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Atual ocupante do cargo, Lula lidera os cenários de intenção de voto para presidente em 2026, e tem como adversário mais próximo Jair Bolsonaro (PL), inelegível por decisão da Justiça Eleitoral mas que pode lançar seu nome para a disputa até ser vetado oficialmente devido à sua situação legal. Na ausência do ex-presidente, há uma dispersão maior de intenção de votos entre nomes como Tarcisio de Freitas (Republicanos), Pablo Marçal (PRTB) e Ciro Gomes (PDT), ou ainda entre Michelle Bolsonaro (PL) e Eduardo Bolsonaro (PL) quando incluídos como alternativa ao atual governador de São Paulo. Também foram testados cenários com Fernando Haddad (PT) no lugar do atual presidente, e o ministro da Fazenda tem índices de 15% a 17%, a depender dos adversários.
No cenário que reúne Lula e Bolsonaro, o petista tem 36% das intenções de voto, e o ex-presidente, 30%. Na sequência aparecem Ciro Gomes (12%), Marçal (7%) e o nome do PSDB, Eduardo Leite (5%). Há ainda 9% que votariam em branco ou nulo, e 2% não opinaram. Entre as mulheres, 40% votariam no atual presidente, e 26% no adversário do PL. Entre os homens, há empate com Bolsonaro (35%) numericamente à frente do petista (30%). A distância entre eles, que é de seis pontos na média da população com 16 anos ou mais, é mais ampla nas faixas de 45 a 59 anos (39% para Lula, 27% para Bolsonaro), entre quem em tem escolaridade fundamental (46% a 23%), no Nordeste (48% a 22%) e entre católicos (40% a 26%). Entre jovens de 16 a 24 anos, o ex-presidente tem 35%, ante 28% do petista. Ele também fica numericamente à frente, em situação de empate técnico com Lula, entre pessoas com escolaridade média (35% a 30%) e na região Sul (35% a 28%). Entre os evangélicos, Bolsonaro tem vantagem mais ampla (43% a 24%).
Com a inclusão de Tarcisio de Freitas, Ronaldo Caiado (UB), Ratinho Junior (PSD) e Romeu Zema (Novo) entre as opções de voto, sem Bolsonaro, o atual presidente tem 35% das intenções de voto, e em seguida aparecem Tarcisio (15%), Ciro (11%), Marçal (11%), Ratinho Junior (5%), Leite (3%), Zema (3%) e Caiado (2%), com 11% de votos em branco ou nulo e 3% sem opinião. Entre aqueles que escolheram Bolsonaro no cenário anterior, 37% votariam no governador paulista, 19% optariam por Marçal, e 14% migrariam para o voto branco ou nulo. No Estado de São Paulo, há empate entre Lula (28%) e Tarcisio de Freitas (27%).
Tendo somente Lula, Tarcisio e Marçal como alternativas para a Presidência, o petista tem 43% das intenções de voto, ante 24% do governador de São Paulo e 15% de Marçal, além de 16% que votariam em branco ou nulo e 2% que não opinaram. Entre jovens de 16 a 24 anos, 25% votariam em Marçal, 18%, em Tarcisio, e 39%, em Lula. Na parcela que escolheu Bolsonaro no primeiro cenário, 48% optariam pelo governador paulista, 24%, pelo político do PRTB, e 5%, no atual presidente, com 19% optando pelo voto em branco ou nulo. Neste cenário, Tarcisio tem 37% entre quem mora no Estado de São Paulo, no mesmo patamar de Lula (35%).
A substituição de Jair Bolsonaro por Michelle Bolsonaro como nome do PL na disputa presidencial mostra Lula à frente (35%), seguido pela ex-primeira dama (15%), Ciro (12%), Marçal (10%), Ratinho Junior (5%), Zema (4%), Leite (3%) e Caiado (3%). Há 10% que votariam em branco ou nulo neste cenário, e 2% não opinaram. Entre quem opta por Jair Bolsonaro quando ele aparece entre as opções de voto, 47% preferem Michelle Bolsonaro neste cenário, e o segundo mais citado entre potenciais eleitores do ex-presidente é Marçal (14%).
Com Eduardo Bolsonaro na lista de presidenciáveis, Lula tem 35%, e em um patamar mais baixo aparecem Ciro (12%), Eduardo Bolsonaro (11%), Marçal (10%), Ratinho Junior (6%), Leite (4%), Zema (4%) e Caiado (3%), e os demais votariam em branco ou nulo (12%) ou não responderam (3%). Os votos de Jair Bolsonaro neste cenário se dividiriam, principalmente, entre Eduardo (34%), Marçal (18%) e brancos ou nulos (13%).
