Após 1 ano e 4 meses no cargo, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) obtém a menor taxa de reprovação de seu mandato, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha: o percentual dos que acham que ele vem fazendo um governo ruim ou péssimo é hoje de 23%. Na opinião de 31% ele vem tendo um desempenho ótimo ou bom. Para a maior parte (41%) Kassab está fazendo um governo regular.
A nota média atribuída ao prefeito, em uma escala de zero a dez, é hoje 5,2, a maior obtida por ele até o momento.
Foram ouvidos 1091 moradores da cidade de São Paulo, com 16 anos ou mais, na quinta-feira, 9 de agosto de 2007. A margem de erro máxima, para o total da amostra, é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Esta é a primeira vez em que o percentual de reprovação a Kassab é menor do que a taxa de aprovação. Ao assumir o cargo, em 31 de março de 2003, substituindo José Serra, que renunciou para disputar e ganhar o governo estadual, Gilberto Kassab era desconhecido pela maioria da população da capital. Pesquisa realizada pelo Datafolha nos dias 6 e 7 de abril daquele ano mostrava que 65% não sabiam dizer o nome do prefeito. O primeiro levantamento sobre a avaliação de Kassab, em maio, mostrava que 26% não sabiam opinar, taxa próxima à dos que consideravam seu desempenho ruim ou péssimo, que era de 29%. Apenas 10% achavam que ele, após dois meses no cargo, estava fazendo um governo ótimo ou bom.
Após quatro meses, o percentual de aprovação subiu para 16%; esse índice era, no entanto, metade da taxa de reprovação, que chegava a 33%, e que subiria ainda mais, para 42%, quando o prefeito estava prestes a completar um ano de mandato, em março de 2007.
Em julho, o prefeito viu sua aprovação dobrar, chegando a 30%, melhor marca obtida em seu mandato, e a reprovação cair para 35%. A nova queda na reprovação a Kassab, verificada na pesquisa atual, reflete o aumento, de 11 pontos percentuais, da taxa dos que consideram o desempenho do prefeito regular (foi de 30% para 41%), e não uma melhora na aprovação, que oscilou um ponto para cima (de 30% para 31%).
A variação mais significativa na avaliação do prefeito se deu entre os paulistanos com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos. Nesse segmento, a taxa dos que consideram o desempenho de Kassab ótimo ou bom subiu de 32% para 46%, resultado 15 pontos percentuais superior à média. Por outro lado, a taxa dos que classificam o governo do prefeito como ruim ou péssimo caiu de 33% para 11% nesse estrato, que dá a Kassab sua maior nota média (6,2).
Entre os que são a favor do projeto Cidade Limpa, uma das principais marcas de seu governo, a aprovação a Kassab é de 40%, nove pontos acima da taxa registrada entre o total de entrevistados. Já entre os que são contra o projeto, 38% acham que o prefeito vem fazendo um governo ruim ou péssimo, taxa 15 pontos superior à média.
Na comparação com a avaliação que os paulistanos faziam de seus antecessores, em período semelhante de governo, Kassab só leva desvantagem em relação a José Serra.
Pesquisa realizada em abril de 2006, 1 ano e 3 meses após a posse e dias depois do tucano ter renunciado à Prefeitura, mostrava que ele era considerado um prefeito ótimo ou bom por 56% dos paulistanos.
No caso dos cinco outros prefeitos que antecederam Kassab, a taxa de reprovação (entrevistados que avaliam governo como ruim ou péssimo) supera a de aprovação (aqueles que consideram governo ótimo ou bom).
Marta Suplicy, após 1 ano e 2 meses de governo, em fevereiro de 2002, era aprovada por 25% e reprovada por 38%. Seu governo era regular para 35%.
Celso Pitta ostenta a maior marca negativa, com 58% de reprovação após 1 ano e 5 meses de mandato, em maio de 1998.
Passados 1 ano e 6 meses de governo, em junho de 1994, Paulo Maluf tinha 25% de aprovação e 36% de reprovação. Para 38% ele fazia um governo regular.
Com mesmo tempo de governo, Luiza Erundina tinha seu desempenho reprovado por 42%, considerado regular por 36% e ótimo ou bom por 21%. Também após 1 ano e 6 meses de mandato, Jânio Quadros era reprovado por 47%, considerado regular por 30% e ótimo ou bom por 19%.