FGV é a melhor escola de MBA, segundo profissionais de São Paulo

DE SÃO PAULO

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Assim como observado em pesquisa realizada em 2007 (45%), a FGV permanece como a escola com os melhores cursos de MBA, na opinião de 42% dos profissionais atualmente ativos da Grande São Paulo e que cursaram MBA. Este ano, foram ouvidos profissionais que concluíram algum curso deste tipo nos últimos três anos, ou seja, a partir de 2006.

Assim como em 2007, as menções espontâneas à FGV superam com folga outras instituições de ensino mais lembradas, como a Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA/USP), que obteve 17% de menções (11 pontos percentuais acima do observado em 2007) e o IBMEC (10% de citações, ante 12% naquele ano). A essas, seguem-se a USP, sem menção específica da faculdade (5%), a ESPM e a Fundação Dom Cabral (4% de lembrança, cada) e a FEA/USP (3%).

Business School of São Paulo e Politécnica/USP tiveram, cada uma, 2% de menções. Outras tiveram 1% ou menos, 1% dos entrevistados disse "nenhuma" e 7% não conseguiram lembrar de nenhuma escola de MBA como a melhor.

A menção à FGV é maior entre o sexo feminino (54%, ante 36% entre os homens) e entre profissionais analistas (54%) do que entre coordenadores/ supervisores (47%) e entre diretores e gerentes (36%). Entre os últimos, a FIA/USP recebe 24%, sendo também mais citada por homens (19%) do que por mulheres (11%).

Nos últimos três anos, o curso de MBA mais frequentado por profissionais da Grande São Paulo é o de Gestão Empresarial: 28%. Na pesquisa realizada em 2007, com diretores e gerentes, esse havia sido também o curso mais concluído até então (22%).

Marketing e Especialização em Marketing, em segundo lugar, alcança 12% (10% na pesquisa anterior), seguido de Gestão de Negócios (9%, o mesmo medido antes), Gestão de RH/ Gestão Estratégica de Recursos Humanos (7%, percentual idêntico ao observado antes), Gestão em Desenvolvimento de Pessoas/ Gestão com ênfase em pessoas (6%, ante 4% em 2007) e Administração de Empresas (1%, quatro pontos percentuais abaixo do que o observado há dois anos).

Vale observar que Gestão de Negócios é mais procurado por homens (11%, contra 5% delas), enquanto as mulheres são as que mais cursam MBA em Gestão de RH (13%, ante 4% deles), bem como Gestão em Desenvolvimento de Pessoas ou Gestão de Negócios com ênfase em Gestão de Pessoas (13%, diante de 3% do sexo masculino).

Quase a metade dos profissionais com MBA fizeram o curso, nos últimos três anos, na FGV (48%), o que representa seis pontos percentuais a mais do que os na pesquisa de 2007 (42%).

A FIA/USP, responsável naquela ocasião por 6% dos cursos concluídos, atinge uma participação de 15% nos cursos concluídos nos últimos três anos. Em seguida, vêm o IBMEC e a Politécnica da USP (5%, cada), a ESPM e a Uninove (3% cada, sendo que esta última não aparecia no levantamento de 2007), e a PUC, FMU, IPT e INPG, cada um com 2% dos formados em MBA.
As mulheres representam a maioria formada em MBA na FGV (54%, contra 45% dos homens), enquanto eles estão em maior proporção entre os que fazem MBA na FIA/USP (17%, ante 11%).

No período de tempo contemplado nesta pesquisa, 22% concluíram o último curso de MBA em 2006, 25% se formaram em 2007, 36% em 2008 e 18%, este ano.

A maioria dos profissionais da Grande São Paulo iniciou um curso de MBA entre 6 e 10 anos depois de formados (29%, equivalente ao observado em 2007, de 30%), ou depois de dez anos de formado (27%, ante 25% antes).

Outros 14% fizeram o primeiro MBA dois anos depois de concluída a graduação, 6% fizeram depois de 3 anos de formados, 5% após quatro anos, e 8%, cinco anos após a faculdade. Começaram um curso de MBA imediatamente ou em menos de um ano de finalizado o curso superior, 6%, sendo que essa parcela somava 10% em 2007.