Em um cenário com Jair Bolsonaro e Fernando Haddad como nome do PT, o ex-presidente tem 32% das intenções de voto, e na sequência pontuam Ciro (20%), o atual ministro da Fazenda (17%), Marçal (8%) e Leite (6%). Há 15% que optariam por votar em branco ou nulo, e 3% preferiram não responder. Os que optam por Lula no primeiro cenário votariam, principalmente, em Haddad (40%), Ciro (23%) e branco ou nulo (18%).
O cenário mais pulverizado é aquele em que tanto Lula quanto Jair Bolsonaro são excluídos das opções de voto, com Ciro (19%), Tarcísio (16%) e Haddad (15%) à frente, seguidos por Marçal (12%), Ratinho Junior (7%), Leite (5%), Zema (3%) e Caiado (2%). Votos em branco ou nulo somam 17%, e 4% não responderam. Os nomes de Tarcísio (39%) e Marçal (19%) são os que mais atraem os potenciais eleitores de Jair Bolsonaro no cenário em que seu nome aparece na lista de presidenciáveis, e Haddad (37%) e Ciro (21%) se destacam entre os que manifestaram intenção de votar em Lula quando seu nome está na disputa. No Estado de São Paulo, o Tarcisio lidera com 29%, seguido por Ciro (17%), Haddad (16%) e Marcal (13%).
Na pesquisa espontânea, quando não há apresentação dos cartões com os nomes dos pré-candidatos, Lula é citado por 20%, e Jair Bolsonaro, por 14%. Também são mencionados espontaneamente os nomes de Tarcísio (1%), Ciro (1%), no atual presidente (1%) e no candidato do PT (1%), entre outros que não atingiram esse percentual mínimo. Cerca de metade (52%) dos brasileiros, porém, preferiu não citar nenhum nome, e 6% declararam que irão votar em branco ou anular o voto para presidente em 2026.
Entre quem avalia o governo Lula atual como ótimo ou bom, 51% citam seu nome espontaneamente como candidato a presidente em 2026. Na fatia que vê o governo como regular, 17% mencionam o petista (e 7%, Bolsonaro), e entre quem considera a gestão do petista ruim ou péssima 30% citam espontaneamente Bolsonaro como nome escolhido para a próxima disputa presidencial.
O Datafolha também mediu a rejeição aos pré-candidatos à Presidência, que é liderada por Jair Bolsonaro, em quem 44% não votariam de jeito nenhum, e Lula, rejeitado por 42%. Em um patamar mais baixo aparecem Michelle Bolsonaro (27%), Pablo Marçal (27%), Eduardo Bolsonaro (26%), Fernando Haddad (22%), Ciro Gomes (18%), Ratinho Junior (17%), Romeu Zema (15%), Tarcísio de Freitas (13%), Ronaldo Caiado (12%) e Eduardo Leite (12%). Há 2% que votariam em qualquer um deles, 1% que não votaria em nenhum, e 1% que preferiu não opinar.
A rejeição a Jair Bolsonaro é mais alta entre mulheres (50%) do que entre homens (39%), e o oposto ocorre com Lula (38% a 46%, respectivamente). O ex-presidente é rejeitado por 74% dos que consideram o governo Lula ótimo ou bom, por 51% dos que o veem como regular, e por 17% dos que o avaliam como ruim ou péssimo. O atual presidente enfrenta rejeição de 54% entre evangélicos, e entre aqueles que consideram sua gestão regular a rejeição é de 25% (ante 85% na fatia que o vê como ruim ou péssimo e 2% entre quem o avalia como ótimo ou bom).
LULA VENCERIA TODOS OS ADVERSÁRIOS NO SEGUNDO TURNO, E HADDAD FICA À FRENTE DE TARCISIO
Nos cenários de segundo turno, Lula aparece à frente de todos os adversários testados, com vantagem menor sobre Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas.
Contra o ex-presidente, com quem disputou o segundo turno em 2022, o petista tem 49% das intenções de voto, ante 40% do adversário, além de 10% que votariam em branco ou nulo, e 1% que não respondeu.
Tendo o governador de São Paulo como oponente, Lula tem 48% das intenções de voto, ante 39% de Tarcísio. Brancos e nulos somam 13%, e 1 % não opinou. Entre os paulistas, o atual governador lidera (52%, ante 38% de Lula).
No embate entre o atual presidente e Michelle Bolsonaro, o petista tem 50% das intenções de voto, e a ex-primeira dama, 38%. Os demais votariam em branco ou nulo (12%) ou preferiram não opinar (1%).
