Sobe rejeição eleitoral a Lula e Aécio

DE SÃO PAULO

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Aécio, Marina e Lula são os nomes mais citados para a eleição presidencial, empatados dentro da margem de erro quando confrontados entre si. O posicionamento dos nomes nos cenários eleitorais testados pelo Datafolha em março não sofreu mudanças na comparação com fevereiro, apesar da inclusão do nome de Ronaldo Caiado entre potenciais presidenciáveis. Os índices auferidos, contudo, apresentaram alterações.

No cenário em que Aécio aparece como candidato do PSDB, por exemplo, o índice do tucano caiu de 24% para 19% entre fevereiro e março, e o de Lula (PT), de 20% para 17%. Marina Silva (Rede) oscilou positivamente, de 19% para 21%. Em outro patamar aparecem Jair Bolsonaro (PSC), com 6%; Ciro Gomes (PDT), com 6%; Luciana Genro (PSol), com 3%; Eduardo Jorge (PV), com 2%; Ronaldo Caiado (DEM), com 2%; e Michel Temer (PMDB), que tem 1%. Há ainda 18% que votaram em branco ou nulo (ante 16% em fevereiro), e 6% que não opinaram.

Na simulação em que Geraldo Alckmin toma o lugar de Aécio e os demais são mantidos, Marina Silva lidera de maneira isolada, com 23%, Lula fica em segundo, com 17%, e Alckmin, com 11%, e Ciro, com 7%, ficam em terceiro, empatados no limite da margem de erro. No levantamento anterior, em cenário similar, a ex-senadora da Rede tinha 23%, ante 20% do petista e 12% do tucano. Na sequência aparecem ainda Bolsonaro (6%), Luciana Genro (3%), Michel Temer (2%), Eduardo Jorge (2%) e Caiado (1%). Uma fatia de 20% votaria em branco ou nulo se a eleição fosse hoje e os candidatos fossem estes, e 7% não opinaram.

O cenário com José Serra como postulante à Presidência no lugar de outros nomes do PSDB, a liderança é novamente de Marina (24%), em seguida aparecem, empatados no limite da margem de erro, Lula (17%) e Serra (13%). Em fevereiro, eles tinham 23%, 21% e 15%, respectivamente, em cenário similar. Em seguida aparecem Ciro (7%), Bolsonaro (7%), Luciana Genro (3%), Ronaldo Caiado (2%), Eduardo Jorge (2%) e Michel Temer (1%). Votariam em branco ou nulo, neste caso, 19%, e 6% preferiram não opinar.

Um quarto cenário apresentado aos brasileiros incluiu o juiz Sérgio Moro, responsável pelo julgamento das ações da Operação Lava-Jato, além de José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin e os demais nomes listados nas demais simulações. Para que essa disputa fosse possível, eles teriam que disputar a eleição por partidos diferentes. É válido ressaltar também que em suas pesquisas eleitorais o Instituto Datafolha não apresenta o partido dos candidatos aos respondentes, mas somente um cartão circular com os nomes de cada um.

Neste cenário, Marina (17%), Lula (17%) e Aécio (14%) têm os maiores índices de intenção de voto, e na sequência aparecem Moro (8%), Serra (6%), Ciro (5%), Bolsonaro (5%), Alckmin (5%), Luciana Genro (3%), Eduardo Jorge (1%), Caiado (1%) e Temer (1%). Os votos em branco ou nulo somam 13%, e 5% não opinaram.

O juiz Sérgio Moro se destaca entre os mais escolarizados, com 14% (ante 18% de Marina, 10% de Aécio, 10% de Bolsonaro e 9% de Lula), e entre os mais ricos, com 18% (segmento no qual Marina tem 16%, Bolsonaro, 12%, Aécio, 7%, Luciana Genro, 10%, e Lula, 6%). O ex-presidente petista ganha destaque no segmento dos menos escolarizados (25%), entre os mais pobres (22%) e no Nordeste (29%).

Entre os simpatizantes do PSDB, Aécio tem 42% das intenções de voto, ante 13% de Marina, 9% de Serra, 10% de Moro e 8% de Alckmin.

Além da preferência, o Datafolha também mediu a rejeição eleitoral de cada um dos nomes incluídos nas simulações de voto e, como nos últimos levantamentos, o ex-presidente Lula aparece à frente, com índice superior ao verificado em fevereiro: no mês passado, 49% dos brasileiros diziam que não votariam de jeito nenhum no petista, índice que hoje subiu para 57%. O segundo mais rejeitado pelos brasileiros é Aécio Neves, que também registrou aumento na taxa de eleitores que não votariam em seu nome de jeito nenhum entre fevereiro (23%) e março (32%). Na sequência aparecem Michel Temer (23%), José Serra (21%), Geraldo Alckmin (19%), Jair Bolsonaro (15%), Marina Silva (15%), Ciro Gomes (15%), Luciana Genro (13%), Ronaldo Caiado (11%), Sérgio Moro (9%). Uma parcela de 2% votaria em qualquer um deles, 6% rejeitam todos, e 3% não opinaram.

Entre os mais pobres, metade (49%) rejeita Lula, índice que cresce conforme o avanço da renda familiar e chega a 74% entre aqueles com renda de 10 salários mínimos ou mais por mês. Na parcela dos mais ricos também sobe a rejeição a Bolsonaro (27%) e a Ciro Gomes (20%). Na região Nordeste, 43% dos brasileiros indicam que não votariam de jeito nenhum em Lula. Na região Sudeste, esse índice vai a 65%, e fica em 64% na região Sudeste.

Nesse levantamento, realizado nos dias 17 e 18 de março de 2016, foram feitas 2.794 entrevistas em 171 municípios brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.