Maioria aprova mudanças na parte gráfica

DE SÃO PAULO

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Aumento da fonte foi aprovado pelos leitores; nome do caderno "poder" é reprovado por 37%

Pesquisa realizada pelo Datafolha no dia de estreia do novo projeto gráfico editorial do jornal revela que, de um modo geral, a reforma na parte visual da Folha foi considerada ótima ou boa por 87% dos entrevistados. Apenas 3% consideraram que o jornal ficou ruim ou péssimo depois da reforma visual e 7% consideraram que ficou regular. Os mais jovens aprovaram mais as mudanças. Dos leitores de 16 a 29 anos, 93% declararam que a Folha ficou ótima ou boa depois da reforma, percentual esse que cai para 77% na faixa etária de 70 anos ou mais.

Nesse levantamento, realizado no dia 24 de maio de 2010, foram realizadas por telefone 350 entrevistas com leitores da Folha (assinantes e secundários) que residem na Grande São Paulo, leem a Folha pelo menos uma vez por semana e leram a edição de ontem. A margem de erro máxima é de 5 pontos percentuais, para mais ou para menos, para o total da amostra.

Com as mudanças, consideram que o aspecto visual da Folha ficou melhor do que era antes 75%. Já 13% acham que o aspecto ficou igual, e 9% avaliam que ficou pior. Quem mais aprovou a mudança foram os leitores de 30-49 anos (82%), enquanto que 69% dos mais velhos (70 anos ou mais), acham que o aspecto ficou melhor.

Depois da reforma visual, 70% disseram que o jornal ficou mais fácil de ser lido, 21% acharam que não mudou e 6% acharam a leitura mais difícil. Os leitores mais jovens e os mais velhos foram os que menos viram mudanças em relação à facilidade de leitura. Na faixa de 16-29 anos, 26% disseram que a Folha continua com o mesmo grau de dificuldade de leitura que antes, percentual esse que sobe para 31% entre os leitores de 70 anos ou mais.

Já o aumento das letras dos textos foi mais percebido pelos leitores. Dos entrevistados, 80% responderam que as letras ficaram mais fáceis de serem lidas, 15% acham que não mudou e 2% consideraram a leitura mais difícil. As letras dos títulos, por sua vez, foram consideradas mais fáceis de serem lidas por 75% (67% entre os leitores de 70 anos ou mais), iguais por 19% e mais difíceis por 4%.

Por outro lado, os leitores não perceberam mudanças na gama de assuntos cobertos pelo jornal. Quase metade dos leitores (46%) disse que, depois da reforma, a Folha tem a mesma quantidade de assuntos para ler. Entre os leitores mais jovens (16-29 anos), 59% avaliaram que o número de assuntos não mudou. Para 34% dos leitores, o jornal passou a abordar mais assuntos. Destaque para a percepção dos leitores de 70 anos ou mais. Para 49% deles, os assuntos aumentaram com a reforma. Observa-se um cenário semelhante quando os leitores foram questionados sobre a facilidade de achar os assuntos que os interessam. Avaliam que a reforma não mudou a facilidade de encontrar os assuntos 47%, e 39% acham que ficou mais fácil encontrar assuntos de seu interesse.

Quanto à organização, a maioria avalia que o jornal ficou mais organizado depois da reforma. Para 54% dos entrevistados, a Folha está mais organizada (apenas 47% entre os leitores de 70 anos ou mais), 34% acham que a organização está igual e 6% acham que ficou menos organizado.

Também foi questionado se os leitores levaram mais tempo para ler o jornal depois da reforma. Para 52%, o tempo de leitura não mudou. Quanto maior a idade, menor é essa percepção (71% dos 16-29 anos, 37% entre os leitores de 70 anos ou mais). Por outro lado, observa-se o efeito inverso para os que acharam que a leitura leva mais tempo. (15% dos leitores, 7% entre os mais jovens, 26% entre os mais velhos). Consideram que a leitura do jornal leva menos tempo com a reforma 22%, e 12% não souberam avaliar.

