Serra venceria eleição para governador no primeiro turno, hoje

DE SÃO PAULO

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Sem o prefeito na disputa, Quércia lidera, e PT fica em segundo lugar O prefeito de São Paulo, José Serra, derrotado pelo governador Geraldo Alckmin na disputa em seu partido pela vaga de candidato à Presidência, estaria eleito para o governo de São Paulo, se o primeiro turno da eleição fosse hoje. Esta é a principal revelação de pesquisa realizada pelo Datafolha nesta semana em que o PSDB apresentou Alckmin como seu candidato à sucessão do presidente Lula.

Serra atinge 50% das intenções de voto quando a ex-prefeita Marta Suplicy, a quem derrotou na eleição de 2004, representa o PT na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. A petista fica 36 pontos atrás, com 14%, empatada com o ex-governador Orestes Quércia, que obtém 15%. Quando o senador Aloizio Mercadante é o nome petista no páreo, o prefeito de São Paulo vai a 58%, 46 pontos à frente do petista (12%), que também empata com Quércia (11%).

Levando-se em consideração apenas os votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos), Serra teria hoje 65% no cenário com Mercadante e 57% no cenário com Marta Suplicy, estando assim eleito, sem necessidade de segundo turno.

O Datafolha apresentou aos entrevistados seis possíveis cenários para a eleição de outubro, alternando os já citados possíveis candidatos do PT, e três nomes do PSDB: além de Serra, foram incluídos o vereador José Aníbal e o ex-ministro da Educação, que atingem índices muito inferiores aos obtidos por Serra. José Aníbal obtém 7% no cenário com Mercadante e 6% no cenário com Marta; Paulo Renato tem 3% nos dois cenários.

Nos cenários sem Serra, Quércia lidera, embora tenha perdido pontos em relação ao levantamento anterior, realizado em dezembro (exatamente quatro pontos percentuais em cada um deles), deixando Aloizio Mercadante e Marta Suplicy em segundo lugar. Contra Mercadante, Quércia atinge entre 27% (no cenário com José Aníbal pelo PSDB) e 29% (no cenário com Paulo Renato). O senador petista obtém 21% no primeiro cenário e 23% no segundo. Contra Marta, o placar é de 28% a 20% no cenário com Aníbal e de 29% a 20% naquele com Paulo Renato.

Os demais possíveis candidatos ao governo do estado listados na pesquisa são Carlos Apolinário (PDT), que chega a 10% das intenções de voto (nos cenários com Paulo Renato), Guilherme Afif Domingos (PFL), que fica entre 2% e 3% e Cunha Lima (PSDC), que atinge entre 1% e 3%.

Nos cenários com Serra, as taxas de intenção de voto em branco ou nulo são de 7% (com Mercadante como candidato do PT) e 8% (com Marta). Nos quatro demais cenários, é de 21% a taxa dos que afirmam que, hoje, votariam em branco ou anulariam.

O prefeito de São Paulo cresceu oito pontos percentuais no que diz respeito à intenção de voto espontânea, tendo passado de 3% em dezembro para 11% hoje a taxa dos que afirmam que pretendem votar nele para governador antes que lhes seja apresentado o cartão circular com os nomes dos possíveis candidatos. Por outro lado, a taxa dos que citam espontaneamente o governador Geraldo Alckmin caiu 11 pontos, de 19% para 8%, possivelmente em virtude do anúncio da candidatura do tucano à Presidência.

Marta Suplicy lidera o ranking da rejeição: se o primeiro turno da eleição para governador do estado de São Paulo fosse hoje, 41% dos paulistas não votariam nela. Orestes Quércia fica em segundo lugar, com 28% de rejeição. Vêm a seguir Aloizio Mercadante (20%), Carlos Apolinário (19%), Cunha Lima (17%), José Aníbal, Paulo Renato (16%), José Serra (15%) e Guilherme Afif Domingos (14%). Votariam em qualquer um 6% e não votariam em nenhum deles 2%.

A pesquisa mostra que, entre os moradores da capital paulista, o prefeito José Serra tem 42% das intenções de voto, taxa oito pontos abaixo da média. Já sua antecessora no cargo, Marta Suplicy, atinge 25% na capital, índice 11 pontos superior à sua média no estado.

Marta Suplicy também é a pré-candidata com maior taxa de rejeição na capital, embora com um índice quatro pontos abaixo da média (37%). Serra tem, na cidade, rejeição cinco pontos acima da média, chegando a 20% a taxa de paulistanos que não votariam nele de jeito nenhum.