85% querem cassação de Cunha

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Pesquisa Datafolha mostra que o apoio à cassação do mandato do Deputado Federal Eduardo Cunha (PMDB) cresceu e alcançou a taxa mais alta da série histórica, iniciada em novembro de 2015. De abril a julho, a parcela de brasileiros favoráveis à cassação cresceu oito pontos, de 77% para 85%, superando o índice de dezembro passado (era 82%). No período a taxa de brasileiros contrários à cassação recuou de 11% para 6%, enquanto as demais ficaram estáveis: a taxa de indiferentes oscilou de 4% para 3% e a dos que não responderam, foi de 9% para 7%.

O apoio à cassação do peemedebista é maior entre os homens (89%), entre os que têm renda familiar mensal de mais de cinco a dez salários mínimos (93%), entre os mais ricos (93%) e entre os mais escolarizados (95%).

Quanto à avaliação do desempenho do Congresso Nacional, os índices ficaram estáveis.

Quatro em cada dez brasileiros (43%) avaliam como ruim ou péssimo o trabalho dos congressistas, 40% como regular e 12%, como ótimo ou bom - mesmo patamar de junho de 2015. Uma parcela de 5% não respondeu. Na comparação com a pesquisa de abril, os índices são próximos: 41% reprovavam o desempenho do Congresso Nacional, 43% avaliavam como regular e 11% aprovavam.

Taxas de insatisfação mais altas são observadas entre os mais instruídos (56%) e entre os mais ricos (53%).

Para 62% dos brasileiros adultos, a democracia é sempre melhor que qualquer outra forma de governo, enquanto para 17%, tanto faz se o governo é uma democracia ou uma ditadura, e para 14%, em certas circunstâncias é melhor uma ditadura do que uma democracia. Uma parcela de 6% não respondeu.

Observa-se que conforme aumenta o grau de escolaridade e a renda familiar mensal dos entrevistados aumenta o apoio à democracia: 81% entre os mais instruídos, contra 53% entre os menos instruídos; 77% entre os mais ricos, contra 57% entre os mais pobres.

Na comparação com o último levantamento, de dezembro de 2014, a taxa de apoio à democracia recuou de 66% para 62%, a taxa de apoio à ditadura oscilou de 12% para 14%, e taxa de indiferentes oscilou de 15% para 17%.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha - Pedro Ladeira/Folhapress

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