Cai otimismo dos brasileiros com situação econômica pessoal e do país

DE SÃO PAULO

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Pesquisa Datafolha mostra que os brasileiros estão menos otimistas com a situação econômica pessoal e do país. A parcela de otimistas, que acreditam que a situação econômica pessoal irá melhorar nos próximos meses, diminuiu, porém segue majoritária. Ela passou de 56%, em novembro, para atuais 49% - patamar próximo ao observado em outubro (47%) e agosto do ano passado (48%). Já os pessimistas cresceram de 9%, em novembro, para 13%, e a fatia dos que crê que a situação econômica pessoal ficará igual, foi de 31% para 36%. Não souberam responder 3%, o mesmo índice da pesquisa anterior.

Sobre a situação econômica do país, um terço dos brasileiros (34%) acredita que ela irá melhorar nos próximos meses, oscilação negativa de três pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Já a taxa dos que acreditam a situação ficará como está, segue tendência de queda, e oscilou negativamente de 37% para 35%. Enquanto a parcela dos pessimistas cresceu de 21% para 27%, com destaque entre os mais escolarizados (36%), entre os que têm o PSDB como partido de preferência (36%), entre os moradores da região Sudeste (32%) e entre os que avaliam como ruim ou péssimo o governo Dilma Rousseff (52%).

Taxas de otimismo mais altas com a situação econômica pessoal e do país são encontradas entre os mais jovens (respectivamente, 55% e 40%), entre os moradores das regiões Norte/ Centro-Oeste (64% e 44%), entre os moradores do Nordeste (56% e 40%), entre os simpatizantes do PT (64% e 49%) e entre os que avaliam positivamente o governo Dilma Rousseff (61% e 49%).

A maioria dos brasileiros segue preocupada com o aumento da inflação nos próximos meses. A taxa dos que acreditam que a inflação irá aumentar se manteve estável, em 59%, o mesmo índice de novembro passado - o mais alto já observado no governo Dilma Rousseff. No mesmo período, as demais taxas também permaneceram estáveis: a taxa dos que creem que a inflação irá diminuir oscilou de 10% para 9%, enquanto a taxa dos que acreditam que a inflação permanecerá igual ficou em 25%. O índice dos que não souberam responder permaneceu em 6%.

Entre aqueles com ensino superior (66%), entre os que avaliam como ruim ou péssimo o governo Dilma Rousseff (78%), entre os que acreditam que a situação econômica do país e pessoal irá piorar (respectivamente, 84% e 82%) são encontradas as taxas mais altas que a inflação irá aumentar. Já o inverso, que a inflação irá diminuir, destaca-se entre os que avaliam como ótimo ou bom o governo federal (15%), entre os que consideram que a situação econômica do país e pessoal irá melhorar (18% e 14%).

Com relação ao desemprego, 39% dos brasileiros acreditam que ele aumentará, em novembro era 43%. Já a taxa dos que creem que o desemprego ficará como está, passou de 28% para 31%, e a taxa dos que creem que o desemprego irá diminuir permaneceu em 25%.

Acreditam que o desemprego irá aumentar, principalmente, os que avaliam negativamente o governo federal (55%) e os que têm a expectativa que a situação econômica do país e pessoal irá piorar (58% e 64%). Em oposição, taxas mais altas dos que acreditam que o desemprego irá diminuir são observadas entre os que avaliam positivamente o governo federal (34%) e entre os que avaliam que a situação econômica do país e pessoal melhorará (40% e 34%).

A perspectiva positiva em relação ao aumento do poder de compra dos salários nos próximos meses diminuiu para 32%, voltando ao patamar de outubro (30%) depois de subir em novembro (38%). Os demais entrevistados se dividiram entre aqueles que acreditam que o poder de compra irá ficar como está (31%, ante 28% em novembro), e os que preveem diminuição (31%, ante 28% em novembro).

A expectativa do aumento do poder de compra se destaca entre os moradores das regiões Norte/ Centro-Oeste (41%), entre os que têm o PT como partido de preferência (40%), entre os mais jovens (39%), entre os que avaliam positivamente o governo federal (39%), entre os mais humildes (36%) e entre os mais otimistas com a situação econômica do país e pessoal (46% e 44%).

Já a expectativa da diminuição do poder de compra é mais alta entre os que avaliam negativamente o governo federal (51%), entre os pessimistas com a situação econômica do país e pessoal (50% e 63%), entre os mais ricos (41%), entre os que têm ensino superior (42%), entre os moradores do Sudeste (37%) e entre os moradores de capitais (36%).