto aquelas indeferidas, que esperam recurso em instâncias superiores.

Considerando os votos válidos, quando são excluídos votos em branco, nulos e o percentual de indecisos, Lula tem 50%, ante 48% na pesquisa anterior, e Bolsonaro aparece com 35%, resultado igual ao da semana passada. Na sequência aparecem Ciro Gomes (7%), Simone Tebet (5%) e Soraya Thronicke (2%). Com a margem de erro, o candidato do PT pode ter entre 52% e 48% dos votos válidos. Para vencer a eleição, um candidato precisa de 50% mais um dos votos válidos, sem brancos e nulos, já subtraída a abstenção. A apuração e divulgação do resultado oficial das eleições realizada pela Justiça Eleitoral considera somente os votos válidos.

A diferença entre Lula sobre Bolsonaro no 1º turno, que é de 14 pontos na média do eleitorado, segue mais ampla entre mulheres (20 pontos, 49% a 29%), entre os mais jovens, de 16 a 24 anos (30 pontos, 54% a 24%), no eleitorado com escolaridade fundamental (30 pontos, 56% a 26%), entre os mais pobres, com renda familiar de até 2 salários (33 pontos, 57% a 24%), na fatia do eleitorado que se declara de cor preta (30 pontos, 55% a 25%), no segmento de católicos (25 pontos, 53% a 28%), entre beneficiários do Auxílio Brasil (33 pontos, 59% a 26%).

Lula e Bolsonaro estão empatados tecnicamente em nas regiões Sul (40% para o petista, 39% para o presidente), Centro-Oeste (38% a 41%) e Norte (42% a 36%). No Sudeste, a vantagem de Lula é estreita, de seis pontos (41% a 36%), e no Nordeste é ampla, de 38 pontos (62% a 24%). Em Minas Gerais, o petista passou de 43% para 46% e tem vantagem de 13 pontos sobre o candidato do PL, que se manteve com 33%. No Estado de São Paulo, que tem o maior eleitorado do país, o candidato do PT tem 41%, ante 34% do atual presidente, distância que na semana passada era de 10 pontos (43% a 33%). No Rio de Janeiro, Lula tem 40%, e Bolsonaro, 38%, empate que desfez a pequena vantagem obtida pelo petista no levantamento anterior (44% a 36%) entre eleitores fluminenses.

73% SABEM NÚMERO DE URNA PARA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL

A maioria (73%) dos eleitores menciona corretamente o número do seu candidato a presidente ou para voto nulo. Entre os homens, 78% sabem em que número irão votar, ante 67% das mulheres. Na parcela de eleitores de Lula, 87% conhecem seu número de urna, e entre quem declara voto em
Bolsonaro esse índice fica em 76%. No eleitorado de Ciro, 24% citam corretamente seu número de urna, no mesmo patamar de Tebet (26%).

Entre eleitores que já escolheram em quem votar na disputa presidencial, seja em alguns dos candidatos, seja em branco ou nulo, 81% estão totalmente decididos sobre essa opção, índice próximo ao do levantamento anterior (78%). Entre os homens, 14% ainda podem mudar de ideia sobre seu voto para presidente (eram 18%), e entre as mulheres esse índice é de 23% (eram 24%). O índice dos que ainda podem mudar de ideia até a eleição também é mais elevado entre eleitores de 16 a 24 anos (31%, ante 34% na semana passada). Em São Paulo, 22% dos eleitores não estão totalmente decididos sobre o voto para presidente, ante 19% em Minas Gerais e 19% no Rio de Janeiro.

Na parcela que declara voto em Lula, 87% estão totalmente decididos, no mesmo patamar de eleitores de Bolsonaro (88%). Entre quem tem intenção de votar em Ciro Gomes, 46% estão convictos (eram 48%), e entre quem vota em Tebet a certeza de voto chega a 56% (ante 47% na última semana). Na fatia de eleitores que pretendem votar em branco ou nulo, 64% estão totalmente decididos.

Entre os eleitores que ainda podem mudar de ideia sobre o voto para presidente, Lula (21%), Ciro Gomes (20%), Bolsonaro (15%) e Simone Tebet (13%) são as opções de voto mais citadas.

No contingente de eleitores que declara voto em Lula mas não está totalmente decidido, 33% votariam em Ciro caso decidissem migrar de candidatura, e na sequência aparecem as opções por Bolsonaro (22%) e Tebet (15%). Na parcela de eleitores de Bolsonaro, Ciro (25%) e Lula (24%) são as alternativas de voto mais indicadas, e 18% votariam na candidata do MDB. No eleitorado não convicto de Ciro, Lula (38%), Bolsonaro (18%) e Tebet (13%) seriam os mais beneficiados por uma mudança de voto. Entre eleitores de Tebet, Lula (34%), Ciro (19%) e Bolsonaro (18%) são as opções de migração de voto mais citadas.

Na pesquisa de intenção de voto espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Lula oscilou de 41% para 42%, e Bolsonaro passou de 30% para 31%. A candidatura de Ciro é citada espontaneamente por 4% (estável), a Tebet, por 3% (estável), e 1% dizem espontaneamente que irão votar no candidato do PT. Os demais não atingiram 1%, há 4% que declaram intenção de votar em branco ou anular o voto, e 14% não responderam (eram 15%).

52% NÃO VOTARIAM DE JEITO NENHUM EM BOLSONARO, E 39%, EM LULA

Na corrida pela reeleição, Jair Bolsonaro lidera a rejeição entre os candidatos à Presidência da República: 52% não votariam de jeito nenhum no atual presidente, índice similar ao registrado há uma semana (53%). Com o segundo índice mais alto de rejeição aparece o ex-presidente Lula, com 39%, também no mesmo patamar do levantamento anterior (38%). Ele é seguido por Ciro Gomes (24%, mesmo resultado anterior), Simone Tebet (15%, ante 14% na semana passada), Felipe d’Ávila (14%), Vera (14%), Soraya Thronicke (14%), Padre Kelmon (14%), Léo Péricles (13%), Sofia Manzano (11%) e Constituinte Eymael (10%). Há 1% que rejeita todos os nomes apresentados, outro 1% que votaria em qualquer um deles, e 3% que não disseram em quem não votariam.

EM CENÁRIO DE 2º TURNO ESTÁVEL, LULA HERDA MENOS VOTOS DE CIRO

Na simulação de 2º turno entre Lula e Jair Bolsonaro, o petista tem 54% das intenções de voto ante 38% do atual presidente. Neste cenário, 7% votariam em branco ou anulariam o voto, e 2% não opinaram. Esses índices não mudaram na comparação com o levantamento realizado na última semana.

Na parcela do eleitorado que declara voto em Ciro no 1º turno, 43% votariam em Lula na disputa contra Bolsonaro, que teria 28% desses votos. Na pesquisa anterior, o petista tinha 51% entre eleitores de Ciro, e o atual presidente, 24%. Uma parcela de 27% dos eleitores do pedetista votaria em branco ou nulo (eram 24%), e 2% não opinaram. Entre eleitores de Tebet, 42% votariam em Lula (eram 40%), e 27%, em Bolsonaro (eram 24%), com 28% optando pelo voto em branco ou nulo (eram 33%), além de 3% que não opinaram.

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