Para maioria dos eleitores paulistanos, imagem de presidente Lula não mudou após reportagem do NYT

DE SÃO PAULO

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Pesquisa realizada pelo Datafolha revela que a maioria (77%) dos eleitores paulistanos tomou conhecimento da reportagem do jornal The New York Times sobre os supostos excessos do presidente Lula no consumo de bebidas alcoólicas; dentre esses, 66% afirmam que a imagem do presidente Lula não mudou após a reportagem. Afirmam que a imagem do presidente mudou para pior 9%; essa taxa chega a 18% entre os que têm renda familiar mensal superior a dez salários mínimos e a 15% entre os que têm nível superior de escolaridade.

A ordem do presidente Lula para que o autor do texto, o jornalista Larry Rohter, deixasse o país é de conhecimento de 67% dos eleitores da cidade, dentre os quais as opiniões se dividem: 32% acham que ele agiu bem e percentual idêntico que agiu mal ao cancelar o visto do jornalista.

A maioria (54%) dos eleitores da capital paulista afirma não ter conhecimento do fato de que o presidente Lula costuma consumir bebidas alcoólicas. Dizem ter conhecimento desse fato 45%.

Dentre esses, 32% afirmam que esse hábito não interfere na capacidade do presidente de governar. Para 6% o hábito de consumir bebidas alcoólicas interfere muito na capacidade de governar do presidente e 5% dizem que interfere um pouco.

Não acreditam que o presidente consome álcool em excesso 31%. Para 6% Lula bebe demasiadamente e 7% não sabem responder à indagação.

Dentre os que dizem ter conhecimento do hábito de consumir bebidas alcoólicas do presidente, 27% afirmam que ficaram sabendo do fato através da TV -21% citam a Rede Globo. Jornais são citados por 5% (mencionam especificamente a Folha de S. Paulo 2%), emissoras de rádio e revistas por 2%, cada, e internet por 1%. Dizem que ficaram sabendo através de parentes e amigos 3% dos entrevistados.

O Datafolha entrevistou 1082 eleitores, com 16 anos ou mais, que residem na cidade de São Paulo, no dia 19 de maio de 2004. A margem de erro máxima para esta pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

São Paulo, 20 de maio de 2004.