O tempo médio para se começar um MBA na Grande São Paulo é de 8,2 anos (no levantamento anterior, a média verificada foi de 6,2 anos).
Já, o tempo considerado ideal para começar um MBA é, no geral, menor: enquanto 46% começaram o primeiro MBA até cinco anos depois de formados, 87% consideram que esse é o período para o primeiro curso. Em relação ao verificado em 2007, a idealização do tempo para fazer o primeiro MBA tornou-se mais urgente: há dois anos, consideravam ideal esse período 74% dos profissionais.

Crêem que ele deva ser começado imediatamente outros 5%, 7% acreditam que o tempo ideal é em menos de um ano após o curso superior, 14% acham o ideal em 1 ano após a gradução, 17% consideram melhor em dois anos, 13% em três anos, 8% em 4 anos e 23% acham que o ideal é esperar cinco anos após formado. Entre os que acham que se deve esperar mais, 12% respondem entre seis e dez anos após a faculdade, e a minoria (2%) em mais de dez anos. A média ideal é em 3,7 anos.

O reconhecimento, o conceito, a tradição e a credibilidade da escola no mercado são os principais fatores na hora de escolher onde cursar MBA, segundo 79% (em 2007, essas menções somaram 67%).
O reconhecimento e o conceito que se acredita ter a escola representam 69% desse fator, seguido da tradição (14%), e da credibilidade e seriedade (8%).

Os professores e o corpo docente contam para 28% dos ingressantes em um MBA (somava 27% no levantamento feito há dois anos). Um corpo docente com mestrado e doutorado responde por 10% das escolhas da escola, seguido pelo reconhecimento e conceituação dos professores (8%), somado a referências em geral, sem especificar, ao corpo docente (8%), e à percepção de este ser atuante no mercado (5%).

Já o conteúdo e a grade curricular do curso oferecido é mencionado por 21% na hora de optar pela escola, com menções específicas à grade curricular e ao programa (13%), à diversificação do currículo (2%), bem como à qualidade do material e a focos específicos do curso (citados por 1%, cada). A referência do currículo era equivalente em 2007 (19%).

Consideram, ainda, a localização da escola 18%, principalmente por ser próximo à residência ou ao local de trabalho (citaram esse fator 11% em 2007). Já a indicação de amigos e conhecidos soma 8% (ante 17% observado na ocasião anterior), o custo baixo 7%, a possibilidade de convênio com a empresa onde trabalha 5%, dias e horários convenientes 2%, além da duração do curso e da possibilidade de incremento do networking (2%, cada).

O principal objetivo almejado com a conclusão de um MBA é, para 43%, especializar-se na área, complementar a formação e aprofundar conhecimentos.

Poder disputar e pleitear cargos melhores e mais elevados é o principal objetivo para 17%, 10% esperam, principalmente, manter-se atualizado por exigências do mercado, enquanto 8% buscam crescer profissionalmente, bem como melhorar a atuação e o desempenho na empresa (8%).

Outros 4% mencionaram a troca de experiências e o networking, mesma parcela dos que citaram como principal objetivo ter uma visão mais ampla e global da empresa, e melhorar a empregabilidade. Ter melhor remuneração é objetivo de 3%, mudar de área para 2%, e ter feito MBA por exigência de um cliente atinge 1%.

Ao fazer o último curso de MBA, 77% dos profissionais da Grande São Paulo estavam no atual emprego, mas 23% mudaram de emprego (apenas 1% não trabalhava antes). A maior parte estava no emprego atual, no máximo, há dois anos (46%). Considerando os que estavam no atual emprego até cinco anos, a soma é de 77%.

Entre os que mudaram de emprego após cursarem o último MBA, 31% receberam proposta de novo emprego, 20% receberam nova proposta com salário melhor, outros 20% foram demitidos por reestruturação ou corte na empresa, e 16% buscaram oportunidades de exercer e pôr em prática o que aprenderam no curso.

A possibilidade de ascensão profissional soma 7%, bem como a sensação maior de segurança para novos desafios.

