O Datafolha apresentou três frases sobre porte de armas de fogo e pediu para entrevistados dizerem se concordam ou discordam de cada uma delas. De maneira geral, a maioria discordou de cada uma delas.
Sete em cada dez (72%) discordam da frase "A sociedade brasileira seria mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da violência", desses, 14% em parte e 58% totalmente. Um quarto (26%) declarou concordar (16% totalmente e 10% em parte), 1% não concorda e nem discorda e 1% não opinou.
Entre as mulheres a taxa de discordância atinge 78%, contra 66% entre os homens. Entre os mais ricos, 37% concordam com a afirmação, índice que cai para 23% entre os mais pobres. Entre brancos e pretos, a diferença é de sete pontos percentuais.
Entre os eleitores de Bolsonaro, 45% concordam com a afirmação, entre os eleitores de Lula esse índice é de 18%.
Quanto à frase "É preciso facilitar o acesso de pessoas às armas", 71% discordam dela, desses, 16% em parte e 55% totalmente. Uma parcela de 28% declarou concordar (15% totalmente e 12% em parte) e 1% não opinou.
Entre os homens, 35% concordam com a afirmação, contra 21% entre as mulheres. Analisando-se os resultados pelas regiões do país, observa-se na região Norte o maior índice de concordância (34%), nas demais regiões fica entre 25% e 30%. Entre os eleitores do presidente, 48% são favoráveis ao tema.
A maioria dos eleitores (69%) discorda da frase "O povo armado jamais será escravizado", dita recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro. Desses, 18% em parte e 51% totalmente. Três em cada dez (28%) concordam (17% totalmente e 11% em parte), 1% não concorda e nem discorda e 3% não opinaram. Entre seus eleitores, o presidente tem apoio de 50%.
De maneira geral, observa-se entre os evangélicos taxas mais altas de concordância com as frases apresentadas do que entre os católicos. Os mais ricos também defendem mais que a população tenha acesso às armas.