Médicos estrangeiros divide brasileiros; maioria quer prisão por mensalão

DE SÃO PAULO

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O Datafolha quis saber a opinião dos brasileiros sobre temas políticos que foram discutidos pela mídia essa semana, como a contratação de médicos estrangeiros, o destino dos impostos pagos pelas empresas de petróleo e sobre a revisão do processo do mensalão.

O projeto do governo federal de querer trazer médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil, em áreas onde faltam profissionais para cuidar da saúde das pessoas, dividiu as opiniões dos entrevistados. Declaram ser favoráveis à medida 47%, contrários 48%, indiferentes 2% e não souberam responder outros 2%. Taxas acima da média de apoio à medida são vistas entre os mais jovens (51%), entre os menos escolarizados (56%), entre os mais humildes (54%) e entre os moradores do Nordeste (56%).

Observa-se também que conforme o grau de escolaridade e a renda familiar mensal sobem, diminui o apoio à contratação de médicos estrangeiros. Entre os menos escolarizados a rejeição a essa proposta é de 38%, passa para 51%, entre aqueles com escolaridade média, e chega a 66%, entre os mais escolarizados.

74% apoiam prisão imediata de réus do mensalão

Em relação ao mensalão, 70% declararam terem tomado conhecimento da revisão do processo. Desses 15% responderam estarem bem informados, 37% mais ou menos informados e 18% mal informados. Outros 30% declararam não ter tomado conhecimento do assunto.

O conhecimento da revisão do processo apresenta taxas acima da média entre os homens (75%), entre aqueles com 35 a 59 anos (75%), entre os moradores de capitais (80%), entre os que têm renda familiar mensal de mais e cinco a dez salários mínimos (85%), entre os mais ricos (89%) e entre os mais escolarizados (91%).

A maioria dos entrevistados (74%) pensa que não se cometeu injustiças no processo do mensalão e que o destino dos condenados deve ser a cadeia imediata, principalmente entre os mais escolarizados (86%) e entre os mais ricos e com renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (84%, cada). Para 14%, os condenados merecem um novo julgamento.