Em relação ao objetivos alcançados com o MBA, apresentam maiores taxas de satisfação a aquisição de conhecimentos de gestão (87% se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos), a melhora na elaboração de estratégias (84%) e a melhora de desempenho na entrega de resultados (80%). Declaram-se mediamente satisfeitos com cada um desses objetivos 9%, 10% e 13%, respectivamente, enquanto dizem-se pouco ou nada satisfeitos 5%, 7% e 7%, na ordem.

O aprofundamento de conhecimentos técnicos foi alcançado de maneira satisfatória ou muito satisfatória por 79%, a melhora na execução de projetos por 77%, a ampliação do networking por 76%, enquanto perceberam melhora na gestão de pessoas 73%. Desses objetivos, a taxa de insatisfeitos ou muito insatisfeitos é maior em relação à melhora na gestão de pessoas (11%).

Em seguida, fica a satisfação com a melhora na gestão financeira (65%), com 20% de medianamente satisfeitos e 15% de pouco ou nada satisfeitos.

Os menos alcançados, segundo os profissionais, relacionam-se com a obtenção de promoção na empresa e/ou de aumento salarial. Encontram-se satisfeitos ou muito satisfeitos com esses resultados após o MBA 53% e 50%, respectivamente, enquanto que um terço (30% em relação à promoção e 31% em relação ao aumento de salário) dizem-se pouco ou nada satisfeitos no alcance desses objetivos.

No geral, segundo os profissionais que concluíram MBA nos últimos três anos, o curso ajudou muito no desempenho quanto à elaboração de estratégias (77%), seguido da contribuição para a execução de projetos (70%), ao que se segue a percepção de que o curso ajudou muito no desempenho quando à entrega de resultados (65%), na gestão de pessoas (64%) e, por último, na gestão financeira (55%).

Em relação à utilidade e aos resultados para a vida profissional de uma maneira geral, 79% dizem que o último MBA foi útil ou muito útil nesse sentido, mesma parcela dos que se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos com os resultados no desempenho profissional. Afirmam que ele foi mais ou menos útil para a carreira 17%, e pouco ou nada útil, 5%. Em termos de desempenho, os resultados são equivalentes: na opinião de 14% o curso resultou mais ou menos satisfatório, e para 7%, pouco ou nada.

O grau de satisfação geral com o curso é de 80% (cinco pontos percentuais menor que em 2007), de satisfação média é 17%, e de pouco ou nenhuma satisfação apenas 4%.

A maioria (80%) considera as escolas onde cursou o MBA ótimas ou boas, embora essa parcela também seja sete pontos percentuais menor que o verificado há dois anos. Avaliaram a escola como regular 16%, e como ruim ou péssima, 5%.
Pouco mais da metade (55%) não pretende fazer outro curso nos próximos dois anos, mas 26% têm essa pretensão com certeza, e outros 20% talvez façam.

Os entrevistados avaliaram os cursos realizados em termos de utilidade e satisfação, em relação a vários atributos.

Em termos de utilidade, o aspecto mais bem avaliado do último MBA cursado é a qualidade do conteúdo apresentado em sala de aula, considerado útil ou muito útil por 78%, embora note-se uma queda de dez pontos percentuais em relação ao verificado na pesquisa de 2007. Por outro lado, naquele ano, enquanto 9% avaliaram a utilidade de conteúdo como mais ou menos útil, neste levantamento essa parcela alcança 17%. Já, consideram esse atributo um pouco ou nada útil 5% dos entrevistados.

Em segundo lugar como muito útil ou útil empatam três atributos: os contatos profissionais/ networking feito durante o curso (72%), e a bibliografia e as discussões em sala de aula (71%, cada). Consideram mais ou menos útil o networking com alunos e professores 17%, enquanto 20% pensam assim em relação aos outros dois aspectos. E pouco ou nada útil é o networking desenvolvido com o MBA para 11%, enquanto 10% têm essa percepção em relação à bibliografia e às discussões.

Na comparação com 2007, apenas a bibliografia, entre esses aspectos, apresentou melhora na avaliação: há dois anos, 64% consideraram-na muito útil ou útil.