Para 63% dos leitores, os gráficos, mapas, tabelas e ilustrações infográficas ficaram mais legíveis com a reforma, 20% avaliaram que não mudaram e 3% acharam que ficaram menos legíveis. As mudanças na primeira página da Folha também agradaram os leitores. Para 61% (66% entre os leitores secundários) a página ficou melhor, 24% acharam que ficou igual e apenas 8% acharam que ficou pior. Por sua vez, o tamanho das fotos também foi aprovado. Dos leitores, 74% avaliam que as fotos estão no tamanho certo (82% entre os leitores de 70 anos ou mais).

Pesquisa realizada quando da última reforma realizada pelo jornal, em 2006, mostrou resultados semelhantes. As mudanças foram aprovadas pela maior parte dos leitores. As maiores diferenças foram na avaliação em relação à primeira página (em 2006, 69% acharam que as mudanças foram para melhor, contra 61% em 2010), na melhoria da organização (62% em 2006, 54% em 2010), no aumento de facilidade da leitura (61% em 2006, 70% em 2010) e no aumento de facilidade da leitura devido a maiores letras nos textos (64% em 2006, 80% em 2010).

37% não gostaram da mudança do nome do caderno Brasil para Poder

A pesquisa revela que 37% dos leitores não gostaram da mudança de nome do caderno Brasil para Poder. Entre os leitores secundários, esse índice chega a 41%. Outros 21% que afirmam ter gostado um pouco da mudança e 15% gostaram muito. Dos que gostaram muito, destacam-se os que tem renda familiar entre dez e vinte salários mínimos(20%), seguidos pelos leitores com mais idade, sendo que 19% dos que tem entre 30 e 69 anos dizem que gostaram muito da mudança. Os que menos gostaram da mudança foram os leitores jovens (44%).

A mudança de nome do caderno Dinheiro para Mercado foi aprovada por 67% dos entrevistados. Destes, 36% afirmam que gostaram muito da mudança, e outros 31% que gostaram um pouco. Somente 16% afirmam não ter gostado da alteração, e 1% dizem-se indiferentes. Outros 16% não sabem opinar. Os que mais gostaram da modificação foram os mais jovens, com 44% de citações "gostou muito" na faixa etária de 16 a 29 anos.

Em relação a mudança do nome do caderno Informática para Tec., 35% dos leitores afirmam não terem gostado da alteração, porém 24% ainda não sabem opinar. Existem 40% de citações positivas, sendo que 22% dizendo que gostaram muito da mudança e 18% que gostaram um pouco. O maior índice de desaprovação encontra-se entre os leitores secundários, dos quais, 43% dizem não ter gostado da mudança do nome.

A reforma gráfica da Folha que substituiu o antigo caderno Mais! para Ilustríssima teve aprovação entre os antigos leitores do caderno. Na opinião de 41% dos leitores que liam o Mais! e que leram o Ilustríssima ontem, o novo caderno está melhor do que o anterior, 27% dizem que está igual e 25% afirmam estar pior do que o Mais!. Os que mais gostaram do novo caderno foram os mais velhos, com 60% de citações positivas e os que ganham entre dez e vinte salários mínimos, 60% dos quais afirmando que o caderno ficou melhor.

Caderno Esporte no formato tablóide é aprovado por 65% dos leitores

Quando perguntados se notaram alguma diferença no caderno Esporte, 46% dos leitores dizem ter notado o novo formato como grande diferença, enquanto que 35% afirmam não ter notado nenhuma mudança. Quando perguntados se o formato tablóide é melhor, igual ou pior do que o formato anterior, 65% dos leitores afirmam que é melhor, contra apenas 14% que dizem que é igual e 7% que dizem que é pior. Não souberam avaliar, 13%. Os que mais gostaram do novo formato são os que tem menor escolaridade, e os que ganham até dez salários mínimos, com 74% em cada segmento.

São Paulo, 24 de maio de 2010.