Aumenta índice dos que evitaram certos locais ou pessoas por questões de segurança

DE SÃO PAULO

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Pesquisa realizada pelo Datafolha no dia 06 de fevereiro revela que aumentou o índice das pessoas que evitaram certas ruas, locais ou pessoas ao passear à noite pela vizinhança, ou ao andar pela cidade, seja a passeio ou a trabalho, no mês de janeiro de 2002 por questões de segurança.

A taxa dos que evitaram certos locais ou pessoas ao sair pela vizinhança à noite cresceu de 61% para 68% em relação à pesquisa realizada em abril de 2000. Têm essa preocupação principalmente os que têm nível superior (78%) e os que têm renda acima de 20 salários mínimos (83%).

A maioria (74%) também evitou ruas, locais e pessoas ao andar pela cidade. Nota-se um aumento de 11 pontos percentuais em relação à pesquisa realizada em abril de 2000. Os que mais tiveram essa preocupação foram os entrevistados das classes A/B (79%), os que têm nível superior (84%) e os que ganham mais de 20 salários mínimos (87%).

A maioria dos entrevistados (86%) considera muito grande a chance de ser assaltado na cidade de São Paulo, 8% acham essa chance média e 3% disseram ser pequena a possibilidade de ser assaltado. Com relação a ser sequestrado em São Paulo, metade (53%) considera grande essa possibilidade, especialmente as mulheres (58%), os mais velhos (60%) e entrevistados com 1º grau de escolaridade (59%). Outros 20% afirmam ser média a chance de ser sequestrado, 13% disseram que a chance é pequena e 14% desconsideram essa hipótese.

Percebe-se não haver distinção entre as classes sociais quando a questão é ser assaltado ou sequestrado na cidade de São Paulo, sendo atualmente uma preocupação de todas as classes.

Os entrevistados também foram solicitados a opinar sobre o grau de eficiência da Polícia Militar na prevenção e no combate aos crimes. Os resultados revelam que o paulistano está um pouco mais satisfeito com a competência da Polícia Militar em relação aos resultados obtidos em dezembro de 99.

Para 54% dos entrevistados a Polícia Militar é um pouco eficiente na prevenção dos crimes antes que eles aconteçam, outros 34% consideram nada eficiente e 9% aprovam a atuação da Polícia Militar nesse aspecto. Quanto ao combate aos crimes, a avaliação do desempenho da PM não sofre muitas variações, as taxas foram de 57%, 27% e 14% respectivamente.

Em dezembro de 99, 46% consideravam a Polícia Militar um pouco eficiente na prevenção dos crimes, 43% nada eficiente e 7% acreditavam ser muito eficiente. Quanto o combate aos crimes, percebe-se uma satisfação maior atualmente, em dezembro de 99 era de 46% a taxa dos que consideravam um pouco eficiente, 43% nada eficiente e 8% dos que aprovavam totalmente a eficiência da PM.

Com relação a Polícia Civil, 54% dos entrevistados consideram um pouco eficiente sua atuação na prevenção dos crimes, 32% reprovam totalmente a sua atuação e apenas 9% afirmam ser muito eficiente. Para o combate aos crimes depois que eles acontecem, 56% consideram um pouco eficiente, 25% nada eficiente e 15% afirmam ser muito eficiente.