Se pudessem, 57% deixaram o Rio

DE SÃO PAULO

A maior parcela dos eleitores cariocas (57%) se pudesse se mudaria da cidade do Rio de Janeiro. Já, 42% não se mudariam e 1% não opinou. O desejo de mudança é mais alto entre os que têm 25 a 34 anos (66%) e entre os que pretendem votar em branco ou nulo (65%).

O Datafolha também apresentou uma lista com 12 serviços e pediu para os entrevistados escolherem até três serviços que avaliam como prioritários para a próxima gestão municipal. Na liderança estão os hospitais, com 69% de menções, seguido por escolas públicas, com 61% - ambos lideram o ranking de prioridade em todas as variáveis sociodemográficas.

Com índices mais baixos aparecem: saneamento básico (30%), transporte coletivo (29%), posto e unidades de saúde (28%), programas de assistência social para os mais pobres (20%), creches públicas (18%), moradia popular (17%), abastecimento de água (6%), calçamento e pavimentação (3%), opções de cultura e lazer (2%) e energia elétrica (2%). Uma fração de 1% não opinou.

Observam-se diferenças significativas de prioridade da próxima gestão municipal por grau de instrução e por renda familiar mensal dos entrevistados. Na análise por instrução, os serviços de saneamento básico e de transporte coletivo ganham importância conforme aumenta o grau de escolaridade do entrevistado, já os serviços de creches públicas, moradia popular e abastecimento de água ganham prioridade conforme diminui o nível de instrução do entrevistado.

No caso do saneamento básico, a prioridade desse serviço para o próximo governo cresce conforme aumenta a renda familiar mensal do entrevistado, por outro lado, o serviço de creche pública ganha prioridade conforme diminui a renda familiar mensal do entrevistado.

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50% DOS ELEITORES VOTARIAM EM CANDIDATO INVESTIGADO POR CORRUPÇÃO

Sete em cada dez eleitores cariocas (72%) declararam que costumam pesquisar sobre a trajetória de vida dos candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro. O índice é majoritário em todas as variáveis sociodemográficas, com exceção dos menos instruídos. Já, 28% não têm esse costume - esse índice sobe entre os que têm 60 anos ou mais (37%), entre os mais pobres (40%), entre os que estudaram até o ensino fundamental (52%) e entre os que pretendem votar em branco ou nulo (40%).

A maioria (80%) não votaria em um candidato que não conhecesse, mesmo que fosse indicado por algum amigo ou parente - o índice é majoritário em todas as variáveis sociodemográficas. Por outro lado, 20% declararam que votariam em um candidato desconhecido desde que fosse indicado por algum amigou ou familiar.

Quanto ao tema da corrupção, oito em cada dez eleitores (83%) declararam que buscam se informar se o candidato escolhido já foi acusado por corrupção e 17% declararam que não tem essa preocupação - o índice é mais alto entre os mais velhos (24%), entre os mais pobres (26%), entre os que estudaram até o ensino fundamental (34%), entre os eleitores de Crivella (25%) e entre os que pretendem votar em branco ou nulo (27%).

O hábito de pesquisar se os candidatos têm alguma acusação de corrupção é majoritário em todas as variáveis sociodemográficas e alcança patamar mais alto entre os homens do que entre as mulheres (87% ante 79%) e conforme aumenta o grau de instrução (66% entre os menos instruídos ante 94% entre os mais instruídos) e a renda familiar mensal do entrevistado (74% entre os mais pobres ante 94% entre os mais ricos).

Quando questionados se votariam em um candidato que já tivesse sido alvo de investigação por corrupção, mas que tivesse atendido demandas dos eleitores ou que fosse conhecido, a maioria declarou que não votaria. A rejeição ao candidato investigado por corrupção variou conforme a situação pesquisada, variando de 56% a 80%.

Na situação do candidato investigado for conhecido ou tiver prestigio, 80% declararam que não votariam nele (18% votariam e 2% não opinaram), no caso do candidato investigado prometer obras e melhorias à cidade, 73% não votariam nele (25% votariam e 2% não opinaram) e no caso do candidato defender as mesmas ideias e princípios do eleitor, 64% não votariam nele (33% votariam e 3% não opinaram). Na última situação, se o candidato investigado já ter feito melhorias para a população, as opiniões ficaram mais divididas: 56% não votariam no candidato 40% votariam e 3% não opinaram.

De maneira geral, quando considerado o agregado dessas quatro situações, 50% dos eleitores admitem votar em um candidato alvo de investigação por corrupção em alguma dessas situações. Na análise das variáveis sociodemográficas, observa-se que esse índice é mais alto entre os que estudaram até o ensino fundamental (58%) e entre os eleitores de Eduardo Paes (79%). Já, a rejeição a um candidato investigado por corrupção é mais alta entre os eleitores de Martha Rocha (67%) e entre os que pretendem votar em branco ou nulo (79%).

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MAIORIA NÃO TEM INTERESSE NO HORÁRIO ELEITORAL NA TV

A maioria dos eleitores (55%) da cidade do Rio de Janeiro declarou não ter interesse pelo horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, que começou no último dia 09 de outubro. Da parcela que tem algum interesse (44%), 15% declararam ter muito interesse pelo horário eleitoral e 30% um pouco de interesse.
A taxa de desinteresse pelo horário eleitoral é mais alta entre os menos instruídos (64%) e entre os que pretendem votar em branco ou nulo (81%).

Para 53%, o horário eleitoral não é nada importante para a decisão do voto para prefeito, já, 22% avaliam que o horário eleitoral é um pouco importante e 24% que é muito importante. A irrelevância do horário eleitoral para a decisão voto alcança índice mais alto entre os que pretendem votar em branco ou nulo (78%).

A maioria (65%) declarou que já assistiu na TV pelo menos alguma propaganda dos candidatos a prefeito no horário eleitoral e 35% que não - o índice sobe para 55% entre os que pretendem votar em branco ou nulo. Entre os eleitores de Eduardo Paes (DEM), Marcello Crivella (Republicanos) e Benedita da Silva (PT) são próximos os índices de eleitores que já assistiram o horário eleitoral: respectivamente, 69%, 70% e 65%. Já, entre os eleitores de Martha Rocha, esse índice é um pouco mais alto, de 77%.

A taxa de eleitores que já assistiu alguma das propagandas curtas dos candidatos exibidas ao longo da programação diária da TV é próximo: 63% já assistiram e 37% não - esse índice sobe entre os menos instruídos (51%) e entre os que pretendem votar em branco ou nulo (58%). O índice de quem já assistiu alguma dessas propagandas é próximo entre os eleitores dos candidatos mais bem colocados: 67% entre os eleitores de Paes, 68% entre os eleitores de Martha Rocha, 62% entre os eleitores de Crivella e 70% entre os eleitores de Benedita.

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