7% dos brasileiros avaliam sua saúde mental como ruim ou péssima
Uma parcela de 10% dos brasileiros se sente triste, deprimido ou sem esperança, com maior incidência entre mulheres (13%) do que entre homens (7%)
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Dois em cada três (66%) brasileiros com 16 anos ou mais avaliam sua saúde física como ótima ou boa, e para 28% a situação física é vista como regular. Há ainda uma parcela minoritária, de 6%, que avalia sua saúde física como ruim ou péssima.
Entre os homens, 72% consideram a saúde física ótima ou boa, e 4%, ruim ou péssima. Na parcela de mulheres, a avaliação positiva cai para 60%, e negativa sobe para 8%.
A maioria (70%) também avalia a saúde mental pessoal como ótima ou boa, e 23% a consideram regular. Para 7%, a própria saúde mental é vista como ruim ou péssima.
Também há diferença entre homens e mulheres neste caso: 77% dos brasileiros avaliam a saúde mental pessoal como positiva, ante 64% entre as brasileiras. A avaliação negativa é menor entre homens (5%) do que entre mulheres (9%). Na parcela dos jovens de 16 a 24 anos, 13% consideram a saúde mental ruim ou péssima, índice mais alto entre todas as faixas etárias.
33% TÊM PROBLEMAS COM SONO FREQUENTEMENTE OU SEMPRE
O Datafolha também investigou como está a relação do brasileiro com alguns aspectos relacionados à saúde mental, como cansaço, insônia e problemas com alimentação.
Um em cada quatro (24%) afirma que sente pouco interesse ou prazer em fazer as coisas, e 25% dizem que às vezes têm essa sensação. Os demais (50%) raramente ou nunca sentem pouco interesse ou prazer em seus afazeres, e 1% não respondeu. Entre os homens, 54% dizem que raramente ou nunca têm a sensação de falta de interesse ou prazer em fazer as coisas, índice mais alto do que o registrado entre as mulheres (46%).
Uma parcela de 10% dos brasileiros se sente triste, deprimido ou sem esperança, com maior incidência entre mulheres (13%) do que entre homens (7%). Há 26% que às vezes se sentem tristes, deprimidos ou sem esperança, e 63% raramente ou nunca têm esse tipo de sensação.
Três em cada dez (30%) sempre ou frequentemente têm dificuldade para conseguir dormir, para manter o sono ou dormem demais. Na parcela de mulheres, esse índice vai a 35%, e entre os homens é mais baixo (26%). Nas classes D e E, 37% tem problemas com o sono com grande frequência, ante 29% entre brasileiros da classe C e 25% no conjunto das classes A e B. Há 26% que às vezes têm dificuldades para dormir, manter o sono ou dormem demais, e 43% raramente ou nunca têm problemas com seu sono.
Um quinto (19%) da população brasileira adulta se sente cansada ou sem energia sempre ou frequentemente. Entre as mulheres, o índice é de 25%, o dobro do registrado entre os homens (13%). A fatia dos que às vezes se sentem cansados ou sem energia soma 36%, e 45% dizem que raramente ou nunca têm esse tipo de sensação.
A fatia dos que sempre ou frequentemente tem algum problema ligado à alimentação, seja por ter pouco apetite ou por comerem em excesso, é de 35%. Entre os mais jovens, esse índice vai a 43%. Uma parcela de 27% diz comer em excesso ou ter falta de apetite às vezes, e 38% declaram que isso acontece raramente ou nunca.
É de 9% a parcela de brasileiros que sempre ou frequentemente e sentem mal consigo, que se veem como fracasso ou que estão decepcionando a sim ou a sua família, e 24% dizem ter esse tipo de sensação às vezes. A maioria (67%) declara que isso nunca acontece.
Um em cada cinco (20%) sempre ou frequentemente sente dificuldade em se concentrar em coisas como ler e assistir TV, e 24% às vezes têm esse tipo de dificuldade. A maioria (55%) diz que raramente ou nunca sentem dificuldade de concentração.
A parcela dos que sempre ou frequentemente sentem que sua fala e movimentos estão lentos, ou o contrário, sentem-se inquietos e agitados, soma 18%, com índice mais alto entre mulheres (21%) do que entre os homens (14%). Há 29% que às vezes se sentem dessa maneira, e 53% raramente ou nunca têm esse tipo de sensação.
Três em cada dez (31%) sempre ou frequentemente se sentem ansioso. Neste caso, os índices também são mais altos entre mulheres (39%) do que entre homens (24%). Entre os jovens, 40% sempre ou frequentemente sentem-se ansiosos, ante 34% entre 25 a 34 anos, 30% na faixa de 35 a 44 anos, 29% de 45 a 59 anos, e 26% entre quem tem 60 anos ou mais. Uma fatia de 30% às vezes se sentem ansiosos, e 38% raramente ou nunca têm esse tipo de sensação.
Considerando todos esses nove sintomas, 12% dos brasileiros reúnem de oito a cinco deles com alta frequência (sempre ou frequentemente), e 1% reúne todos. O índice dos que raramente ou nunca possuem nenhum desses sintomas é de 7%. Entre as mulheres, 15% sempre ou frequentemente sentem de cinco a oito desses sintomas, o dobro do registrado entre os homens (8%).
15% JÁ TIVERAM DIAGNÓSTICO DE DEPRESSÃO, E 6% ESTÃO FAZENDO TRATAMENTO
Uma fatia de 21% visitou algum psicólogo, terapeuta, psiquiatra ou algum outro profissional de saúde mental nos últimos doze meses. Na faixa de 25 a 34 anos, 28% visitaram algum tipo de profissional de saúde mental. Esse índice sobe para 32% entre quem tem curso superior e para 40% na faixa de renda acima de 10 salários.
Também é de 21% o índice de brasileiros que já tiveram algum diagnóstico médico de ansiedade, enquanto 15% já receberam um diagnóstico de depressão. Há ainda 8% que tiveram diagnóstico de transtorno de déficit de atenção ou hiperatividade.
Entre as mulheres, as taxas de diagnóstico de ansiedade (27%) e depressão (20%) representam o dobro da registrada entre os homens (14% e 10%, respectivamente).
Os brasileiros também foram consultados se estão recebendo tratamento médico para depressão, ansiedade e déficit de atenção ou hiperatividade neste momento, com índices mais baixos do que a taxa de diagnóstico descritas anteriormente.
Uma parcela de 9% declara estar tratando ansiedade, 6% estão fazendo tratamento para depressão, e 2%, para transtorno de déficit de atenção ou hiperatividade. Também há diferença no índice de tratatamento entre homens e mulheres nos casos de ansiedade (6% a 13%, respectivamente) e depressão (3% a 9%).
Questionados se moram com alguém que já recebeu algum diagnóstico de depressão, 24% disseram que sim, com índice mais alto entre jovens de 16 a 24 anos (31%) e brasileiros das classes A/B (29%).