84% dos brasileiros tomaram conhecimento sobre as fraudes no INSS
87% são favoráveis à abertura de uma CPI para apurar as fraudes
BAIXE AQUI O RELATÓRIO COMPLETO
A maioria dos brasileiros (84%) declarou que tomou conhecimento das fraudes no INSS, em que associações realizavam descontos sem autorização em aposentadorias e pensões. Desses, 35% responderam estar bem informados sobre o tema, 37% mais ou menos informado e 13% mal informados. Uma parcela de 14% não tomou conhecimento do assunto e 1% não opinou.
A taxa de conhecimento sobre a fraude do INSS fica acima da média entre os que têm 60 anos ou mais (94%, ante 60% entre os que têm 16 a 24 anos), entre os mais instruídos (93%, ante 82% entre os menos instruídos), entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (96%, ante 81% entre os que têm renda familiar mensal de até 2 salários mínimos) e entre os autodeclarados aposentados (93%).
O atual levantamento foi realizado nos dias 10 e 11 de junho de 2025, com 2.004 entrevistas presenciais em 136 municípios, com população de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.
Quando questionados sobre a responsabilidade dos governos Lula e Jair Bolsonaro nas fraudes do INSS, os brasileiros atribuem maior responsabilidade ao governo Lula.
Para 50%, o governo Lula tem muita responsabilidade nas fraudes do INSS, para 28%, tem um pouco, para 16%, nenhuma responsabilidade, e 7% não opinaram. Já, para o governo Bolsonaro, 41% atribuem muita responsabilidade, 29% um pouco, 22% nenhuma e 7% não opinaram.
O índice que atribui muita responsabilidade ao governo Lula pelas fraudes do INSS fica acima da média entre os mais instruídos (58%, ante 39% entre os menos instruídos), entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (67%, ante 43% entre os que têm renda familiar mensal de até 2 salários mínimos), entre os evangélicos (58%, ante 47% entre os católicos) e entre os que reprovam o governo federal (68%, ante 30% entre os que aprovam).
Já, para o governo Bolsonaro, o índice de muita responsabilidade pelas fraudes do INSS é mais alto entre os moradores das Regiões Metropolitanas (47%, ante 38% entre os moradores de cidades do interior) e entre os que aprovam o governo federal (57%, ante 28% entre os que reprovam).
Entre os que declararam ter muito conhecimento do assunto, aumenta a avaliação que o governo Lula tem muita responsabilidade pelas fraudes no INSS (59%). Porém, o mesmo não ocorre para o governo Bolsonaro, entre os que têm muito conhecimento sobre o tema, 44% atribuem muita responsabilidade ao ex-presidente, índice próximo ao observado na população.
Entre os autodeclarados aposentados, a taxa daqueles que avaliam que os governos não têm responsabilidade fica acima da média: 23% para o governo Lula e 30% para o governo Bolsonaro.
Os brasileiros estão divididos quanto ao desempenho do governo federal na resolução das fraudes no INSS. Quatro em cada dez (38%) avaliam como ruim ou péssimo o desempenho do governo Lula na resolução dessas fraudes, 31% avaliam como regular e 26% como ótimo ou bom. Uma fração de 4% não opinou.
A taxa de avaliação do desempenho do governo federal como ruim ou péssima é mais alta entre os homens (43%, ante 34% entre as mulheres), entre os mais instruídos (48%, ante 27% entre os menos instruídos), entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (54%, ante 32% entre os que têm renda familiar mensal de até 2 salários mínimos), entre os evangélicos (45%, ante 36% entre os católicos) e entre os que reprovam o governo federal (60%, ante 16% entre os que aprovam).
Por outro lado, a avaliação do desempenho do governo federal como ótimo ou bom é mais alta entre os que têm 60 anos ou mais (35%), entre os menos instruídos (42%, ante 18% entre os mais instruídos), entre os aposentados (33%), entre os moradores da região Nordeste (34%), entre os católicos (30%, ante 21% entre os evangélicos) e entre os que aprovam o governo federal (45%, ante 9% entre os que reprovam).
A maioria (59%) avalia que os aposentados e pensionistas que tiveram os descontos indevidos irão receber o dinheiro de volta (índice sobe para 69% entre os que estão bem informados sobre as fraudes do INSS), desses, 11% avaliam que a devolução do dinheiro será rápida e 47% que será demorada. Uma parcela de 36% avalia que os descontos não serão devolvidos e 6% não opinaram. Entre os aposentados, não são observadas diferenças significativas nos índices.
A confiança no INSS é baixa. Numa escala de confiança de 1 a 5, onde 1 significa nenhuma confiança e 5 significa muita confiança, a nota média ficou em 2,5. Uma parcela de 37% deu a nota 1, 14% a nota 2, 23% a nota 3, 9% a nota 4 e 13% a nota 5. Uma fração de 4% não opinou.
Entre os autodeclarados aposentados, a nota média do grau de confiança no INSS ficou em 2,7 e se destaca o índice daqueles que deram a nota 5, 20%.
O apoio à abertura de uma CPI no Congresso Nacional sobre as fraudes do INSS é majoritário, 87% declararam ser favoráveis. Uma fração de 8% declarou ser contrária, 1% é indiferente e 4% não opinaram.
A taxa de favoráveis é majoritária em todas as variáveis sociodemográficas. Entre os autodeclarados aposentados, não são observadas diferenças de opinião.