Crivella mantém liderança e disputa pelo 2º lugar segue acirrada no Rio

DE SÃO PAULO

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A dez dias do primeiro turno das eleições municipais, pesquisa Datafolha mostra um cenário estável nas intenções de voto, com Marcelo Crivella (PRB) na liderança e com ampla vantagem sobre os demais candidatos. Na comparação com a pesquisa do início do mês, Crivella oscilou de 29% para 31%. A seguir, tecnicamente empatados na segunda colocação seguem os mesmos cinco candidatos: Marcelo Freixo (PSOL) tem 10% (tinha 11%), Jandira Feghali (PC do B) tem 9% (tinha 8%), Pedro Paulo (PMDB) tem 9% (tinha 8%), Flávio Bolsonaro (PSC) tem 7% (tinha 6%) e Indio da Costa (PSD) tem 6% (mesmo índice anterior).

Com intenções de voto mais baixas estão Osorio (PSDB), com 4% (mesmo índice anterior), Alessandro Molon (REDE), com 2% (tinha 1%) e Cyro Garcia (PSTU), com 1%. Carmen Migueles (NOVO) foi citada, mas não alcançou 1%, e Thelma Bastos (PCO) não foi citada. Indecisos são 6% (era 7%) e pretendem votar em branco ou nulo, 15% (era 19%).

Crivella alcança índices mais altos entre os menos instruídos (41%), entre os que têm menor renda (39%), entre os evangélicos pentecostais (50%) e entre os evangélicos não pentecostais (51%). Enquanto Freixo se destaca entre os mais jovens (20%), entre os mais ricos (22%) e entre os mais instruídos (25%). Feghali, entre os simpatizantes do PT (35%) - partido que faz parte da sua coligação - e Pedro Paulo, entre simpatizantes do PMDB (26%) e entre os que aprovam o governo municipal de Eduardo Paes (20%) - do mesmo partido do candidato.

Comparando-se os resultados por segmentos, do levantamento atual com os obtidos na pesquisa anterior, observa-se que Crivella conquistou votos principalmente entre os evangélicos não pentecostais (foi de 35% para 51%).

Nesse levantamento realizado no dia 21 de setembro de 2016, foram feitas 1.023 entrevistas com eleitores de todas as regiões da cidade do Rio de Janeiro, com 16 anos ou mais. A margem de erro para o total da amostra é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Nas simulações de 2º turno, os índices ficaram estáveis e Crivella vence em todas as situações.

Na situação Crivella versus Freixo, o candidato do PRB teria 53% das preferências (tinha 51%), o candidato do PSOL teria 26% (tinha 30%), votariam em branco ou nulo 18% (era 16%) e não opinaram, 3% (era 4%). O senador receberia a maior parcela dos votos em 1º turno de Flavio Bolsonaro (60%), de Indio da Costa (48%), de Pedro Paulo (43%) e dividiria a preferência entre os eleitores de Feghali (42% a 45% de Freixo) - no levantamento anterior, Freixo tinha vantagem de 48% a 35%.

Na situação Crivella versus Bolsonaro, o senador teria 55% das preferências (tinha 54%), o deputado estadual, 19% (tinha 21%), votariam em branco ou anulariam o voto 23% (era 21%) e não opinaram 3% (era 4%). Crivella receberia a maior parcela dos votos em 1º turno de Freixo (39%), de Feghali (53%), de Pedro Paulo (52%) e de Indio da Costa (55%).

Já, na situação Crivella versus Feghali, o ex-ministro da Pesca teria 50% (mesmo índice anterior), a candidata do PC do B teria 28% (era 29%), anulariam o voto 19% (era 18%) e não opinaram 3% (era 4%). O senador receberia a maior parcela dos votos em 1º turno de Flavio Bolsonaro (66%), de Indio da Costa (56%) e de Pedro Paulo (47%), enquanto Feghali receberia a maior parcela dos votos em 1º turno de Freixo (64%, ante 15% para Crivella).

O Datafolha incluiu na pesquisa mais dois cenários de 2º turno, Crivella versus Indio da Costa e versus Pedro Paulo. Em ambas situações o candidato do PRB tem larga vantagem. Contra o candidato do PSD, Crivella tem 52% e Indio da Costa 26%, votariam em branco ou nulo 18% e não opinaram 3%. Crivella receberia a maior parcela dos votos em 1º turno de Feghali (48%), de Pedro Paulo (43%) e de Bolsonaro (63%), enquanto Indio da Costa receberia a maior parcela dos votos em 1º turno de Freixo (40% a 25%).

No cenário Crivella versus Pedro Paulo, o candidato do PRB venceria por 55% a 21%, 21% votariam em branco ou nulo e 3% não opinaram. Crivella receberia a maior parcela dos votos em 1º turno de Feghali (51%), de Indio da Costa (61%), de Bolsonaro (69%) e de Freixo (34%, ante 21% para Pedro Paulo).

Nas cinco situações o candidato do PRB alcança as maiores vantagens sobre seus concorrentes entre os mais pobres, entre os menos instruídos e entre os evangélicos, tanto pentecostais quanto não pentecostais.