Os cenários de intenção de voto sofreram poucas mudanças entre dezembro de 2015 e hoje. Segundo colocado na última eleição presidencial, Aécio Neves continua a ser o nome mais forte do PSDB entre os testados nas simulações de voto. Se a eleição presidencial fosse hoje e o senador mineiro fosse candidato, ele teria a preferência de 24% dos brasileiros, no limite do empate técnico com Lula, que tem 20%. O petista também está empatado tecnicamente com Marina Silva (Rede), que aparece com 19%.
Em outro patamar estão Jair Bolsonaro (PP), com 6%, Ciro Gomes (PDT), com 5%, Luciana Genro (PSol), com 2%, Eduardo Jorge (PV), também com 2%, e Michel Temer (PMDB), que tem 1%. Na comparação com dezembro, Bolsonaro oscilou positivamente (tinha 4%), e Ciro oscilou negativamente (tinha 6%). Há ainda 16% que votaram em branco ou nulo, e 5% que não opinaram.
Diante desses adversários, Aécio obtém seu melhor desempenho entre os mais jovens (30%, ante 24% de Marina e 16% de Lula), na parcela dos mais ricos (28%, ante 21% de Marina e 9% de Lula), e nas regiões Centro Oeste (29%, ante 16% de Marina e 16% de Lula) e Norte (27% para Aécio, 20% para Marina e 21% para Lula). O ex-presidente Lula empata com Aécio entre os mais velhos (24%, ante 27% do tucano e 11% de Marina), na parcela dos mais pobres (24%, contra 23% de Aécio e 17% de Marina), e fica à frente dos adversários entre aqueles que estudaram até o ensino fundamental (28%, ante 23% para Aécio e 14% para Marina) e no Nordeste (31% para o petista, 22% para Aécio e 17% para Marina).
Na simulação em que Geraldo Alckmin substitui outros nomes do PSDB, Marina Silva alcança 23% e empata com Lula (20%). O governador de São Paulo aparece em terceiro, com 12%, à frente de Bolsonaro (7%), Ciro (6%), Luciana Genro (3%), Michel Temer (2%) e Eduardo Jorge (2%). Uma fatia de 19% votaria em branco ou nulo se a eleição fosse hoje e os candidatos fossem estes, e 6% não opinaram sobre o assunto.
Nesta pesquisa também foi incluído o cenário em que José Serra é incluído como postulante à Presidência no lugar de outros nomes do PSDB, a liderança é novamente de Marina (23%) e Lula (21%). O senador por São Paulo fica em terceiro (15%), e em seguida aparecem Bolsonaro (6%), Ciro (5%), Luciana Genro (3%), Temer (2%) e Eduardo Jorge (2%). Votariam em branco ou nulo 8%, e 6% preferiram não opinar.
Um quarto cenário apresentado incluiu José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin ao lado dos nomes listados nas demais simulações. Para que essa disputa fosse possível, eles teriam que disputar a eleição por partidos diferentes. É válido ressaltar também que em suas pesquisas eleitorais o Instituto Datafolha não apresenta o partido dos candidatos aos respondentes, mas somente um cartão circular com os nomes de cada um.
Neste cenário, Aécio (20%), Lula (19%) e Marina Silva (17%) empatam na liderança da disputa, e em outro patamar aparecem Serra (7%), Alckmin (5%), Bolsonaro (5%), Ciro (4%), Luciana Genro (2%), Michel Temer (1%) e Eduardo Jorge (1%). Votos em branco ou nulo somam 13%, e 5% não responderam sobre o tema.
Com mais nomes envolvidos, este cenário mostra poucos destaques por segmento entre os candidatos. Aécio Neves, por exemplo, não consegue se descolar de seus adversários mais próximos entre os mais ricos, como no cenário sem Serra e Alckmin (nesta parcela da população, o senador mineiro tem 15%, ante 19% de Marina, 14% de Alckmin, 6% de Bolsonaro e 3% de Serra). Na classe intermediária, com renda mensal familiar de 5 a 10 salários, Marina tem 22%, Aécio, 20%, e em seguida aparecem Lula (13%), Bolsonaro (11%), Serra (9%) e Alckmin (4%). Como nos demais cenários, a opção por Lula se mostra mais consolidada entre os menos escolarizados (o petista lidera com 28%, ante 18% de Aécio, 13% de Marina, 9% de Serra e 5% de Alckmin) e no Nordeste (na região o petista tem 31%, e em seguida aparecem Aécio, com 19%, Marina, com 16%, e todos os demais com percentuais abaixo de 7%).
Entre os simpatizantes do PSDB, Aécio tem 46% das intenções de voto, ante 14% de Alckmin e 9% de Serra.
Dentre os nomes listados nesses quatro cenários eleitorais, o de Lula continua sendo o mais rejeitado pelos brasileiros: 49% não votariam de jeito nenhum no petista, índice similar ao registrado em dezembro (48%). O tucano Aécio Neves é rejeitado por 23% (em dezembro, eram 26%), seguido por Michel Temer (21%, ante 26% em dezembro), José Serra (19%, sem comparação com levantamento anterior), Alckmin (17% não votariam no governador de São Paulo hoje, índice menor do que o registrado em dezembro, quando 21% o rejeitavam), Marina Silva (15%, em nível similar a similar aos 17% de dezembro), Ciro Gomes (13%, ante 17% em dezembro), Bolsonaro (13%, ante 17% no levantamento anterior), Luciana Genro (11% agora, 14% em dezembro) e Eduardo Jorge (11%). Uma parcela de 5% votaria em qualquer um deles, 6% rejeitam todos, e 4% não opinaram.
Entre os menos escolarizados, a rejeição a Lula cai para 38%, e sobe para 60% na fatia com curso superior. Na parcela dos mais pobres, 43% rejeitam Lula, e entre aqueles com renda familiar de 5 a 10 salários mínimos esse número vai a 64%. Nas regiões Sudeste e Centro Oeste, 56% não votariam de jeito nenhum no petista, e no Nordeste, 37%.