O Datafolha apresentou cinco situações aos eleitores e perguntou se na comparação com a eleição presidencial de 2018 mudaram ou não de comportamento. Daqueles que votaram no 2° turno da eleição de 2018, 69% declararam que em 2022 estão mais decididos a ir votar, 25% estão iguais e 6% menos decididos – entre os que pretendem votar em branco ou nulo para presidente esse índice sobe para 47%. As taxas são próximas entre os eleitores de Lula (72% estão mais decididos a ir votar, 24% estão iguais e 4%, menos decididos) e Bolsonaro (73% estão mais decididos a ir votar, 23% estão iguais e 4%, menos decididos).
Seis em cada dez (62%) declararam estar neste ano mais informados sobre as propostas dos candidatos à presidente do que há quatro anos, 28% estão iguais e 9% estão menos informados. A taxa daqueles que responderam estar mais informados sobre as propostas do candidato neste ano é mais alta entre os eleitores de Bolsonaro (67% estão mais informados, 26% estão no mesmo nível e 6% estão menos informados) do que entre os eleitores de Lula (59% estão mais informados, 29% estão no mesmo nível e 11% estão menos informados).
Uma parcela de 57% declarou que nesta eleição está acompanhando mais as notícias sobre os candidatos do que em 2018, 26% estão acompanhando igual e 16% estão acompanhando menos. O índice daqueles que declararam estar acompanhando mais as notícias sobre os candidatos é mais alta entre os eleitores de Bolsonaro (63% estão acompanhando mais, 24% acompanham igual e 12% estão acompanhando menos) do que entre os eleitores de Lula (53% estão acompanhando mais, 27% acompanham igual e 18% estão acompanhando menos).
Metade (49%) está mais preocupada com os resultados da eleição presidencial deste ano do que há quatro anos, 27% estão iguais e 23% menos preocupados. A parcela de eleitores mais preocupados com os resultados da eleição é mais alta entre os eleitores de Bolsonaro (55% estão mais preocupados neste ano, 25% estão iguais e 19% estão menos preocupados) do que entre os eleitores de Lula (44% estão mais preocupados neste ano, 28% estão iguais e 27% estão menos preocupados).
Por fim, quanto ao engajamento em fazer campanha, 32% declararam estar mais engajados na eleição deste ano, 47% estão iguais e 17% estão menos engajados. As taxas são próximas entre os eleitores de Lula (31% estão mais engajados, 46% estão iguais e 19%, menos engajados) e Bolsonaro (36% estão mais engajados, 48% estão iguais e 13%, menos engajados).
30% avaliam locais públicos como os mais perigosos para expressar preferência política ou voto
O Datafolha apresentou sete situações aos eleitores e perguntou em quais avaliam que poderiam ter algum tipo de problema se expressassem publicamente o seu voto ou a sua preferência política. Dessas situações, os locais públicos são avaliados como os de maior risco, com 30% das afirmações (era 34% em setembro), seguido por local de trabalho, com 25% (era 26%) e conversas com a família, com 24% (era 21%).
Na sequência ficaram: conversa com amigos ou colegas, com 20% (era 21%), na igreja ou culto, com 18% (era 16%), na escola ou faculdade, com 12% (era 9%) e respondendo pesquisas de opinião, com 2% (era 1%). Para 13%, a manifestação pública do voto ou da preferência política nessas situações não traz algum tipo de problema (era 14%) - entre os que têm 60 anos ou mais o índice sobe para 25% - e 3% não opinaram (mesmo índice anterior).
De maneira geral, os índices são próximos entre os eleitores de Lula e de Bolsonaro. As pequenas diferenças se dão no trabalho e nas igrejas. Entre os eleitores do petista, 27% avaliam que podem ter algum problema se manifestarem seu voto ou preferência política no local de trabalho (ante 23% entre os eleitores de Bolsonaro) e 22% avaliam que podem ter algum problema se manifestarem seu voto ou preferência política nas igrejas ou cultos (ante 15% entre os eleitores de Bolsonaro).