O ex-presidente Lula (PT) manteve 49% das intenções de voto na última semana e agora tem quatro pontos de vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL), que oscilou de 44% para 45%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, distância que coloca os dois candidatos no limite de uma situação de empate técnico, embora se mantenha a maior probabilidade do petista liderar a disputa. Há ainda 4% que votarão em branco ou nulo, e 1% estão indecisos.
Considerando somente os votos válidos, sem contabilizar brancos, nulos e indecisos, o petista tem 52%, e o atual presidente, 48%. Na rodada anterior, a vantagem era de seis pontos (53% a 47%).
Nesse levantamento, entre os dias 17 e 19 de outubro de 2022, foram realizadas 2912 entrevistas presenciais em 181 municípios de todas as regiões do país junto a eleitores de 16 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral com o código BR-07340/2022.
O ex-presidente Lula lidera entre as mulheres (51% a 42%), na parcela dos mais jovens (50% a 41%), entre quem tem 45 a 59 anos (51% a 44%), na parcela com 60 anos ou mais (52% a 43%), entre os menos escolarizados (58% a 38%), no segmento de menor renda familiar (57% a 37%), no Nordeste (67% a 29%), entre eleitores pretos (58% a 38%) e no grupo de católicos (58% a 37%).
Entre os homens, há empate entre Bolsonaro (49%) e Lula (47%), e o presidente fica à frente do petista em todas as faixas de renda familiar acima de dois salários (53% a 41% entre quem tem renda de dois a cinco salários, 54% a 41% na faixa de cinco a 10 salários e 55% a 41% entre os mais ricos, com renda superior a 10 salários), na região Sudeste (50% a 43%), no Sul (55% a 38%) e no Centro-Oeste (53% a 39%) e entre evangélicos (66% a 28%).
No Estado de São Paulo, Bolsonaro tem 47% das intenções de voto, ante 43% de Lula e 8% de brancos e nulos, além de 2% indecisos.
Na parcela de eleitores que votou em Ciro Gomes (PDT), 33% agora declaram voto em Lula, e 44% em Bolsonaro, com 21% optando por votar em branco ou nulo e 2% indecisos. No eleitorado de Simone Tebet (MDB), terceira colocada no primeiro turno, 34% têm intenção de votar no candidato do PT, 29% votarão no atual presidente, e 30% pretendem votar em branco ou nulo, com 7% de indecisos.
A maioria dos eleitores (94%) diz já ter se decidido sobre o voto no 2º turno, com índice de menor entre quem pretende votar em branco ou nulo (79%).
Na parcela do eleitorado que ainda pode mudar de voto, 61% tem como alternativa votar em branco ou anular, e os demais escolheriam Bolsonaro (20%), Lula (16%) ou estão indecisos (3%).
O presidente Jair Bolsonaro é rejeitado por 50% dos eleitores, que não votariam nele de jeito nenhum no 2º turno. Na semana passada, o índice de rejeição de Bolsonaro era de 51%. Os demais votarão com certeza (43%, e eram 42%) ou podem votar (6%, estável). Seu adversário, Lula, é rejeitado por 46% (mesmo índice do último levantamento), e os demais votarão nele com certeza (47%, e eram 48%) ou podem votar (6%, estável).
A combinação dos índices de rejeição de ambos os candidatos mostra que 48% rejeitam somente Bolsonaro, 43% rejeitam somente Lula, 3% rejeitam tanto o petista como o atual presidente, e 7% não rejeitam nenhum deles. Entre os mais jovens, 12% não rejeitam nem Lula nem Bolsonaro.
Entre quem votou em Tebet no primeiro turno, 19% rejeitam tanto Lula quanto Bolsonaro, 40% rejeitam somente o atual presidente, 31% rejeitam somente o candidato do PT, e 11% não rejeitam nenhum deles. No grupo de eleitores que votou em Ciro Gomes, 36% rejeitam somente Lula, e outros 36%, somente Bolsonaro. Há 10% que rejeitam ambos, 18% desse grupo não rejeita nem o atual presidente nem o candidato do PT.
2% MUDARAM DE IDEIA SOBRE VOTO APÓS DEBATE
Uma parcela de 45% dos eleitores disse ter assistido ao debate entre os candidatos a presidente no domingo passado promovido pelo UOL, Band, TV Cultura e Folha de S.Paulo, sendo que 20% assistiram ao programa todo, e 25% viram parcialmente. Entre os homens, 51% afirmam ter visto o debate, inteiro ou partes dele, ante 38% das mulheres. No segmento com escolaridade superior, 57% assistiram ao encontro entre Lula e Bolsonaro, índice que fica em 45% no eleitorado com escolaridade média e em 33% no segmento com escolaridade fundamental.
Entre quem votou em Ciro Gomes no primeiro turno, 32% viram o debate, ao menos em parte, e entre eleitores de Simone Tebet o índice foi de 37%. No eleitorado de Lula, a audiência foi de 43%, menor do que a registrada no grupo que votou em Bolsonaro (52%).
Pelo que souberam ou ouviram falar sobre o debate, 34% avaliam que Bolsonaro foi quem se saiu melhor no encontro, e 33% apontam Lula. Uma parcela de 4% diz que ambos se saíram bem, para 5% nenhum deles foi bem, e 24% não responderam.
Apenas 2% disseram ter mudado de ideia sobre o voto para presidente após o debate, sendo que cerca de metade deles (45%) tinha Lula como candidato antes do programa, e os demais votavam em Bolsonaro (17%), em branco ou nulo (18%) ou estavam indecisos (20%).