Seguem-se, em termos de utilidade, a qualidade das tarefas e discussões (68%), bem como a qualidade dos estudos de caso realizados (68%), além da qualidade do material didático oferecido (considerado muito útil ou útil por 64%).

Finalmente, com avaliação mais negativa do que positiva, estão as atividades extracurriculares (como visita a empresas), consideradas muito úteis ou úteis por 36% dos entrevistados, mais ou menos úteis por 22%, e pouco ou nada úteis por 39%, parcela esta que é sete pontos percentuais maior do que o observado há dois anos.

O Datafolha questionou os profissionais quanto à satisfação com aspectos do MBA concluído nos últimos três anos.

Novamente, a qualidade do conteúdo apresentado em aula é o aspecto que satisfaz, ou satisfaz muito, a 82% dos alunos (embora seis pontos percentuais menor que a da pesquisa de 2007), liderando o ranking com a bibliografia sugerida (83% de satisfação). Consideram-se mais ou menos satisfeitos com o conteúdo 15%, e com a bibliografia, 13%, enquanto 3% disseram que ficaram pouco ou nada satisfeitos com o conteúdo, e 4% com a bibliografia.

Tecnicamente empatados ficam: a qualidade das tarefas e discussões realizadas do curso (com 79% de satisfeitos ou muito satisfeitos), os estudos de caso e as discussões em grupo em sala de aula (77%, cada), além dos contatos profissionais estabelecidos e da qualidade do material didático (cada um com 75% de satisfação). Entre esses, os estudos de caso foi o aspecto que apresentou oscilação positiva comparado a 2007: quatro pontos percentuais a mais.

Por outro lado, dentre esses aspectos, apresenta maior percentual de ex-alunos medianamente satisfeitos a qualidade do material didático (22%), enquanto o networking é o aspecto com maior proporção de insatisfeitos ou muito insatisfeitos (9%).

As mudanças profissionais mais percebidas com o MBA referem-se à obtenção de crescimento (44%) e à aquisição ou aprofundamento de conhecimentos (43%).

O crescimento é percebido em vários aspectos: em maturidade e embasamento para tomar decisões (18%), crescimento e/ou promoção na área que atua (12%), valorização pela empresa e respeito profissional (7%), uma visão estratégica dos negócios (6%), valorização no mercado de trabalho (3%), atitude mais crítica e criteriosa no trabalho e crescimento intelectual de modo geral (2% cada).

Já em relação ao conhecimento, os profissionais com MBA concluído de 2006 até hoje citam a aquisição de conhecimentos técnicos na área de atuação (14%), o conhecimento na gestão de pessoas e em liderança (12%), conhecimentos úteis para o dia-a-dia (7%), a troca de experiências e o networking (7%), a ampliação da visão da área em que atua (6%), além de uma visão mais global da empresa e a chance maior de obter promoção (5%, cada).

Conseguiram promoção em razão do cursarem um MBA 48% dos profissionais entrevistados na pesquisa, ante 52% que não a obtiveram. A parcela é 11 pontos percentuais menor que a verificada em 2007 (59%).

Do total da amostra, 11% obtiveram promoção em até três meses, outros 11% em mais de três até seis meses, 11% de seis meses a um ano, e 5% em mais de um ano.

Já o aumento salarial foi conseguido por 52% dos entrevistados, parcela também menor que a observada em 2007 (64%). Não lograram aumento 48%.
Considerando o total da amostra, 12% conseguiram o benefício financeiro em até três meses, 14% em mais de três até seis meses, 9% em mais de seis meses até um ano, e 6% em mais de um ano.

O aumento foi, em média, de 28,7% em relação ao salário anterior, menos significativo que o declarado pelos entrevistados em 2007 (em média, 41,8%).

Na percepção de 43%, o MBA foi um dos fatores que mais contribuíram para a obtenção da promoção e/ou do aumento salarial, além de 8% que acham que foi o fato fundamental para o crescimento. Para outros 37%, o MBA contribuiu mais ou menos, para 8% ele contribuiu um pouco e na opinião de 3% ele não teve nenhum peso na promoção e/ou no aumento de salário.

São Paulo, 18 de setembro de 2009.