40% são a favor do acordo com FMI; 35% são contra

DE SÃO PAULO

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O acordo fechado pelo governo Fernando Henrique Cardoso com o FMI na semana passada conta com a aprovação de 40% dos eleitores brasileiros; 35% são contra. Se dizem indiferentes ao tema 7%. A pesquisa mostra, porém, que um percentual expressivo (17%) dos entrevistados não sabe responder à questão.

O apoio ao acordo é maior entre os eleitores do candidato governista, José Serra (48%), mas também entre os que votam no oposicionista Ciro Gomes (47%). Entre os eleitores de Lula 39% são a favor e percentual idêntico é contra o acordo. Dos que votam em Garotinho 35% apoiam o acordo e 36% o reprovam.

Considerando-se o partido de preferência do entrevistado, verifica-se que a posição favorável ao acordo é maior entre os simpatizantes do PFL (chega a 61%) e do PSDB (58%). Já entre os simpatizantes do PDT a taxa dos que são contrários ao acordo chega a 51%. Essa taxa é de 44% entre os petistas e de 39% entre os peemedebistas.

Entre os que consideram o desempenho de Fernando Henrique Cardoso ótimo ou bom a taxa de aprovação ao acordo chega a 51%. Já entre os que acham o desempenho do presidente ruim ou péssimo 48% são contra e 30% são favoráveis ao acordo.

Verifica-se maior apoio ao acordo entre os mais escolarizados (50% deles) e os de maior renda familiar mensal (53%).

Dos que tomaram conhecimento do fato e se dizem bem informados a respeito 55% são a favor e 38% são contra o acordo com o FMI.

Para 44% o acordo com o FMI trará mais prejuízos do que benefícios para o país; para 36% ele trará mais benefícios do que prejuízos. Quase um em cada cinco (19%), no entanto, não sabe responder à indagação.

Na opinião de 31% José Serra foi o maior beneficiado politicamente pelo acordo com o FMI. Essa taxa chega a 55% entre os que se dizem bem informados a respeito. Lula e Ciro são citados por 9%, cada, como os mais beneficiados, e Garotinho é mencionado por 4%. Por outro lado, para 24% Lula foi o maior prejudicado pelo acordo com o FMI.