Diminui reprovação a Marta Suplicy

DE SÃO PAULO

Baixe esta pesquisa

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), continua em processo de recuperação de sua popularidade, mostra pesquisa do Datafolha realizada na capital paulista nos dias 24 e 25 de junho.

A taxa dos que consideram o desempenho da prefeita ótimo ou bom, que tinha aumentado de 22% em março para 28% em maio, oscilou para 29% hoje. Já o percentual dos que reprovam o desempenho da prefeita diminuiu seis pontos percentuais em um mês, passando de 39% em maio para 33% hoje. Essa é a menor taxa de reprovação à prefeita desde outubro de 2002, mês em que o então candidato do partido da prefeita, Luiz Inácio Lula da Silva, seria eleito presidente. Naquela ocasião, a prefeita era reprovada por 28% e aprovada por 36%. Aquela foi a última vez em que a taxa de aprovação à prefeita superou a de reprovação.

Na pesquisa anterior, 33% consideravam a atuação da prefeita regular; hoje, 37% têm essa opinião.

A reprovação à prefeita caiu 12 pontos percentuais entre os paulistanos com nível superior de escolaridade, passando de 47% para 35%. Nesse segmento, a taxa dos que consideram o desempenho da prefeita regular subiu de 26% para 39%.

A taxa de reprovação à prefeita entre os que têm renda familiar mensal acima de 10 salários mínimos continua sendo das mais expressivas, mas ela recuou sete pontos em um mês, passando de 47% para 40%.

A queda da reprovação também foi significativa entre as mulheres (de 40% para 31%) e entre os que têm entre 26 e 40 anos (de 36% para 29%).

A nota média atribuída à prefeita, em uma escala que vai de zero a dez, é 4,9 (era 4,7 em maio). Acham que ela merece nota zero 17% e atribuem a ela nota dez 8% dos entrevistados.

*Após bilhete único, transporte se iguala à educação como área de melhor desempenho
Saúde é considerada área de pior desempenho e um dos principais problemas*

A primeira pesquisa realizada pelo Datafolha após a implantação do bilhete único, sistema que permite aos paulistanos fazer várias viagens de ônibus ou lotações no intervalo de duas horas, pagando apenas uma passagem, mostra que o percentual dos moradores da cidade que consideram o transporte a melhor área de desempenho da prefeitura é recorde, chegando a 24%, 13 pontos acima da taxa verificada em março. O transporte empata com a área da educação, considerada a melhor por 23%, taxa cinco pontos inferior à verificada na pesquisa anterior.

As citações ao transporte como área de melhor desempenho chegam a 32% entre os que têm nível superior de escolaridade e a 30% entre os que têm renda familiar mensal superior a dez salários mínimos.

A primeira pesquisa realizada pelo Datafolha sobre o tema durante a administração Marta Suplicy, em abril de 2001, mostrava que apenas 3% apontavam o transporte coletivo como área de melhor desempenho; 6% citavam a educação e 7% a coleta de lixo. As menções ao transporte passaram a 6% em agosto do mesmo ano e oscilaram para 5% em dezembro. Um ano depois, em dezembro de 2003, esse percentual dobrou, chegando a 10%. Em março de 2004 foi verificada oscilação de um ponto percentual, para 11%. O bilhete único foi implantado em maio, o que pode explicar o atual percentual recorde de 24% de moradores da cidade que consideram o transporte como área de melhor desempenho da prefeitura.

As menções à educação, área que também foi alvo de projeto de impacto, os Centros Educacionais Unificados (CEUs), que reúnem escola e espaços para lazer e cultura abertos à comunidade em regiões periféricas da cidade, que eram de 6% em abril de 2001, passaram a 12% em agosto do mesmo ano e atingiram o percentual recorde de 34% em dezembro de 2003 - ano em que foram inaugurados os primeiros CEUs.

O atual percentual de citações à educação, 23%, é praticamente o mesmo atingido pela soma das demais áreas mencionadas pelos entrevistados, como, entre outras, asfaltamento (5%), limpeza e coleta de lixo, saúde, trânsito, (2%, cada), saneamento básico, combate à miséria, habitação e combate a enchentes (1%, cada).

Dizem que a prefeitura não tem se saído melhor em nenhuma área 15%, mesmo percentual dos que não souberam responder.

Já a saúde é considerada por 17% a área de pior desempenho da prefeitura. Essa taxa era de 8% em dezembro de 2003 e de 11% em março deste ano.

Vêm a seguir, como área de pior desempenho, o combate ao desemprego, a segurança, a educação (8%, cada), o transporte (7%), o asfaltamento da cidade (6%) a limpeza e coleta de lixo (4%), enchentes, trânsito (3%), habitação, combate à miséria e saneamento básico (2%, cada).

Além de ser considerada a área de pior desempenho da prefeitura, a saúde aparece como um dos três principais problemas da cidade, sendo que a taxa dos que a mencionam aumentou sete pontos em três meses, passando de 9% em março para 16% hoje. O desemprego continua ocupando o topo do ranking, com 22% das citações (eram 23% em março). A segurança é citada por 17%, três pontos a mais do que em março.

Outros problemas citados são transporte coletivo (8%), educação, trânsito (6%), enchentes (5%), asfalto, limpeza e coleta de lixo (4%, cada), miséria e habitação (2%, cada).