Aprovação sobe de 13% para 17% e reprovação passa de 40% para 37% em um mês

DE SÃO PAULO

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Pesquisa realizada pelo Datafolha nos últimos dias 21 e 22 mostra que a aprovação dos eleitores brasileiros ao desempenho dos senadores e deputados federais subiu quatro pontos em um mês, enquanto a reprovação caiu três, o que dá ao Congresso a melhor avaliação desde fevereiro deste ano. As taxas de aprovação e reprovação são semelhantes às que o Congresso obtinha antes da eclosão do chamado escândalo do mensalão, no qual vários de seus integrantes se viram envolvidos.

O desempenho dos congressistas é considerado ótimo ou bom por 17% dos eleitores do país. Em julho, essa taxa era de 13%. A taxa dos que acham que os congressistas vem fazendo um trabalho regular caiu de 39% para 36%, e a dos que classificam o desempenho dos congressistas como ruim ou péssimo passou de 40% para 37%. A taxa dos que não sabem opinar oscilou de 8% para 10%.

O Datafolha ouviu 6279 eleitores em 272 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A primeira pesquisa feita pelo Datafolha sobre a avaliação dos congressistas eleitos em 2002, em dezembro de 2003, mostrava que eles eram aprovados por 24%, considerados regulares por 46% e reprovados por 22%. Um ano depois, em dezembro de 2004, a aprovação caíra para 17% (taxa idêntica à atual), enquanto a reprovação chegara a 28%. Era o primeiro momento da deterioração da imagem do atual Congresso Nacional junto aos brasileiros.

No início de junho de 2005, o Congresso era aprovado por 15% e reprovado por 36% dos brasileiros. Em pesquisa realizada no dia 16 daquele mês, após entrevista em que o então presidente do PTB, Roberto Jefferson, acusou o governo de pagar mesada a parlamentares em troca de apoio, a reprovação subiu para 42%, e continuou a subir nos meses seguintes. O pico de reprovação foi em agosto, quando 48% dos brasileiros reprovavam o desempenho de deputados e senadores. Em outubro, ocorreu uma oscilação para baixo (46%), e, na pesquisa seguinte, em fevereiro deste ano, a reprovação caiu para 33%, enquanto a aprovação voltou a subir, chegando a 16%. No entanto, a reprovação voltou a crescer em março (41%) e em abril (47%). Em maio, nova queda, para 42%, seguida de oscilação para 40% em julho e da queda para os atuais 37%.

Entre os eleitores com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos a taxa de reprovação ao Congresso chega a 55%. Entre os que têm nível superior de escolaridade, ela é de 51%.