Para 31%, a Segurança deve ser a prioridade do próximo prefeito
Taxa de menções à segurança é mais alta entre os eleitores de Alexandre Ramagem (PL) do que entre os eleitores de Eduardo Paes (PSD)
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O Datafolha apresentou uma lista com 13 áreas de atuação da Prefeitura e perguntou qual deveria ser a prioridade do próximo prefeito do Rio de Janeiro, a área da segurança foi a mais citada, com 31% de menções. A seguir aparecem saúde (19%), educação (17%), emprego (7%), situação dos moradores de rua (7%), enchentes (4%), transporte coletivo (3%), habitação (2%), preparação da cidade para enfrentar as mudanças climáticas (2%), conservação das calçadas, ruas e avenidas (2%), limpeza urbana (2%), situação dos usuários de drogas (1%) e trânsito (1%).
Segurança é a área mais citada em todas as variáveis sociodemográficas, seja liderando de forma isolada ou dividindo a liderança com as áreas de saúde e educação. A taxa de menções à segurança é mais alta entre os mais instruídos do que entre os menos instruídos (39%, ante 19%) e entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 salários mínimos do que entre os que têm renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (39%, ante 26%).
Na análise por intenção de voto, observa-se que segurança é citada por 55% dos eleitores de Alexandre Ramagem (PL). Entre os eleitores de Eduardo Paes (PSD) esse índice é de 28% e entre os eleitores de Tarcísio Motta (PSOL) chega a 36%.
Nesse levantamento, nos dias 20 e 21 de agosto de 2024, foram realizadas 1.106 entrevistas presenciais, com eleitores da cidade do Rio de Janeiro de 16 anos ou mais, de todas as regiões da cidade. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.
A maioria dos eleitores avalia que a insegurança cresceu na cidade no último ano. Sete em cada dez (70%) se sentem muito inseguros ao andar a noite pelas ruas da cidade hoje do que há um ano, 18% se sentem um pouco inseguros, 10% mais ou menos seguros e 2% muito seguros.
O sentimento de muita insegurança ao andar pelas ruas da cidade a noite no último ano é mais alto entre as mulheres do que entre os homens (77%, ante 62%), entre os que têm 60 anos ou mais do que entre os que têm 16 a 24 anos (74%, ante 54%), entre os eleitores de Ramagem (82%, ante 64% entre os eleitores de Paes), entre os que reprovam o governo Paes (88%, ante 63% entre os que aprovam) e entre os autodeclarados bolsonaristas (78%).
A maioria (61%) é contra o Projeto de Lei que autoriza o uso de armas de fogo pela Guarda Municipal
A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro irá votar o projeto de lei que autoriza o uso de armas de fogo pela Guarda Municipal. Seis em cada dez eleitores (61%) se posicionaram contra a aprovação desse projeto, 36% se posicionaram favoráveis, 1% declarou ser indiferente e 2% não opinaram.
A taxa de reprovação ao projeto é mais alta entre os que se auto classificaram como petistas (73%, ante 24% de favoráveis). Já, a taxa de aprovação ao projeto é mais alta entre os que têm 16 a 24 anos (58%), entre os eleitores de Ramagem (61%) e entre os que se auto classificaram como bolsonaristas (53%, ante 46% de contrários).
62% utilizaram nos últimos 12 meses algum Serviço Público Municipal de Saúde. A nota média de satisfação da rede pública de saúde pesquisada ficou em 7,3
A maioria dos eleitores cariocas (62%) declarou ter utilizado nos últimos 12 meses algum serviço da rede pública municipal de saúde da cidade. O mais comum foi a Clínica da Família, com 53% de usuários, seguida pela UPA (40%), Hospital Municipal (25%), Policlínicas Municipais (17%), Super Centro Carioca (8%) e CAPS (3%).
A taxa de usuários de algum serviço da rede pública de saúde é mais alta entre as mulheres do que entre os homens (66%, ante 57%) e entre os que têm renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (74%, ante 45% entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 salários mínimos).
Da rede pública de saúde foram pesquisados seis órgãos e a nota média geral de satisfação dada pelos usuários foi alta, de 7,3 (na escala de 0 a 10). O órgão melhor avaliado foi o Super Centro Carioca, com a nota média de 8,7, seguida pelos CAPS, com 7,7, Clínicas da Família, com 7,0, Policlínicas Municipais, com 6,9, as UPAs, com 6,8, e o Hospital Municipal, com 6,8.
Em uma escala de 0 a 10, BRT é avaliado por seus usuários com a nota 7,6. Sistema de ônibus da cidade recebeu de seus usuários a nota média de 5,4
A maioria dos eleitores cariocas (74%) declarou ter utilizado nos últimos 12 meses o sistema de ônibus da cidade. A nota média de avaliação do serviço de ônibus, feita pelos usuários, ficou em 5,4, sendo que uma parcela de 5% deu as notas 9 e 10, 27% deram as notas 7 a 8, 45% as notas 4 a 6 e 23% as notas 0 a 3.
Cerca da metade dos eleitores (46%) declarou ter utilizado nos últimos 12 meses o BRT da cidade. A avaliação do BRT por seus usuários ficou, numa escala de 0 a 10, em 7,6. Sendo que uma parcela de 13% deu as notas 9 e 10, 48% deram as notas 7 a 8, 30% as notas 4 a 6 e 9% as notas 0 a 3.
65% avaliam a renda familiar como insuficiente
Quando questionados sobre a renda familiar, 23% a avaliam como insuficiente, trazendo muitas dificuldades financeiras, 42% avaliam como insuficiente e as vezes falta dinheiro, 27% avaliam como suficiente, exatamente o necessário para viver e 8% avaliam como mais do que suficiente.
Da parcela que avalia a renda familiar insuficiente e traz muitas dificuldades, observa-se índice mais alto entre menos instruídos (47%) e entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (36%).