Dilma perde pontos na corrida eleitoral e não venceria em 1º turno

DE SÃO PAULO

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A presidente Dilma Rousseff viu a preferência por seu nome na disputa pela reeleição em 2014 cair até 21 pontos e agora está mais próxima dos adversários do que de um encerramento da disputa em 1º turno, como apontavam simulações anteriores. A preferência por outro nome petista, Lula, também caiu, mas com menor intensidade.

Se a eleição fosse hoje, ambos ainda estariam à frente de Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSDB), Marina Silva (sem partido) e Joaquim Barbosa (sem partido), mas com alterações significativas em alguns cenários.

No cenário sem o nome do atual presidente do STF, Dilma fica com 30%, queda de 21 pontos na comparação com a pesquisa que foi a campo no início de março. Em seguida aparecem Marina Silva, com 23% (ante 16% na última pesquisa); Aécio Neves, com 17% (antes, 14%); e Campos, com 7% (tinha 6%). Uma fatia de 8% não respondeu.

A parcela de intenções em votos em branco, nulo ou em nenhum dos listados neste cenário cresceu de 7% para 16% desde a primeira semana de março, enquanto a taxa dos que não souberam opinar passou de 7% para 8%.

Na simulação em que são incluídos Dilma e os demais, a petista tem 29% das intenções de voto, ante 49% no início deste mês e 56% em março deste ano. A ex-senadora Marina Silva aparece com 18% neste cenário (tinha 14% na primeira semana de junho), seguida por Joaquim Barbosa (15%, ante 8% na última pesquisa), Aécio Neves (15%, ante 12%) e Eduardo Campos (5%, mesmo índice registrado anteriormente). Não souberam opinar 7%.

Em ambos os cenários em que aparece o nome de Dilma, cresce significativamente a intenção de votar em branco, nulo ou em nenhum dos nomes listados. No primeiro cenário, sem Barbosa, 16% dizem querer votar em branco, nulo ou nenhum, ante 7% na pesquisa do início do mês. Quando entra o nome do presidente do STF, as indicações de somam 12% (eram 6% no início do mês).

Nos cenários em que Lula é o nome do PT, a candidatura do partido que está há 10 anos à frente da Presidência ganha força. Na simulação em que são incluídos ele e Barbosa, Marina, Aécio e Campos, o ex-presidente obtém 45% das intenções de voto, queda de 10 pontos em relação à pesquisa anterior, realizada no início deste mês. Em seguida aparecem Marina Silva, com 14% (tinha 12% ); Joaquim Barbosa, com 13% (tinha 8%); Aécio Neves, com 12% (tinha 11%) e Eduardo Campos, com 3% (tinha os mesmos 3%). As indicações de votos em branco, nulo ou em nenhum deles soma 8%, e 3% não souberam responder.

Sem Barbosa na lista de presidenciáveis, Lula fica 46% das intenções de voto (na pesquisa anterior, considerando o mesmo cenário, ele tinha 56%), e é seguido por Marina (19%, ante 15% na última pesquisa), Aécio Neves (14%, ante 13% na última pesquisa) e Eduardo Campos (4%, ante 5% na última pesquisa). Disseram que votariam em branco, nulo ou em nenhum deles 11%, e 6% não souberam opinar.

Na pesquisa espontânea, em que nenhum nome é apresentado aos entrevistados, Dilma é apontada por 16%, seu menor índice desde dezembro de 2012, quando a pergunta passou a ser feita. Na última pesquisa, no início deste mês, 27% apontavam espontaneamente o nome de Dilma como candidata de preferência para 2014. No levantamento atual, a candidato do PT é seguida por Lula (6%), Aécio Neves (4%), Joaquim Barbosa (2%), e José Serra (2%), entre outros com menor percentual. A fatia dos que não souberam citar espontaneamente nenhum nome é de 55%, ante 50% na pesquisa anterior.

Lula é visto por brasileiros como o mais indicado para lidar com economia e protestos

O Instituto Datafolha também consultou os eleitores sobre qual o melhor candidato a presidente para administrar a economia e lidar com os protestos no país, apresentando como opções de respostas todos os nomes incluídos na pesquisa de intenção de voto.

Para administrar a economia, 39% apontaram, e em seguida vieram Joaquim Barbosa (11%), Dilma Rousseff (11%), Aécio Neves (11%), Marina Silva (8%) e Eduardo Campos (4%). Não souberam responder 9%, e 6% disseram que nenhum deles é o mais preparada para lidar com a economia.

Entre os mais jovens, 46% veem Lula como o mais preparado para administrar a economia. O ex-presidente também se destaca entre aqueles com renda mensal familiar de até 2 salários mínimos (46%) e nas regiões Nordeste (52%) e e Norte/Centro-oeste (48%). Entre os que têm o PT como partido de preferência, seu nome é indicado por 62%, e o de Dilma, por 18%.

Mesmo entre os que consideram o governo Dilma ótimo ou bom, Lula é o mais indicado para gerir a economia: 48% apontam seu nome, ante 27% da atual presidente. Entre os mais escolarizados, 21% indicam Barbosa como o mais preparado para administrar a economia. No segmento dos mais ricos, 21% apontam Aécio.

Lula também é o mais apontado para lidar com os protestos (35%), seguido por Barbosa (13%), Dilma (12%), Marina Silva (11%), Aécio Neves (8%) e Eduardo Campos (3%). Há ainda 10% que não souberam responder, e 7% que não apontaram nenhum deles.