Piora avaliação do Congresso Nacional

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Pesquisa Datafolha mostra que a reprovação ao desempenho do Congresso Nacional aumentou entre os brasileiros. Já, as demais taxas oscilaram para baixo. O trabalho do Congresso Nacional é avaliado como ótimo ou bom por 13% (era 14% em julho de 2021), como regular, por 40% (era 43%) e como ruim ou péssimo, por 44% (era 38%). Uma parcela de 3% não opinou na pesquisa.

Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional - Roque de Sá/Agência Senado

A taxa de reprovação é próxima a pior taxa observada nesta legislatura (2019-2022), de dezembro de 2019, quando era 45%. Já, a taxa de aprovação é a mais baixa, superando o índice anterior, de julho de 2021.

A reprovação ao desempenho do Congresso Nacional é mais alta entre os mais instruídos (53%), entre os mais ricos (57%) e entre os que avaliam como ruim ou péssimo o governo do presidente Jair Bolsonaro (50%). Por outro lado, são observadas taxas de aprovação mais altas ao trabalho do Congresso Nacional entre os que avaliam como ótimo ou bom o governo Federal (23%).

Nesse levantamento, entre os dias 13 a 15 de setembro de 2021, foram realizadas 3.667 entrevistas presenciais em 190 municípios, com brasileiros de 16 anos ou mais, de todas as classes sociais e de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.

Com relação ao desempenho do STF vem crescendo a taxa de reprovação. Um quarto (25%) avalia como ótimo ou bom o trabalho do STF (era 24% em julho), 35% avaliam como regular (era 36%) e 35%, como ruim ou péssimo (era 33% em julho de 2021 e 29% em agosto de 2020). Uma fração de 5% não opinou (era 7%).

O índice de reprovação ao trabalho do STF é mais alto entre os mais instruídos (42%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (48%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos (51%), entre os empresários (59%) e entre os que aprovam o governo Bolsonaro (56%). Já, a taxa de aprovação alcança índices mais altos entre os que reprovam o desempenho do governo Federal (32%).

O Datafolha apresentou dez instituições aos entrevistados e pediu para eles avaliarem o quanto confiam em cada uma delas. De maneira geral, o grau de confiança piorou na maioria das instituições, sobretudo, da presidência da República, quando comparado com a última pesquisa, de julho de 2019. Algumas instituições como o STF, Forças Armadas e redes sociais registraram os piores índices de desconfiança de toda a série histórica, iniciada em 2012, outras instituições, como o Poder Judiciário e o Ministério Público, retornaram aos piores índices já registrados.

As Forças Armadas seguem como a instituição mais confiável. Três em cada quatro (76%) declararam confiar nelas (era 80% em julho de 2019), desses, 37% confiam muito (era 42%) e 39% um pouco (era 38%). Já, 22% não confiam nas Forças Armadas (era 19%) - esse é o índice mais alto da série histórica - e 2% não opinaram.

A seguir aparecem as grandes empresas brasileiras, 69% declararam confiar nelas (era 75%), desses, 17% confiam muito (era 22%) e 51% um pouco (era 53%). Três em cada dez (29%) declararam não confiar nas grandes empresas brasileiras e (era 24%) e 3% não opinaram.

Para o Ministério Público, 68% declararam confiar (era 75%), desses, 15% confiam muito (era 23%) e 53% um pouco (era 52%). Já, 30% não confiam (era 23%) e 2% não opinaram. Para o Poder Judiciário, 66% declararam confiar nele (era 72%), sendo que 15% declararam confiar muito (era 24%) e 51% um pouco (era 48%). Já, 31% não confiam (era 26%) e 2% não opinaram.

Na sequência, com índice estável, aparece a imprensa, dois em cada três (66%) declararam confiar nela (era 69%), desses, 18% confiam muito (era 21%) e 48% um pouco (era 48%), já, 32% não confiam (era 30%) e 1% não opinou. Num patamar mais baixo de confiança aparece o STF, 59% declararam confiar nele (era 64%), sendo que 15% declararam confiar muito (era 17%) e 44% um pouco (era 47%), ante 38% que não confiam (era 33%) e 3% não opinaram.

Com os índices de confiança mais baixos aparecem as redes sociais e instituições de representação política, como o Congresso Nacional, a presidência da República e os partidos políticos.

A metade (50%) declarou confiar no Congresso Nacional (era 53%), sendo que 4% declararam confiar muito (era 7%) e 46% um pouco (era 46%). Uma parcela de 49% declarou não confiar no Congresso (era 45%) e 1% não opinou. Na presidência da República, 49% declararam confiar (era 68%), desses, 16% confiam muito (era 28%) e 33% um pouco (era 40%). Já, 50% declararam não confiar (era 31%) - esse é o índice mais alto no governo Bolsonaro - e 1% não opinou.

Nas redes sociais, 46% declararam confiar (era 53%), desses, 6% confiam muito (era 9%) e 40% um pouco (era 42%). Já, 53% declararam não confiar (era 46%) - esse é o índice mais alto da série histórica - e 1% não opinou.

Os partidos políticos seguem como a instituição menos confiável. Quatro em cada dez (37%) declararam confiar neles (era 40%), desses, 3% confiam muito (era 4%) e 35% um pouco (era 36%), ante 61% que declararam não confiar (era 58%) e 1% não opinou.

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