56% dos paulistanos julgam que os ativistas agiram bem em retirar os cães do instituro Royal

DE SÃO PAULO

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82% estão informados sobre a retirada dos beagles por ativistas de instituto em São Roque

Pesquisa Datafolha realizada com moradores da cidade de São Paulo no dia 25 de outubro, revela que a maioria (82%) dos paulistanos tomou conhecimento sobre a invasão por parte de ativistas ao Instituto de pesquisa Royal em São Roque para o resgate de 178 cães da raça beagle, no dia 18 de outubro. Dos que tomaram conhecimento sobre o caso, 48% declararam estar bem informados, 29% mais ou menos informados e 5% disseram estar mal informados sobre o assunto. Afirmaram não ter tomado conhecimento sobre o assunto 18% dos entrevistados.

Tomaram conhecimento sobre o caso principalmente os que possuem maior renda (91%) e os mais escolarizados (93%).
O Datafolha realizou 690 entrevistas na cidade de São Paulo, a margem de erro do levantamento é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.
Maior parte dos paulistanos (56%) acredita que os ativistas agiram bem ao retirar os cães do Instituto Royal, enquanto um terço (33%) julgam que eles agiram mal. Não souberam opinar se os ativistas agiram bem ou mal 7% dos entrevistados, e 4% se declaram indiferentes à questão.

Apoiam a ação dos ativistas, principalmente os mais jovens (63%). Consideram que os ativistas agiram mal ao retirar os cães do Instituto principalmente os homens (40%), os que têm 60 anos ou mais (42%), e os que possuem maior renda (41%).

MAIORIA É CONTRA USO DE CÃES EM TESTES CIENTÍFICOS
66% dos paulistanos apoiam a utilização de ratos nas pesquisas

O Datafolha questionou também a posição dos paulistanos em relação ao uso de alguns animais em pesquisas científicas para o desenvolvimento de medicamentos e tratamentos para seres humanos. A maioria (66%) se posicionou contra o uso de cães nesse tipo de pesquisa e 29% são a favor. Sobre a realização de teste científicos em cães, 1% se declarou indiferente e 4% que não souberam opinar.

Em relação ao uso de macacos em pesquisas, 59% dos entrevistados se posicionaram contra e 34% a favor. Outros 2% se declararam indiferentes e 6% não souberam opinar. Em relação aos coelhos, 57% dos paulistanos são contra o uso desses animais em experimentos científicos, 37% se manifestaram a favor, 5% não souberam opinar e 2% se declararam indiferentes. A utilização de ratos para pesquisas científicas foi a que mais teve apoiadores: 66% são a favor, 29% contra, 2% de indiferentes à questão e 3% de entrevistados que não souberam opinar.

Sobre esse assunto pode-se perceber que, de um modo geral, os mais velhos são mais favoráveis ao uso de animais em pesquisas científicas, enquanto os mais jovens se declaram mais contrários. Entre os entrevistados com 60 anos ou mais, 38% são a favor do uso de cães (no total, 29%), 41% do uso de macacos (são 34% no total), 46% do uso de coelhos (contra 37% do total) e 73% do uso de ratos (no total são 66%) em testes científicos. Entre os que possuem entre 16 e 24 anos de idade, 78% são contra a utilização de cães (contra 66% do total), 69% do uso de coelhos (no total são 57%), 68% do uso de macacos (são 59% no total), e 38% do uso de ratos em experimentos (no total, 29%).