64% rejeitam votar em candidato a prefeito do Rio de Janeiro apoiado por Cláudio Castro (PL)

Lula (PT) é o principal cabo eleitoral, a taxa de quem votaria com certeza no candidato apoiado pelo presidente cresceu de 14% para 21%

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O Datafolha apresentou uma lista com os nomes de Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL) e Cláudio Castro (PL) e perguntou quanto o apoio de cada um deles é decisivo ou não na escolha do candidato a prefeito do Rio de Janeiro. Dos três nomes, Lula teve a menor taxa de rejeição, seguido por Bolsonaro, e Castro teve a maior taxa de rejeição.

O apoio de Cláudio Castro a um candidato a prefeito do Rio de Janeiro levaria 64% a não votar de jeito nenhum nesse candidato (eram 61% em julho), 21% talvez votassem (eram 29%), 7% votariam com certeza (eram 5%) e 4% não opinaram (mesmo índice anterior), entre outras respostas (3%). Entre os autodeclarados bolsonaristas, a rejeição ao governador é menor: 51% não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado pelo governador, 31% talvez votassem e 1% votariam com certeza.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, durante evento de entrega de unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida, na cidade de Magé, interior do estado do Rio. (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress) - Eduardo Anizelli/Folhapress - Eduardo Anizelli/Folhapress

No caso de Jair Bolsonaro apoiar um candidato a prefeito do Rio de Janeiro, 56% não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado pelo expresidente (eram 57% em julho), 17% talvez votassem nesse candidato (eram 19%), 23% votariam com certeza (eram 20%) e 3% não opinaram (mesmo índice anterior), entre outras respostas (2%). Na parcela de evangélicos, a adesão a uma candidatura apoiada por Bolsonaro fica acima da média: 33% votariam com certeza no candidato, 20% talvez votassem e 41% não votariam de jeito nenhum.

E, por fim, no caso de um candidato apoiado por Lula, 47% declararam que não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado pelo petista (eram 46% em julho) – entre os evangélicos a taxa sobe para 60% -, 26% talvez votassem (eram 36%), 21% votariam com certeza (eram 14%) – entre os menos instruídos o índice sobe para 36% - e 3% não opinaram (mesmo índice anterior), entre outras respostas (3%).

Nesse levantamento, nos dias 20 e 21 de agosto de 2024, foram realizadas 1.106 entrevistas presenciais, com eleitores da cidade do Rio de Janeiro de 16 anos ou mais, de todas as regiões da cidade. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.

Para 43%, Lula irá apoiar Eduardo Paes (PSD) para prefeito do Rio de Janeiro. A parcela de eleitores que declarou que Jair Bolsonaro irá apoiar Alexandre Ramagem cresceu de 17% para 28%

Os eleitores também foram consultados sobre qual candidato está sendo apoiado por Lula, Jair Bolsonaro e Cláudio Castro, e de maneira geral, as taxas de conhecimento foram minoritárias, sendo mais alta para o candidato apoiado por Lula. No período de julho a agosto, a taxa de conhecimento do padrinho político de Alexandre Ramagem cresceu.

Uma parcela de 43% declarou que Lula apoiará Eduardo Paes (era 42% em julho), 6% que apoiará Tarcísio Motta (mesmo índice anterior) e 3% que apoiará Cyro Garcia (era 4%). Uma fração de 2% respondeu que Lula não apoiará algum candidato (era 3%) e 40% não opinaram (eram 38%).

O conhecimento do apoio de Bolsonaro à candidatura de Alexandre Ramagem cresceu de 17% para 28%. Uma parcela de 3% declarou que Bolsonaro não apoiará algum candidato (era 4%) e 47% não opinaram (eram 54%) Entre os eleitores de Bolsonaro em 2022, 32% têm conhecimento desse apoio, ante 45% que desconhecem quem será o apoiado pelo ex-presidente.

Para 14%, Castro apoiará Eduardo Paes (eram 15% em julho) e para 13%, apoiará Alexandre Ramagem (eram 10%). Uma parcela de 2% declarou que Castro não apoiará algum candidato (era 4%) e 56% não opinaram (eram 54%).

37% dos eleitores cariocas se auto classificam como petistas e 32% como bolsonaristas

Numa escala de 1 a 5 de auto posicionamento, sendo que 1 significa ser bolsonarista e 5 ser petista, os eleitores cariocas se dividiram, de maneira geral, em três grupos com taxas próximas de representatividade.

Uma parcela de 25% se auto posicionou na escala mais extrema do bolsonarismo, na posição 1 (era 22% em julho), 7% se auto posicionaram na posição 2 (mesmo índice anterior), 21% se auto posicionaram como 3 (era 23%), 12% se auto posicionaram na posição 4 (mesmo índice anterior) e 25% se auto posicionaram na posição 5 (era 27%). Uma fração de 9% não se posicionou e 2% não opinaram. No agregado, 32% dos eleitores se autoclassificaram como bolsonaristas (posição 1 e 2), 37% como petistas (posição 4 e 5) e 29% como independentes (posição 3 e aqueles que não se posicionaram).

Entre os que se auto posicionaram como bolsonaristas (posição 1), observam-se taxas mais altas entre os homens do que entre as mulheres (28%, ante 22%), entre os simpatizantes do PL (76%) e entre os eleitores de Alexandre Ramagem (62%). Já, entre os que se auto posicionaram como petistas (posição 5), observam-se taxas mais altas entre as mulheres do que entre os homens (31%, ante 19%), entre os que têm 60 anos ou mais (38%, ante 17% entre os que têm 16 a 24 anos), entre os menos instruídos (34%, ante 23% entre os mais instruídos) e entre os eleitores de Eduardo Paes (32%).