Eduardo Paes (PSD) oscila de 53% para 56% e mantém a liderança para a prefeitura do Rio de Janeiro

Alexandre Ramagem (PL) e Tarcísio Motta (PSOL) empatam na segunda posição

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A primeira pesquisa Datafolha, após o registro das candidaturas no TSE e do início da propaganda eleitoral, mostra Eduardo Paes (PSD) na liderança da disputa eleitoral para a Prefeitura do Rio de Janeiro, com larga vantagem sobre os demais candidatos. Eduardo Paes, candidato à reeleição, oscilou de 53%, em julho, para 56%.

Na segunda colocação, empatados tecnicamente, dentro da margem de erro da pesquisa, estão Alexandre Ramagem (PL) e Tarcísio Motta (PSOL), com respectivamente 9% e 7% (tinham 7% e 9% em julho). Num patamar mais baixo de intenção de voto estão: Rodrigo Amorim (UB), com 3% (tinha 2%), Marcelo Queiroz (PP), com 2% (mesmo índice anterior), Cyro Garcia (PSTU), com 2% (tinha 3%), Juliete Pantoja (UP), com 1% (tinha 3%) e Carol Sponza (Novo), com 1% (não alcançou 1% em julho). Henrique Simonard (PCO) foi citado, mas não alcançou 1%. Brancos ou nulos são 13% (eram 14%) e indecisos, 5% (mesmo índice anterior). Em comparação ao levantamento de julho, foi incluído o nome do candidato Henrique Simonard e foi retirado o nome da candidata Dani Balbi.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), durante inauguração da unidade oftalmológica do município - Eduardo Anizelli - 6.fev.2023/Folhapress - Folhapress

Na análise por segmentos, observa-se que Paes lidera em todas as variáveis sociodemográficas e alcança índices mais altos entre os menos instruídos do que entre os mais instruídos (64%, ante 53%), entre os católicos do que entre os evangélicos (61%, ante 49%), entre os simpatizantes do PT (71%), entre os que aprovam o governo municipal (77%) e entre os eleitores de Lula no segundo turno da eleição presidencial de 2022 (71%, ante 44% entre os eleitores de Jair Bolsonaro).

Nesse levantamento, nos dias 20 e 21 de agosto de 2024, foram realizadas 1.106 entrevistas presenciais, com eleitores da cidade do Rio de Janeiro de 16 anos ou mais, de todas as regiões da cidade. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.

Na pergunta espontânea de intenção de voto, quando não se apresenta o cartão com os nomes dos candidatos, Eduardo Paes mantém a liderança com 31% das menções (tinha 28% em julho). Alexandre Ramagem, tem 6% (tinha 2%) e Tarcísio Motta, tem 2% (mesmo índice anterior). Outras respostas somadas são 4% (eram 5%), brancos ou nulos são 8% (eram 9%) e 49% não citaram o nome de algum candidato (eram 53%).

Eduardo Paes é o candidato mais conhecido; taxa de conhecimento de Ramagem sobe de 37% para 47%. Garcia (24%), Ramagem (23%), Motta (22%) e Paes (19%) são os candidatos mais rejeitados

Eduardo Paes se mantém como o mais conhecido dos nove candidatos, quase a totalidade dos eleitores (99%) declarou conhecer Eduardo Paes, sendo que 68% declararam o conhecer muito bem, 21% um pouco e 9% só de ouvir falar.

Na sequência aparecem: Cyro Garcia, conhecido por 75% (mesmo índice anterior), Tarcísio Motta, conhecido por 67% (era 63%) e Alexandre Ramagem, conhecido por 47% (era 37%). No período, Ramagem foi o candidato que apresentou o maior crescimento na taxa de conhecimento, de 10 pontos percentuais.

E, desconhecidos pela maioria dos eleitores ficaram: Marcelo Queiroz, conhecido por 46% (era 42%), Rodrigo Amorim, conhecido por 44% (era 37%), Juliete Pantoja, conhecida por 21% (era 22%), Carol Sponza, conhecida por 14% (era 11%), e, Henrique Simonard, conhecido por 15%.

