Em cenário com 11 pré-candidatos, Mauro Tramonte (19%) e João Leite (12%) lideram disputa por prefeitura de BH
Saída de Duda Salabert e Leite isolam Tramonte na liderança, com 23%; disputa por segundo lugar é acirrada
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A três meses do primeiro turno, a disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte tem Mauro Tramonte (Republicanos) na liderança dos dois cenários consultados pelo Datafolha, sendo que em um deles, com mais nomes entre os pré-candidatos, ele divide a liderança com João Leite (PSDB), em situação de empate técnico. Sem a presença de Leite e Duda Salabert (PDT) entre os pré-candidatos, Tramonte assume a liderança isolada.
No cenário mais completo, com 11 nomes apresentados aos eleitores, Tramonte tem 19% das intenções de voto, e Leite, 12%. Com a margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos, eles estão empatados tecnicamente em primeiro lugar, e o pré-candidato do PSDB também está empatado com outros seis nomes que aparecem na sequência, que são: Duda Salabert (PDT), com 10%, Rogério Correia (PT), com 8%, Carlos Viana (Podemos), com 8%, Bruno Engler (PL), com 7%, e Fuad Noman (PSD), com 6%, e Gabriel Azevedo (MDB), com 4%. A disputa tem ainda Indira Xavier (UP) e Luisa Barreto (Novo), com 1% cada, e Wanderson Rocha (PSTU), que foi citado mas não atingiu 1%. Brancos e nulos neste cenário somam 13%, e 9% não opinaram.
A candidatura de Tramonte tem adesão acima da média na faixa de 25 a 34 anos (26%), entre eleitores com escolaridade média (25%), entre quem tem renda familiar de até 2 salários (24%) e no segmento evangélicos (25%). O tucano João Leite tem apoio acima entre eleitores com escolaridade fundamental (18%) e também entre evangélicos (18%), e Duda Salabert dobra suas intenções de voto entre os mais jovens, de 16 a 24 anos (20%) e na parcela do eleitorado que estudou até o ensino superior (20%), além de obter 18% entre quem tem renda familiar acima de 5 salários. O petista Rogério Correia tem 15% na faixa etária de 60 anos ou mais, segmento no qual lidera ao lado de Tramonte (13%) e Leite (12%), e também obtém apoio acima da média entre quem tem renda superior a 5 salários (17%).
Entre aqueles que tem o PT como partido preferido, com peso de 27% no eleitorado da capital mineira, Correia tem 21%, ante 22% de Tramonte, 15% de Duda Salabert e 14% de Leite. Entre quem votou em Lula no segundo da eleição presidencial de 2022, Tramonte (20%), Duda Salabert (18%), Correia (15%) e Leite (13%) são os preferidos na corrida pela prefeitura. Na parcela de eleitores de Jair Bolsonaro (PL), Tramonte (20%), Engler (17%), Viana (14%) e Leite (12%) são os que mais recebem indicações de voto.
Sem a presença de Leite e Salabert entre os nomes apresentados aos eleitores, Tramonte lidera com 23% das intenções de voto, e a segunda posição é disputada por Viana (13%), Correia (11%), Noman (9%) e Engler (8%). Na sequência aparecem Azevedo (5%), que empata tecnicamente com Correia, Noman e Engler, e Luisa Barreto (2%), Indira Xavier (2%) e Rocha (1%). Brancos e nulo, neste cenário, somam 17%, e 10% preferiram não opinar.
As intenções de voto de Leite, do primeiro cenário, distribuem-se nessa lista reduzida, principalmente, entre Viana (25%), Tramonte (19%), Correia (11%) e Engler (8%). Já a ausência de Salabert beneficiaria, principalmente, Correia (22%), Noman (14%), Tramonte (12%) e Barreto (12%).
Na pesquisa de voto espontânea, quando não há a apresentação dos nomes dos pré-candidatos, são citados Tramonte (4%), Engler (3%), Correia (3%), Noman (3%) e Duda Salabert (2%), entre outros com menos de 1% das menções. Há ainda 1% que dizem que irão votar no atual prefeito, 7% que declaram votar em branco ou nulo, e a maioria (73%) preferiu não responder.
APENAS TRÊS PRÉ-CANDIDATOS SÃO AMPLAMENTE CONHECIDOS POR ELEITORES
Dos 11 pré-candidatos a prefeito de Belo Horizonte, somente três são, neste momento, amplamente conhecidos pelo eleitorado, e outros três são conhecidos por cerca de metade dos belorizontinos que irão às urnas em outubro.
O mais conhecido deles é João Leite, que 91% dizem conhecer, divididos entre quem o conhece muito bem (30%), um pouco (30%) ou só de ouvir falar (31%). Em patamar similar está o líder em intenções de voto, Mauro Tramonte, conhecido por 86%, incluindo aqueles que o conhecem muito bem (34%), um pouco (26%) e só de ouvir falar (26%). Com 81% de conhecimento geral, Carlos Viana é conhecido muito bem por 25%, um pouco por 28% e só de ouvir falar por outros 28%.
Atual ocupante do cargo de prefeito, tendo assumido após a saída de Alexandre Kalil para disputar o governo estadual em 2022, Fuad Noman é conhecido por 52% dos eleitores de Belo Horizonte, sendo que 18% o conhecem muito bem, outros 18%, um pouco, e 16%, só de ouvir falar. Com taxa similar, Rogério Correia é conhecido por 50%, divididos entre quem o conhece muito bem (14%), um pouco (15%) e só de ouvir falar (21%). A deputada Duda Salabert também conhecida por cerca de metade do eleitorado (48%), sendo que 16% a conhecem muito bem, 11%, um pouco, e 22%, só de ouvir falar.
Na sequência aparecem Gabriel Azevedo (41% conhecem, sendo 6% muito bem, 10% um pouco e 25% só de ouvir falar), Bruno Engler (conhecido por 35%, sendo 7% muito bem, 11%, um pouco, e 17%, só de ouvir falar), Luisa Barreto (23% conhecem, sendo 2% muito bem, 7%, um pouco, e 14%, só de ouvir falar), Indira Xavier (17% conhecem, sendo que 2% conhecem bem, 6%, um pouco, e 10%, só de ouvir falar) e Wanderson Rocha (14% conhecem, sendo 1% muito bem, 3%, um pouco, e 10%, só de ouvir falar).
Nenhum dos pré-candidatos ganha destaca por um alto nível de rejeição diante do eleitorado, com a maioria deles em patamar similar quando se avalia essa variável de escolha do voto. Em ordem decrescente, Leite é rejeitado por 25% dos eleitores de Belo Horizonte, que não votariam de jeito nenhum no tucano no primeiro turno da disputa pela prefeitura, e na sequência surgem Duda Salabert (23%), Engler (23%), Noman (22%), Rocha (21%), Azevedo (20%), Correia (19%), Luisa Barreto (18%), Viana (18%), Xavier (18%), e Tramonte (15%). Há 7% que rejeitam todos, 3% que rejeitam nenhum, e 9% que não opinaram.
Leite tem rejeição acima da média entre os mais escolarizados (33%), e o mesmo acontece com Viana (24%) e Tramonte (21%) nesse segmento. A rejeição a Duda Salabert é mais alta entre os homens (31%) do que entre as mulheres (17%), e a deputada do PDT também tem rejeição acima da média entre os evangélicos (34%).