Apoios de Bolsonaro e Lula têm pesos similares na disputa para Prefeitura de Belo Horizonte
Já o apoio de Romeu Zema (Novo) a um candidato a prefeito levaria 50% dos eleitores da capital mineira a rejeitá-lo
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A maioria (55%) dos eleitores de Belo Horizonte não votaria de jeito nenhum em um candidato a prefeito apoiado por Jair Bolsonaro (PL), e 24% com certeza votariam em um nome endossado por ele. Há ainda 19% que talvez votassem em um aliado do ex-presidente para ser prefeito da capital mineira, e 2% não opinaram ou responderam de outra forma à questão. Na comparação com levantamento realizado no início de julho, a rejeição ao apoio do ex-presidente diminuiu (era de 60%), e houve oscilação positiva na disposição de certamente votar em um de seus aliados (eram 22% no mês passado).
Com isso, o apoio de Bolsonaro agora tem peso similar ao de Lula na disputa municipal da capital mineira. Com índice estável, 53% rejeitam votar em um candidato a prefeito apoiado pelo petista, e 23% com certeza optariam por essa candidatura (em julho, 22%). Há 21% que talvez optassem por um nome associado ao atual presidente (eram 23%), e uma parcela de 3% não opinou ou preferiram não escolher nenhuma das alternativas apresentadas.
A rejeição a um candidato a prefeito apoiado por Lula fica acima da média entre os evangélicos (62%), e a adesão certa a um aliado do petista é mais alta entre quem tem escolaridade fundamental (37%). Ainda entre os evangélicos de Belo Horizonte, 35% votariam com certeza em uma candidatura que tivesse o apoio de Jair Bolsonaro.
O apoio de Romeu Zema (Novo) a um candidato a prefeito levaria 50% dos eleitores da capital mineira a rejeitá-lo (em julho, 48%), e os demais com certeza votariam no aliado do governador (16%, e eram 14%), talvez votariam (30%, e eram 34%) ou preferiram não escolher uma dessas alternativas (4%). Entre eleitores com escolaridade fundamental, 25% com certeza votariam em um aliado do governador mineiro.
Uma parcela de 44% (ante 43% em julho) não votaria de jeito nenhum em um candidato apoiado por Alexandre Kalil (Republicanos), ex-prefeito da capital mineira. Uma parcela de 20%, por outro lado, certamente escolheria um nome associado a Kalil (eram 22% no levantamento anterior), e os demais talvez votariam (34%, e eram 32), ou preferiram não opinar ou responderam de outra forma (3%).
Entre eleitores com escolaridade fundamental, 32% com certeza votariam em um aliado do ex-prefeito, e entre aqueles com renda familiar de até 2 salários esse índice é de 30%.
Também foi testado nesta rodada o apoio de Cleitinho (Republicanos), senador por Minas Gerais, a um candidato a prefeito em Belo Horizonte, e 50% disseram que não votariam em um nome apoiado por ele. Há 16% que com certeza votariam em um aliado de Cleitinho, 22% que talvez votassem, e 13% que deram outras respostas ou não opinaram. Na faixa de 25 a 34 anos, 22% certamente votariam em um aliado do senador mineiro.
Eleitores desconhecem apoios de padrinhos
Os eleitores de Belo Horizonte também foram consultados sobre quem cada um desse políticos irá apoiar na próxima eleição para prefeito, considerando os nomes apresentados nos cenários de intenção de voto.
Metade (49%) do eleitorado não sabe quem Bolsonaro irá apoiar para prefeito da capital mineira, e os mais apontados foram Engler (21%), Tramonte (10%), Carlos Viana (9%) e Noman (3%), entre outros com menor percentual. Para 2%, nenhum deles será apoiado pelo ex-presidente.
Uma parcela de 47% dos eleitores não sabe quem Lula irá apoiar na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte, e os nomes mais citados foram o de Correia (22%), Tramonte (9%), Duda Salabert (8%), Noman (6%) e Viana (4%), entre outros. Há ainda 1% que avalia que o petista não irá apoiar nenhum deles. Entre eleitores que tem o PT como partido preferido, 26% apontam Correia como candidato apoio pelo atual presidente, e também são citados Tramonte (13%), Duda Salabert (7%) e Noman (7%), entre outros.
Na consulta sobre quem Zema irá apoiar para o cargo de prefeito de Belo Horizonte, 54% preferem não opinar, e as principais menções se referem a Tramonte (15%), Viana (10%), Engler (8%) e Noman (5%), entre outros. Para 1%, o governador não apoiará nenhum dos nomes apresentados.
Sobre o apoio de Kalil na próxima disputa municipal, 18% avaliam que seu candidato será Tramonte, e para 14% será Noman, eleito vice-prefeito em sua chapa em 2020. São mencionados ainda Viana (7%) e Correio (5%), entre outros. Cerca de metade (48%) dos eleitores, porém, não sabe quem Kalil irá apoiar, e 1% avalia que ele não apoiará nenhum dos nomes apresentados.
A maioria (59%) não sabe quem Cleitinho irá apoiar na eleição para prefeito de Belo Horizonte, e os principais nomes citados são Engler (14%), Tramonte (9%) e Viana (6%), entre outros com menor percentual.
Petistas (35%) e Bolsonaristas (34%) agora ocupam espaços similares no eleitorado de Belo Horizonte
A partir de uma escala de 1 a 5, em que 1 significa ser bolsonarista e 5 ser petista, os eleitores de Belo Horizonte foram consultados sobre seu posicionamento em relação a esses dois polos.
Na capital de Minas Gerais, 35% se consideram petistas (4+5), sendo que 25% se colocam na posição mais petista (5), e 10% tendem ao petismo (4). Os bolsonaristas (1+2) ocupam espaço similar: são 34%, sendo que 23% são extremamente bolsonaristas (1), e 11% tendem ao bolsonarismo (2). Há 23% que se posicionam no centro dessa escala (3), 7% dizem que não se encaixam em nenhuma delas, e 1% não opinou.
Na comparação com pesquisa realizada no início de julho, o bolsonarismo avançou (eram 29%), e o petismo teve oscilação negativa (eram 37%).
Líder em intenções de voto na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte, Mauro Tramonte (Republicanos) tem 34% de eleitores bolsonaristas, e a mesma proporção (34%) de petistas, com 27% de seu eleitorado atual se posicionando no centro. Entre os cinco candidatos que disputam a segunda posição na corrida eleitoral da capital mineira, Rogério Correia (PT) e Duda Salabert (PDT) têm a maior parte de seus respectivos eleitorados composta por petistas (69% e 66%). A pedetista, porém, tem 26% de eleitores de centro e 7% de bolsonaristas, enquanto o candidato do PT tem 15% de eleitores de centro e outros 15% de bolsonaristas.
O candidato do PL, Bruno Engler, tem a maior parte de seus eleitores (74%) identificados com o bolsonarismo, e 17% estão no centro, com 3% no polo petista. Atual prefeito, Fuad Noman (PSD) tem 52% de seu eleitorado identificado com o petismo, e 21%, com o bolsonarismo, e há 18% que se posicionam no centro desse espectro. O candidato pelo Podemos, Carlos Viana, tem 42% de seus eleitores no polo bolsonarista, e índices equivales de petistas (26%) e eleitores de centro (22%).