Diminui otimismo em relação à situação econômica do país

DE SÃO PAULO

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48% acreditam no aumento do desemprego

Após dois anos e cinco meses do governo do presidente Lula, diminui o otimismo dos brasileiros em relação à situação econômica pessoal e do país, revela pesquisa realizada pelo Datafolha em todo Brasil entre os dias 31 de maio e 1º de junho.

Em dezembro de 2004 foi registrada a taxa recorde de otimismo em relação à situação econômica pessoal : 65% acreditavam em melhora, hoje esse índice é de 43%, menor índice durante o mandato de Lula. A parcela dos que acreditam que a situação econômica ficará como está subiu de 24% para 39%, enquanto a parcela dos que acreditam que vai piorar foi de 6% para 14%.

Os mais otimistas em relação à situação econômica pessoal são os moradores da região Nordeste (51%) e os mais jovens (52%).

Quanto à situação econômica do país, 43% dos brasileiros acreditam que ficará como está nos próximos meses, taxa oito pontos superior à verificada em dezembro de 2004. A parcela dos que apostam que essa situação vai piorar subiu de 11% para 18%, atingindo o mesmo índice verificado em abril de 2003. E para 35% a situação econômica do país deverá melhorar nos próximos meses, eram 48% em dezembro do ano passado.

Os brasileiros se mostram menos otimistas em relação aos índices de desemprego, 48% acreditam que daqui para a frente, o desemprego irá aumentar, taxa doze pontos superior à verificada há seis meses e o maior índice registrado durante o mandato de Lula.

A parcela dos que acreditam na diminuição dos índices de desemprego atingiu o menor patamar, desde abril de 2003: atualmente 23% acreditam que o desemprego irá diminuir, índice 15 pontos menor do que o verificado há seis meses.

Acreditam na manutenção das taxas de desemprego 25%, eram 20% no levantamento anterior.

Os maiores índices dos que acham que o desemprego irá aumentar são observados entre os moradores das regiões Sul e Norte/Centro-Oeste, (52%, cada), os que têm entre 45 e 59 anos (53%) e os que possuem renda familiar entre 5 e dez salários mínimos (54%).

Em relação ao poder de compra dos salários os brasileiros também se mostram menos otimistas: 35% acreditam que o poder de compra vai ficar como está, para 34% vai diminuir e 26% acham que vai aumentar. Observa-se, em relação ao levantamento anterior, uma queda de 13 pontos na taxa dos que acreditam no aumento do poder de compra dos salários.

Entre os entrevistados com maior renda familiar e mais escolarizados são observados os maiores índices dos que acreditam na diminuição dos poder de compra dos salários: 52% e 48%, respectivamente.

Na opinião de 45% dos entrevistados, daqui para a frente, a inflação vai aumentar, taxa quatro pontos superior à verificada em dezembro de 2004. Esse índice é muito parecido ao verificado em abril de 2003, quando Lula completava três meses de governo.

O percentual de brasileiros que acham que a inflação vai diminuir (15%), por outro lado, é hoje quatro pontos inferior à registrada há seis meses (19%), e a menor já verificada pelas pesquisas do Datafolha durante o governo Lula.

Na opinião de 35%, a inflação vai ficar como está, eram 33% há seis meses.

São Paulo, 03 de junho de 2005.