35% dos brasileiros aprovam Lula; 45% consideram seu governo regular

DE SÃO PAULO

Baixe esta pesquisa

Pesquisa realizada pelo Datafolha em todo o país mostra que a avaliação que os brasileiros fazem do governo Lula está em patamar semelhante ao que se encontrava em março, pouco depois da divulgação de fita gravada em 2002, na qual o ex-assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz, aparecia negociando contribuições para campanhas políticas e propina em troca de favorecimento em licitação pública.

Em relação ao último levantamento, a aprovação a Lula passou de 38% para 35%. O percentual dos que consideram o desempenho do presidente regular oscilou de 43% para 45%, e a taxa dos que o reprovam permaneceu em 17%.

A nota média atribuída ao presidente, em uma escala que vai de zero a dez, é 6,2 - era 6,3 em março.

Para 17% o desempenho do governo Lula merece nota cinco, 10% atribuem a ele a nota máxima e 7% dão nota zero ao presidente.

Foram ouvidos 2558 brasileiros, em 127 cidades de todas as unidades da Federação entre os dias 17 e 19 de agosto 2004. A margem de erro máxima para este levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O presidente recebe aprovação mais alta por parte dos homens (38%) do que das mulheres. Entre os que têm escolaridade fundamental o presidente é aprovado por 37%; já entre aqueles que têm nível superior essa taxa é de 30%. Entre os que têm de 45 a 59 anos a reprovação ao presidente chega a 25%; entre os que têm 60 anos ou mais a aprovação a Lula é de 43%.

Em relação à última pesquisa, as variações mais expressivas na aprovação ao presidente são verificadas entre as mulheres (passou de 38% para 32%), entre os brasileiros com nível superior de escolaridade (de 34% para 30%), entre aqueles com renda familiar mensal até cinco salários mínimos (de 39% para 35%), entre os que moram no Nordeste (de 42% para 36%) e entre aqueles que residem em cidades localizadas no interior (de 42% para 36%). No que diz respeito à idade, a aprovação a Lula passou de 40% para 35% entre os que têm de 16 a 24 anos e de 39% para 34% entre os que têm de 35 a 44 anos de idade.

Entre os brasileiros com maior renda familiar (acima de dez salários mínimos por mês) a reprovação ao presidente, que era de 28% em março, é agora de 20%.