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51% não têm interesse na Copa do Mundo

55% são contra técnico estrangeiro na seleção

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Cerca de metade (51%) dos eleitores brasileiros não têm interesse na Copa do Mundo de futebol masculino que irá acontecer em novembro, no Catar, e 6% têm um pequeno interesse. A fatia dos que têm um grande interesse é de 22%, e há 20% com interesse médio, além de 1% que não opinou.

Em junho de 2018, antes da Copa realizada na Rússia, a taxa de desinteresse pelo torneio era similar (53%), e 9% tinham pouco interesse. À época, 18% tinham muito interesse, e outros 18%, interesse médio. O desinteresse pelas copas da Rússia e a próxima, no Catar, são os mais altos registrados pelo Datafolha desde 2002, considerando levantamentos realizados em anos de realização do evento. Neste ano, ao contrário das Copas anteriores, quando acontecia entre junho e julho, meses de verão no Hemisfério Norte, o evento será realizado em novembro.

Entre as mulheres, 56% não têm interesse na Copa do Mundo do Catar, ante 44% entre os homens. A taxa de desinteresse entre jovens de 16 a 24 anos (34%) é menor do que a registrada nas demais faixas de idade, nas quais o desinteresse fica acima de 50%. Na região Sul, 58% não têm interesse pelo torneio, ante 53% no Sudeste, 48% nas regiões Norte e Centro-Oeste e 44% no Nordeste.

O trabalho do técnico da seleção brasileira, Tite, é considerado ótimo ou bom por 47% dos eleitores brasileiros, como regular por 24%, e para 7% é ruim ou péssimo, com 22% sem opinião a respeito. O Datafolha realizou quatro consultas sobre o desempenho de Tite desde janeiro de 2018, Na primeira, em janeiro desse ano, ele tinha 62% de aprovação, e meses depois, em julho, esse índice chegou a 64%. Em dezembro de 2019, a taxa dos que consideravam o trabalho do técnico ótimo ou bom era de 37%, e agora subiu 10 pontos, para 47%.

Tite já disse publicamente que não continuará no comando da seleção após a Copa do Mundo do Catar, e o Datafolha consultou os eleitores sobre a possibilidade de ter um técnico estrangeiro no comando do time nacional. O resultado mostra que a maioria (55%) é contra essa opção, e 30% são a favor de ter um técnico de fora do país treinando a seleção a partir do próximo ano. Há ainda 8% que são indiferentes, e 7% que não opinaram.

Na comparação com dezembro de 2019, subiu a taxa dos que são contra um técnico estrangeiro à frente da seleção brasileira (de 46% para 55%), e caiu o índice de favoráveis (de 39% para 30%).

Questionados sobre quem irá ganhar a Copa do Mundo do Catar, 54% indicaram o Brasil, e em patamar bem abaixo aparecem Alemanha (5%), França (5%), Argentina (2%) e Espanha (1%), entre outros com menos citações. Três em cada dez (31%) preferiram não opinar sobre o time vencedor.

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