82% dos paulistanos são contra rolezinhos em shoppings

DE SÃO PAULO

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A maioria dos paulistanos é contra a realização de rolezinhos em shopping centers e acredita que o objetivo dos jovens que participam desses encontros é causar tumultos, e não buscar diversão.

A maior parte dos moradores da capital paulista também não vê preconceito de cor na atitude dos shoppings em barrar a realização dos rolezinhos, mas creem que os centros de compra não têm o direito de escolher quem frequenta seus espaços.

Esses e outros resultados fazem parte de pesquisa com 799 moradores de São Paulo, com 16 anos ou mais, no dia 21 de janeiro deste ano. A margem de erro do estudo é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na cidade de São Paulo, 73% dos moradores adultos vão ao shopping center pelo menos uma vez por mês, sendo que 25% vão uma vez ou mais por semana, e outros 21% vão pelo menos uma vez a cada 15 dias.

De forma geral, 92% dos paulistanos tomaram conhecimento dos encontros realizados por jovens em shoppings, que ficaram conhecidos como rolezinhos. Dentre estes, 41% estão bem informados sobre o assunto, uma fatia igual (41%) está mal informada, e há ainda 10% que estão mais ou menos informados.

Independente do grau de informação sobre o tema, 82% dos paulistanos são contrários à realização dos rolezinhos. Outros 11% são favoráveis, 4% são indiferentes, e 2% não responderam. Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, o apoio à realização dos rolezinhos fica acima a média (18%), e cai conforme avança a idade dos entrevistados.

Veja matéria completa na Folha com todos os resultados e informações sobre a pesquisa.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1401561-82-dos-paulistanos-sao-contra-rolezinho-diz-pesquisa-datafolha.shtml

Objetivo é tumultuar, opinam paulistanos

Informados sobre o propósito divulgado pelos organizadores dos rolezinhos, que é reunir jovens para se divertir nos shoppings, e de que houve relatos de tumultos e casos de furto em alguns desses encontros, o Instituto Datafolha perguntou aos paulistanos sobre como eles viam os rolezinhos: como forma dos jovens buscarem diversão, e os tumultos ocorridos durante esses encontros não seriam culpa deles; ou como atividade promovida pelos jovens com o objetivo de provocar tumultos.

Para três em cada quatro (77%) moradores da capital, a segunda opção foi a escolhida, e somente 18% acreditam que o objetivo dos rolezinhos é buscar diversão, e que os tumultos não são sua culpa.

Ampla maioria (80%) também defende que os shoppings estão certos ao proibirem os rolezinhos por meio da Justiça, porque esses encontros provocam medo nos demais frequentadores. Para 18%, esses estabelecimentos estão errados ao barrarem judicialmente os rolezinhos, porque isso retira o direito de jovens da periferia se divertirem.

Maioria defende ação da PM em rolezinhos

Apesar de majoritariamente defenderem a proibição dos rolezinhos, os paulistanos avaliam que os shoppings não têm o direito de escolher quem frequenta seus espaços. Essa é opinião de 73% dos moradores da capital, enquanto 25% avaliam que os centro de compras possuem o direito de escolher quem os frequenta.

A maior parte dos paulistanos (73%) também avalia que os rolezinhos devem ser reprimidos pela Policia Militar. Uma parcela de 24% pensa de forma contrária e avalia que a polícia não deve agir para reprimir os encontros.