Contra Eduardo Bolsonaro, Lula teria 51% das intenções de voto, ante 34% do deputado do PL, com 14% optando pelo voto branco ou nulo e 1% sem opinião sobre a disputa.
Uma eventual disputa entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro mostra empate técnico, com o petista numericamente à frente (45% a 41%). Os demais votariam em branco ou nulo (13%) ou não opinaram (1%).
Se o segundo turno em 2026 fosse disputado entre Haddad e Tarcísio, 43% optariam pelo atual ministro da Fazenda, e 37%, pelo governador paulista. O índice de brancos e nulos, neste cenário, é de 17%, e 3% preferiram não responder. No Estado de São Paulo, Tarcísio obtém 51%, contra 37% do petista.
62% AVALIAM QUE LULA DISPUTARÁ PRÓXIMA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL
A maioria (62%) dos brasileiros com 16 anos ou mais acredita que o atual presidente tentará a reeleição no ano que vem. Entre eles, há 40% que avaliam que Lula certamente disputará a eleição, enquanto 22% avaliam que ele talvez dispute. Para 34%, o petista não estará na corrida presidencial de 2026, e há 5% sem opinião sobre o tema. A taxa dos que acreditam que Lula não disputará a eleição fica acima da média entre aqueles que consideram seu governo ruim ou péssimo (44%).
Caso não seja candidato, 37% avaliam que Lula deveria apoiar Haddad para a disputa presidencial em seu lugar, e 18% indicam que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) deveria ser o nome indicado. Há 14% que preferem ver Simone Tebet (MDB) como candidata apoiada pelo petista, e em patamar mais baixo aparecem os nomes dos petistas Rui Costa (5%) e Gleisi Hoffmann (3%). Há 12% que dizem que o atual presidente não deveria apoiar nenhum dos nomes apresentados, e 9% preferiram não responder.
Na parcela que considera o governo Lula ótimo ou bom, 51% apontam que o petista deveria apoiar Haddad para sua sucessão caso não concorra ele mesmo ao cargo novamente, na parcela que avalia o governo como regular esse índice é de 37%, e entre quem o vê como ruim ou péssimo, de 28%. Neste último grupo se destaca a taxa dos que acreditam que o petista não deveria apoiar nenhum deles (24%).
67% ACREDITAM QUE BOLSONARO DEVERIA ABRIR MÃO DE SE LANÇAR CANDIDATO PARA APOIR OUTRO NOME
Informados de que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral pela prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, de que com essa decisão ele poderá ser eleito até 2030, e também de que o ex-presidente pode candidato e fazer campanha até que seja feito um pedido de impugnação de sua candidatura, os brasileiros foram consultados se ele deveria manter sua candidatura a presidente em 2026 ou deveria abrir mão e apoiar outro candidato.
Para dois em cada três brasileiros (67%), Bolsonaro deveria abrir mão de lançar sua candidatura e apoiar outro candidato, e 28% avaliam que ele deveria manter a candidatura até quando for possível, além de 5% que preferiram não responder.
Entre brasileiros que se consideram extremamente bolsonaristas, 69% defendem que o ex-presidente mantenha sua candidatura, índice que fica em 40% no grupo que tendem ao bolsonarismo, e em 22% no segmento que se posiciona no centro da escala ideológica que utilizada para identificar bolsonaristas e petistas. Na parcela que considera o governo de Lula ruim ou péssimo, 52% avaliam que Bolsonaro deveria se manter candidato, e 44%, que deveria dar lugar a outro candidato. Entre quem avalia a gestão do petista regular esses índices são de 17% e 79%, respectivamente, e entre quem a considera ótimo ou bom ficam em 9% e 86%.
Caso não esteja na disputa, 23% avaliam que Jair Bolsonaro deveria apoiar o nome de Michelle Bolsonaro para a campanha presidencial, no mesmo patamar dos que defendem que seu apoio seja direcionado a Tarcísio de Freitas (21%). Para 14%, ele deveria apoiar o filho, Eduardo Bolsonaro, e 11% avaliam que deveria se engajar pelo nome de Pablo Marçal. Também foram apontados os nomes de Ratinho Junior (7%), Ronaldo Caiado (4%) e Romeu Zema (4%), além daqueles que acreditam que Bolsonaro não deveria apoiar nenhum desses nomes (9%) ou preferiram não responder (7%). No Estado de São Paulo, 35% avaliam que Tarcísio deveria ser o nome apoiado por Bolsonaro, ante 22% que preferem Michelle, 12% que apontam Eduardo e 11% que indicam Marçal