Quando questionados sobre quais candidatos não votariam de jeito nenhum no primeiro turno da eleição para prefeito do Rio de Janeiro, quatro candidatos dividem a liderança. São eles: Cyro Garcia, com 24% (tinha 27%), Alexandre Ramagem, com 23% (tinha 21%), Tarcísio Motta, com 22% (mesmo índice anterior) e Eduardo Paes, com 19% (mesmo índice anterior). Todos apresentaram taxas de rejeição estáveis em comparação a pesquisa de julho.

Na sequência, com taxas de rejeição próximas aparecem: Rodrigo Amorim, com 16% (tinha 18%), Carol Sponza, com 16% (tinha 15%), Marcelo Queiroz, com 15% (tinha 19%), Juliete Pantoja, com 14% (tinha 15%), e, Henrique Simonard, com 14% (não participou da pesquisa em julho). Uma parcela de 5% rejeita todos os candidatos (era 6%), 3% votariam em qualquer um deles (mesmo índice anterior) e 11% não opinaram (eram 9%).

Ramagem tem taxas de rejeição acima da média entre os que têm 60 anos ou mais (33%, ante 11% entre os que têm 16 a 24 anos), entre os mais instruídos (32%) e entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 salários mínimos (39%, ante 19% entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos). Já, Motta é mais rejeitado entre os homens do que entre as mulheres (26%, ante 18%). Paes tem taxas de rejeição mais homogêneas entre os segmentos sociodemográficos.

Em cenário de 2º Turno, Paes derrota Ramagem e Motta

Pela primeira vez, o Datafolha apresentou dois cenários de 2º turno para prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes contra Alexandre Ramagem e Eduardo Paes contra Tarcísio Motta e, em ambos Paes é o vencedor.

No primeiro cenário, Paes tem 68%, Ramagem, 18%, brancos e nulos são 11% e indecisos, 3%. O atual prefeito derrota Ramagem em todos os segmentos sociodemográficos e tem melhor desempenho entre as mulheres (74%, ante 14% de Ramagem) e entre os que têm 25 a 34 anos (72%, ante 10% de Ramagem). Paes recebe o apoio da maior parte dos eleitores de Motta no primeiro turno (68%, ante 17% de Ramagem) e é o preferido tanto entre os eleitores de Lula (88%, ante 6% de Ramagem) quanto entre os eleitores de Jair Bolsonaro (53%, ante 34% de Ramagem).

No segundo cenário, Paes tem 62%, Motta, 21%, brancos e nulos são 14% e indecisos, 3%. Novamente, Paes derrota seu opositor em todos segmentos sociodemográficos e obtém maior vantagem entre os menos instruídos (72%, ante 14% de Motta). Nesse cenário, os eleitores de Ramagem no primeiro turno ficaram divididos, 32% votariam em Paes, 21% em Motta, 46% anulariam ou votariam em branco e 2% não opinaram.

47% justificaram o voto por avaliar o candidato escolhido como o ideal . Índice é próximo entre os eleitores de Paes (49%), Ramagem (50%) e Motta (51%)

Da parcela que declarou voto em algum candidato, 47% justificaram o voto por avaliar que ele é o candidato ideal. Já, 51% justificaram o voto por não ter opção melhor e 1% não opinou.

As taxas daqueles que justificaram o voto por avaliar o candidato escolhido como o ideal ou por não ter opção melhor são próximas entre os eleitores de Paes (respectivamente, 49% e 50%), Ramagem (respectivamente, 50% e 47%) e Motta (respectivamente, 51% e 49%).

Quanto à vontade ir votar nas eleições deste ano, numa escala de 0 a 10, a nota média ficou em 4,9. Uma parcela de 30% deu as notas 9 e 10 para a vontade de ir votar nas próximas eleições, 13% deram as notas 7 e 8, 17% as notas 4 a 6 e 40% as notas 0 a 3.

Observa-se que a nota média é mais alta entre os mais instruídos (5,6), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 salários mínimos (5,9, ante 4,7 entre os que possuem renda familiar de até 2 salários mínimos) e entre os que aprovam o governo municipal (6,6, ante 2,8 entre os que reprovam).

Na análise por intenção de voto, observa-se que a nota média da vontade de ir votar nas próximas eleições é um pouco mais alta entre os eleitores de Motta (6,5) do que entre os eleitores de Paes (5,7) e Ramagem (5,9).

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